sexta-feira, 29 de setembro de 2017

A Tradição do Caruru

A TRADIÇÃO DO CARURU DE SÃO COSME E SÃO DAMIÃO, EM SALVADOR. A festa é caseira, mas farta. Todos os anos, no mês de Setembro, ela acontece em milhares de lares baianos. Difícil imaginar uma mais sincrética. O “Caruru de São Cosme e São Damião” homenageia os santos gêmeos da Igreja católica, os Ibêjis do candomblé e também as crianças. Tudo precisa ser feito no mesmo dia: caruru, xinxim de galinha, vatapá, arroz, milho branco, feijão fradinho, feijão preto, farofa, acarajé, abará, banana-da-terra frita e os roletes de cana. A dimensão da oferenda é medida pela quantidade de quiabos do caruru. Cada um faz como pode: mil, três mil ou até 10 mil quiabos. Quando a comida fica pronta, coloca-se uma pequena porção nas vasilhas de barro aos pés das imagens dos santos, ao lado das velas, balas e água. Depois, serve-se o caruru a sete meninos com, no máximo, 7 anos cada. Eles comem juntos, com as mãos, numa grande gamela de barro ou bacia. Só então é a vez dos convidados participarem da celebração. A história da devoção a São Cosme e São Damião é antiga e atravessa continentes. Na Bahia, a fé nos santos irmãos ganhou importância principalmente pelo sincretismo com Ibeji, o orixá duplo dos nagôs, que representa os gêmeos. A mistura foi tão completa que ultrapassou a fronteira das religiões e classes: católicos e adeptos do candomblé, ricos e pobres oferecem a mesma comida sacrificial do candomblé às imagens dos santos cristãos. E mais, chega-se a fabricar imagens dos santos que incorporam uma terceira figura – Doú – uma corruptela de “idowu”, o nome dado, numa família nagô, àquele que nasce depois de um par de gêmeos. “Sempre tidos como muito traquinas, os idou deram origem ao ditado nagô: Exu lehin Ibeji – Exu vem depois dos Ibeji”, explica o antropólogo Vivaldo da Costa Lima, em seu texto Cosme e Damião no Brasil e na África. Quem assume a devoção aos santos e a obrigação de oferecer o Caruru todos os anos, geralmente tem um bom motivo. Há 25 anos, no mês de Setembro, Joselita Bulhões deu à luz a um dos seus filhos. Muitos moradores de Muritiba já estavam envolvidos com as festividades para os santos, que incluía caruru e foguetes. A criança, que tinha nascido com problemas respiratórios e peso excessivo – seis quilos -, por ter engolido o líquido da placenta, foi imediatamente para o médico. À noite, quando tinha retornado para casa, já à salvo da primeira dificuldade que enfrentou no mundo, o bebê novamente correu risco de vida. O vizinho da casa em frente resolveu soltar foguetes para homenagear os santos. O primeiro deles quebrou uma telha da casa de Joselita e caiu sobre o travesseiro onde o bebê dormia, a poucos centímetros do seu rosto. Interpretando esses acontecimentos como provas da intervenção dos santos irmãos, Joselita decidiu oferecer, todos os anos, o caruru em homenagem a eles. Hoje adulto, o seu filho, que também se tornou médico, como Cosme e Damião, faz questão de colaborar para manter a tradição. Na família do Mestre Curió, da capoeira Angola, a tradição do caruru vem dos antepassados. “Começou com meu bisavô, passou pra meu avô e depois pra meu pai, que parou porque entrou para a lei de crente”. Além da vontade de prosseguir com a tradição familiar, Mestre Curió decidiu “tomar essa responsabilidade” por uma impressionante coincidência na sua vida: “Sou gêmeo, minha mulher é gêmea, tenho um casal de gêmeos e minha mãe era gêmea”. O caruru, que ele oferece em Janeiro – mês do seu aniversário e do seu grupo de capoeira – acontece em três etapas. A primeira é na academia Mestre Pastinha, com três mil quiabos. A segunda, na academia dos Irmãos Gêmeos – para os sete meninos, alunos e convidados. E, depois, em sua própria casa. Oferenda, sacrifício e obrigação... Os santos são católicos, mas a forma de homenageá-los é africana. Segundo o antropólogo Vivaldo da Costa Lima, “os iorubás, em suas várias etnias, entendem o sacrifício, o ebó, como a forma essencial da sua comunicação com os orixás”. O caruru – dos Ibeji ou de São Cosme e São Damião “seria, então, mais do que uma oferenda, mas um sacrifício: o que na Bahia, o povo-de-santo chama de ‘obrigação’, que tem um preço e custa dinheiro. É como se desfazer de algo muito valioso”. Joselita Bulhões conta que, nesses 25 anos, pensou algumas vezes que não fosse fazer o caruru, por causa de problemas financeiros, mas sempre conseguiu manter a promessa. “Pra mim, eles são santos vivos: o que você pedir, eles atendem. Uma vez, a situação estava tão difícil, que eu fiz uma prece bem forte. Na mesma hora, meu marido entrou. Tinha conseguido um dinheiro, nós mudamos de casa e eu fiz o caruru”, conta ela, que tem um pequeno oratório para os santos na lavanderia de sua casa. Hoje em dia, oferece anualmente um caruru completo e farto, com mais de dois mil quiabos escolhidos cuidadosamente na Feira de São Joaquim. Nas últimas décadas, tem sido feita freqüentemente uma associação entre os santos católicos e os erês, que é um estado infantilizado do transe no candomblé. Por isso, inclui-se a distribuição de balas, doces e refrigerantes nas homenagens aos santos, especialmente no Rio de Janeiro. Mas são poucas as casas de candomblé que fazem obrigações para os Ibeji, geralmente discretas e não necessariamente em setembro. Outro detalhe é que não se tem notícias de filhos-de-santo de Ibeji na Bahia. Ibeji Coisas da Bahia Todos os dias, antes das 6h, quando acontece a primeira missa na Igreja de São Cosme e São Damião, no bairro da Liberdade, já é possível encontrar pessoas na porta. Pequena, simples, mas visitada durante o ano inteiro, a igreja precisa conviver cotidianamente com o sincretismo que caracteriza a devoção a esses santos. “Só na Bahia existem essas imagens com Doú. Quando as pessoas trazem elas, nós explicamos que não podemos benzer e elas trocam as imagens”, explica o padre Ciro. Com muitos fiéis também em outros países, o padre lembra que existem igrejas para São Cosme e São Damião em Roma e no Rio de Janeiro, e que existe uma missa própria para eles na liturgia católica. O dia reservado para os santos é 27 de setembro. Para os católicos, não há provas de que os santos fossem gêmeos. Conta-se que eles eram irmãos, nascidos na Arábia e filhos de uma viúva. Formados em medicina, na Síria, além das curas realizadas, pregavam o cristianismo. Por estarem convertendo muitas pessoas e também por trabalharem gratuitamente, foram perseguidos e condenados pelo tribunal de Lísias. Sofreram muitas torturas, às quais sobreviveram, até que, em 303, foram decapitados. “Eles são santos muito carismáticos, porque defendiam os humildes, curavam as doenças físicas, sem nunca terem cobrado um centavo. Curavam, também, as doenças da alma”, comenta o padre Ciro, explicando a legião de devotos que os santos conquistaram nos últimos séculos. Vitalino dos Santos, 67 anos, que trabalha na Paróquia de São Cosme e São Damião desde 1957, já viu muitas formas de manifestação de fé. “As pessoas trazem velas para acender e imagens para ficar na igreja”. Para ele, seja no caso de São Cosme e São Damião ou qualquer outro santo, o mais importante é o exemplo que deixaram: “Os santos foram pessoas como nós, que enfrentaram muitas dificuldades, mas com força e coragem”.

O ovo no Candomblé

O Ovo no Candomblé O Ovo é utilizado em diversos rituais do candomblé como um simbolo de atrair fertilidade, dinheiro, prosperidade, amor, paz… O Ovo pertence à Orixá Oxum (São os olhos de Oxum) e na hora das obrigações faz-se um corte em cruz no topo do Ovo (Cozido) para representar a abertura dos olhos de oxum para o que está acontecendo. O ovo é o principal e maior símbolo da fertilidade, utilizado amplamente nos rituais de purificação, iniciação, borí e ebós de propiciação e defesa. Existem vários contos de Ifá relatando a grande importância do Ovo. Um deles conta que Òlódunmàré (Deus) estava para dar origem ao universo, tinha num pote de barro “4 ovos”. Com o 1º ovo, deu origem a Òòrìsànlà-Òbátálà, surgindo na explosão da luz, sem forma, quando literalmente Deus disse: – haja luz! E assim Òòrìsàlà surgiu no mundo. Com o 2º, deu origem a Ògún, a forma. Com o 3º, deu origem a Òbálúwàiyé, a estrutura. Com 4º, o ovo acidentalmente cai de suas mãos, estourando-se no chão e revelando sua riqueza. Origina-se assim, a primeira mulher universal chamada Ìyàmi-Òsòróngà, expondo o segredo de sua riqueza para o grande pai, ou seja, mostrando seu poder de fertilidade sobrenatural, exposto a olho nu, diante do Deus Supremo, nascendo assim, a fonte mantenedora da vida. O Ovo possui três diferentes cores, associado às cores principais e primordiais do universo: o ovo de casca azul, representando a cor preta relacionada ao “Aba” = a escuridão (As trevas das profundezas da terra e dos mares); O ovo de casca branca, relacionada ao “Iwà” = a explosão da luz. Finalmente o ovo de casca vermelha, relacionada ao Àsé = fogo mantenedor da fertilidade, totalmente relacionado ao poder sobrenatural. Seu conteúdo possui diversas características, as quais, na maioria das vezes, é branco, frágil e oval. Dele nasceu um novo ser associado a idéia de que o universo surgiu, primordialmente, dele próprio, na forma de um protótipo do mundo, como um filho de asas negras = Ìyàmi-Òsòróngà, que foi cortejada pelo vento = Òòrìsànlà-Òbátálà O ovo cru com seu frescor, quando utilizado inteiro em oferendas, tem a função de tranqüilizar e refrescar. Por isso é comum vermos muitos ovos crus depositados no chão, aos pés de certos Ojùbò (assentamentos dos Òrìsas). A finalidade será de atrair abundância e proteção, fazendo com que todas as divindades compreendam perfeitamente que o èbò é uma súplica de fertilidade e germinação de filhos, e, dependendo da atuação da Divindade, ela não só atuará no tocante a fertilidade, mais também propiciará dinheiro, sorte, saúde e desenvolvimento na vida. Já quando quebrados diretamente na cabeça, têm a função poderosa de purificar e livrar até 80% de qualquer tipo de feitiço ou qualquer outro tipo de negatividade que esteja sobre o Orí de uma pessoa. Quando num Èbò, ovos crus são atirados no chão ou quebrados em cima do corpo de uma pessoa, num sacrifí¬cio de purificação, vulgarmente chamados de descarrego, terá a finalidade de desobstruir os caminhos, tirando as dificuldades da vida da pessoa ou qualquer espírito de força contrária que esteja acoplado no corpo (obsessores). Ao ser quebrado, ele revela sua riqueza e seu poder, tanto sobrenatural, como concreto, pois no exato momento que é quebrado, o ovo não terá mais a possibilidade de germinar, ou seja, nascer algo dele, num tipo de substituição ou troca, que acabará com o problema que aflige a pessoa, possibilitando o fim uma situação negativa. Por este motivo é que o ovo cru deve ser quebrado, principalmente no Òri de uma pessoa, numa preparação da cabeça, que logo depois irá levar ritos sacrificatórios; começando 1º pelo sangue negro, o Agbo-tutu (sumo de ervas frescas), em seguida o sangue vermelho de aves ou quadrúpedes, e finalmente o sangue branco do igbin (caracol), que é espremido por cima de tudo, purificando e possibilitando a existência de forças sobrenaturais, acalmando e fertilizando a cabeça que estará recebendo o puro àsé. com a união dos três sangues primordiais, após ter sido purificada com o ovo cru, possibilitando a pessoa obter sorte, dinheiro, felicidade, fertilidade, saúde e tranqüilidade. Quando um ovo é quebrado em qualquer ritual, o nome Ìyàmi-Òòsòróngà é respeitosamente citado e reverenciado, porque, qualquer que seja o ovo, este lhe pertencerá, como relata vários Itãn-Ifá. Quebrar um ovo na rua, atirando ao chão pela manhã, por três ou sete dias consecutivos, chamando Èlegbara e Ìyàmi-Òòsòróngà e espargindo dendê por cima do ovo, é um simples e poderoso ritual do culto de Ìyàmi-Òòsòróngà , com a finalidade de afastar qualquer tipo de dificuldade ou prejuízo, acalmando qualquer energia avessa ao caminho de uma pessoa. O Ovo de Pata Como relata Ifá, o “Ovo de pata” é o símbolo da vida e umas das proibições de Ikú (morte). A utilização do ovo de pata cru é essencial em certos rituais, tendo como finalidade quebrar as forças da morte, das doenças e das perdas. Quando cozido e esfarinhado, é utilizado como agente purificador. Passando pelo corpo de uma pessoa em Èbòs de Egungun ou Onilé. Com casca e tudo, é transformado em pó (seco ao sol), e utilizado no igbá-Orí e assentamentos de ÒrÌsá que tenham relação com Ikú. Ex: Èsú,Ògún, Òbálúwàiyé, Iyewá, Òmòlú, Erinlé, Ibeji, Sàngó, Oyà , Iyémowo, Òòrìsànlà , Ajagémó, Iroko, Yòbá, Onilé, Egungun e Gèlèdè. Como relata Ifá, o único Òrìsa que não possui relação com Ikú é o Òrìsa Òsún. Por ela não aceitar qualquer relação com situações de morte, também não aceita que os animais sejam sacrificados (mortos) em cima de seu Okuta. Não admiti a utilização de qualquer utensí¬lio de cor escura, nem ossos, buracos, agressividade e doença, Devido as suas relações com a morte. Isto também explica o porquê Òsún não aceita que suas filhas morram facilmente, assim Òsún as protege, dando-lhes longa-vida, numa ânsia de prolongar ao Maximo o contato com a morte. Todos esses aspectos de Òsún estão relatados nos Itãn do Odu Ósé. Assim, o ovo de pata é amplamente utilizado nos “Èbós-Aiku” (sacrificio de longevidade), tirando qualquer tipo de morte, seja material, espiritual, financeira ou sentimental. Fica claro que o ovo utilizado na casa de Òrìsa é um elemento de Ìyàmi-Òòsòróngà sendo um elemento de muito Àsé. Classificação dos Ovos: Ovo de galinha cru: purifica e tranqüiliza. Ovo de galinha cozido: tira doenças. Ovo de galinha esfarinhado: neutraliza negatividade do ambiente, atrai prosperidade e abundância. Ovo de pata cru: enfraquece a força da morte, doenças graves e perdas. Ovo de codorna: Neutraliza feitiços. Ovo de Dangola: propicia dinheiro, sorte, prosperidade, riqueza e sucesso nos negócios. Ovo de pombo: propicia tranqüilidade e fertilidade !!!

sábado, 9 de setembro de 2017

Oráculo do Pêndulo

oráculo do pêndulo
O pêndulo é uma das formas mais simples, diretas e eficazes de obter uma resposta imediata para as suas questões. Aprenda a trabalhar com ele pois, se o trouxer sempre consigo, terá na sua mão a possibilidade de encontrar resposta para as suas dúvidas.
Como usar o Pêndulo?
1º Passo - Perceber o que é um pêndulo
O pêndulo é um objeto que consiste num cristal, metal ou madeira, suspenso por um fio, sendo usado como método de adivinhação ou a nível terapêutico.
Para obter respostas mais fidedignas e rápidas adquira um pêndulo de metal, o qual poderá (ou não) conter um cristal no seu interior.
O pêndulo é usado para entrar em contacto com os nossos guias (mensageiros de Luz), de forma a obter respostas às nossas questões, ou seja, é a ponte entre a nossa mente e o nosso espírito.
2º Passo - Saber como funciona
O seu uso é muito simples, basta formularmos a pergunta mentalmente cuja resposta possa ser «Sim» ou «Não». Feita a pergunta ser-nos-á data a resposta através do movimento do pêndulo. De forma a não influenciar a resposta, sempre que fizer a pergunta evite tentar adivinhar a sua resposta, pois poderá obter uma resposta que não é verdadeira. Existem pessoas muito intuitivas (que possuem a chamada clarividência), tendo a fantástica capacidade de obter a resposta à sua pergunta antes mesmo do pêndulo se manifestar. No entanto não se assuste se isto lhe acontecer, significa que tem uma excelente capacidade de adivinhação. É importante criar um bom ambiente para usá-lo, pôr uma música ambiente a tocar, queimar incenso e estar num sítio calmo.
3º Passo – Preparar-se para colocar a questão ao pêndulo
Sente-se confortavelmente com as pernas direitas. Faça uma pequena meditação de 5 minutos de modo a relaxar e a concentrar-se apenas na sua consulta.
Segure o pêndulo entre o polegar e indicador de forma a não o deixar cair, mas não aperte em demasia para permitir que a energia flua.
4º Passo - Definir o significado de cada resposta
Definir Sim, Não, Talvez e Sem resposta:
O primeiro passo que deverá dar consiste em definir o movimento do pêndulo para cada resposta possível. Esta definição é feita somente na primeira utilização, e será válida para a utilização de qualquer pêndulo que use, independentemente de ser seu ou de outra pessoa.
Para definir as suas respostas, pegue no pêndulo de acordo com o que já foi explicado e diga: 1 – Por favor, define-me o movimento para uma resposta sim;
2 - Por favor, define-me o movimento para uma resposta não;
3 - Por favor, define-me o movimento para quando uma resposta é incerta ou quando a pergunta está mal formulada. 4 - Por favor, define-me o movimento para uma resposta da qual não devo ter conhecimento.
5º Passo - Saber formular corretamente as questões
Formulação correta das questões
É importante respeitar algumas regras básicas:
- Formular a pergunta de forma clara e objetiva (Ex: “Será que o João volta para mim?”);
- Nunca fazer duas perguntas numa só frase (Ex: “Devo continuar no mesmo emprego ou devo mudar para outro?”); - Formular a questão sempre pela positiva, sem utilizar a palavra não. (Ex: perguntar “Devo telefonar ao João”? Em vez de: “Não devo telefonar ao João?”).
- Nunca colocar questões cuja resposta já é conhecida, exceto se for na fase de treino (no início, para adquirir confiança na sua capacidade de interpretação do pêndulo. (Ex: “Tenho 25 anos?”).
6º Passo – Saber que perguntas fazer antes de iniciar a consulta
Perguntas a fazer para iniciar a consulta:
1) Tenho autorização dos meus guias para usar o pêndulo?
2) Existe algum ser de pouca luz presente? (se a resposta for positiva, pedir aos seus guias para afastarem esse ser de pouca luz, e voltar a fazer a mesma pergunta.).
3) Vai ser-me respondida a verdade e somente a verdade pelo poder de Deus e pelo Poder Cósmico?
4) Perguntar se pode fazer a pergunta sobre esse assunto e/ou pessoa. 5) Deve ir questionando se está a obter respostas verdadeiras às suas questões. (caso a resposta seja incerta ou negativa, não volte a perguntar sobre esse assunto, pois o Universo ainda não tem uma resposta concreta para lhe dar.). - Agradecer a presença dos guias.
7º Passo - Saber o que deve evitar
Advertências:
- Não consulte o pêndulo se está cansado ou num estado emocional alterado; - Não usar o pêndulo num ambiente perturbador.
- Manter sempre um estado de imparcialidade e interrogação mental em relação ao tema

Credo ao contrário

O poder devastador do Credo ao contrário
Na finalidade de espantar qualquer mal espírito ou qualquer lado obscuro que possa aproximar da vida do ser humano, o Credo se tornou uma arma muito eficaz, sendo tão poderosa em muitos casos contra feitiçaria que possa existir.
Mas o lado inverso dessa oração pode ser muito devastadora, pois quando se reza o credo ao contrária, se determina exatamente o oposto. Os espíritos de baixa frequência, espíritos de pouca luz, se fazer valer dessa rogação para que possam esta agindo dentro da vida material e espiritual ao qual foi direcionada tal oração.
Estaremos aqui ensinando essa oração afim de transmitir um pouco mais de conhecimento do lado oculto da quimbanda, porém peço a você leitor que a utilize com responsabilidade, pois essa oração pode exercer um papel realmente devastador.
Lembro também que ela por si só já é forte o suficiente, porém existem algumas magias que podemos utiliza-la como base para invocação, em um conceito mais satânico.
Credo ao contrário
Amém.
Eterna vida na carne da Ressurreição na pecados dos remissão na Santos dos Comunhão na Católica Igreja Santa na Santo Espírito no creio mortos e os vivos os julgar a vir há-de onde Poderoso todo Padre Deus de direita à sentado está céus aos sobiu dia terceiro ao ressuscitou mortos dos mansão á desceu sepultado e morto crucificado foi Pilatos Pôncio sob padeceu Maria Virgem de nasceu Santo Espírito do poder pelo concebido foi que Senhor Nosso filho único seu Cristo Jesus em e terra da e céu do Criador Poderoso todo Padre Deus em creio.

Ìyàmì Òsòróngá

O culto à Ìyàmì Òsòróngá
Ìyàmì Òsòróngá não é um orixá, mas sim uma energia ancestral coletiva feminina, cultuada pelas GÈLÈDÈ; sociedade feminina fechada da Ìyàmì El é ey e (minha mãe senhora dos pássaros), representada pela máscara dos pássaros. A sociedade Òsòróngá congrega as àj é feiticeira que têm poderes de se transformarem em determinados pássaros è hurù, e luùlú, àtióro, àgbìgbò e Òsòróngá, este ultimo refere-se ao próprio som que a ave emite e dá nome a Sociedade. Exercem sua força máxima nos horários mais críticos meio-dia e meia-noite – ocasiões em que é preciso muita cautela para que elas não pousem na cabeça de ninguém. Suas cerimônias são realizadas no início da estação do plantio relacionado à fertilidade. Estas cerimônias tiveram início na região de Ketú, dividindo-se em duas partes a diurna e a noturna. Segundo nos conta um ìtàn do Òdú Ogbé Ò sá , diz que quando as Ìyàmì chegaram do Òrun pousaram em sete árvores. Segundo um Ìtòn as 7 árvores das Ìyàmì seriam: Orobo – Garcinea Cola Àjànrèré – Ficus Elegans Iroko – Chlorophora Excelsis Orò – Antiaris Africana Ogun Bereké – Delonex Régia Arere – Triplochiton Nigericum Igi ope – Elaeis Guineensis Porém outra ìtàn nos da outra apresenta uma relação diferente das sete árvores estas seria as árvores sagradas das Mães Ancestrais: Ose – Adansanonia Digitalia Iroko – Chlorophora Excelsis Ìyá – Daniellia Olivieri Asunrin – Erythrophelum Guineense Obobo – Não identificada Iwó – Não identificada Arere – Triplochiton Nigericum Ao contrario do que se pensa aqui no Brasil existe sim a presença masculina no culto a Ìyàmì. São detentoras de poderes terríveis, consideradas as donas da barriga (por onde circularia a energia vital do corpo) Ninguém pode com seus Ebó, dos quais, o Òjijì (sombra) é o mais fatal. São ligadas diretamente ao ÒDÚ ÒYEKU MEJI, são propiciadoras para a alteração do destino de uma pessoa. Seus poderes são tamanhos que só se consegue no máximo apaziguá-las, vencê-las jamais. Relacionam-se com as Ìyàmì Òsún Ijumu e Òs un Ìyánlá a quem estão ligadas pela ancestralidade feminina, bem como a Yemonjá Odúa, considerada fundadora do culto GÈLÈDÈ. Deve-se lembrar, portanto que “òsò” é um título de quem trás o Égan (símbolo de Èsu o qual foi dado através das mãos de Òsòróngá (it ò n ò s éòtúrá) e mesmo assim se foi iniciado no tradicional culto de `Obàtálá /Yemonjá Odùa e ainda tiver profunda relação com Ikú, através de algumas se suas principais ònifás, como Òyèkú méjì, Òbàrà méjì, Òtúrúpòn méjì e algumas outras poucas. O sangue (èjè) não é de nenhum Òrì s à a não ser de Òsòróngá como vemos no Oriki (èjèóyèníkálè o – o sangue fresco que recolhe na terra cobre-se de fungos) Afirma a tradição que as Ìyámí segue o rastro do sangue do fígado e do coração, isto se deve por os chamados Àse das oferendas são de Òsòróngá! Estes órgãos se classificam em comportamentos Ofú (aqueles que produzem a fazem circular a energia no corpo) estômago, bexiga, vesícula biliar, intestino grosso e o intestino delgado, como também em comportamentos Osa (coração, pulmões, rins, fígado e baço – pâncreas) Estes detalhes são importantíssimos no culto à Òsòróngá e principalmente no culto Èfé-Gèlèdè ainda mais se falamos do sacrifício de e l é d é (porco) Relacionam-se com Òsòróngá: Èsu: somente com sua ajuda é que conseguimos a comunicação com as Ìyàmì, além de ser a prova viva do poder das Ìyàmì. Ògún: o senhor da cabaça de èédú (carvão) – onà iwó oòrùn (caminho do oeste) é bem mais íntimo de Òsòróngá, se não fosse ele o senhor do sagrado ato da oferenda de animais, juntamente com Èsu e Òsòróngá. Yemonjá Odùa (Yemòwo) Grande Ìyá, Senhora do ìgbá- e y e (cabaça dos pássaros) é a Ìyá’nlá seu nome é modificação da palavra Òdú Logboje, a mulher primordial, também denominada Eleyinjú E g é, a dona dos olhos delicados fazendo parte das divinda desgeradoras representada pelo Preto, fundadora do culto e sociedade Gèlèdè. Segundo os mitos da tradição afro-descendente, já que o mito é o discurso em que se fundamentam todas as justificativas da ordem e da contraordem social negra, a luta pela supremacia entre os sexos é constante, simbolizada na ìgbá-dù (cabaça da criação), já que o òrì s à Yemonjá Odùa, princípio feminino de onde tudo se cria – representação coletiva das Ìyámí ou mães ancestrais é a metade inferior da cabaça e Òbàtálá ou Òsàlá, princípio masculino, a metade superior. A relação Odùa/Òbàtálá, entendida simbolicamente, não representa uma simples relação de acasalamento do princípio feminino com o masculino. Há um princípio de completude do outro, de que a vida se constrói de mãos dadas e de que cada um de nós na medida em que estabelece esta relação, estabelece um elo mais completo com as coisas que estão à volta.

sábado, 24 de junho de 2017

Quem se cala impõe uma barreira. Pois que de nada adianta plantar sem regar e cuidar. De nada adianta seduzir e abandonar. O amor, a amizade, exigem presença, ou corre-se o risco de vê-los esfriar. Segundo um ìtàn (mito) yorùbá, Ògún criou com suas habilidades os irin àiyé (instrumentos de ferro para arar a terra) e Oko, o cultivo dos alimentos. Juntos esses Òrìṣà (Orixás) tornaram-se os primeiros Onílẹ̀ (proprietários de terras agrícolas). Oko não teve culto no Brasil, e Ògún perdeu aqui, sua condição original de patrono da agricultura para Ọdẹ (O Caçador), por intermédio dos africanos da família Àró, oriunda de Kétu. Esses africanos cultuavam Ọdẹ como a divindade da fartura e da prosperidade, por isso ele foi aclamado aqui no Brasil como: 'O Senhor dos alimentos'. Homenageado hoje, 23 de junho, o lavrador tem um dos mais importantes trabalhos do mundo. Sem ele, não haveria grande parte dos alimentos, por nós consumidos. Por isso, nada mais do que justo homenagear o homem do campo que se dedica ao cultivo da terra.

segunda-feira, 19 de junho de 2017

Limpa,limpa Seu Bará!!! Limpa, limpa todo o mal, tudo o que é de ruim em cima de mim... Alupo Seu Bará... abre as portas e os caminhos para esta filha que está no momento sentido-se arrasada... um arraso descomedido, uma coisa de outra esfera... um energia sobrenatural me aterra dia apos dia... tenho feito pelo menos 1 limpeza por semana... sempre me arrepio... Tenho deixado a Padilha tomar conta dessa materia... e levar pro buraco dela todo o mal que eu carrego... toda a inveja, todo o mau olhado... mas ... Tem o mas.... É um desconfort dentro de mim... parece que carrego um bichinho que está se revirando aqui dentro pra sair... todo inicio de ano é assim... por que? Ontem levei uma vela 7 dias pro Seu Bará, não sou de ascender vela pra Ele, mas qdo o negocio é trabalho eu vou la e mando ascenderem pra mim... Mando, explico, pq as mulheres que ainda menstruam não podem se ker chegar perto do assento dele... so as que nao sangram mais, seja por qual motivo for, e homens. e mesmo assim ambos so podem aparecer ali diante dele de calças compridas... aaaahh é o Homem é tinhoso! Mas é o detentor das chaves dos caminhos... é o mediador das nossas conversas espirituais... é o que corre na frente junto com seu irmão Ogum... corre, corre... Então ta na hora do Moço correr por mim... assim não dá mais... Preciso de meus caminhos bem abertos pra novas empreitadas profissionais, preciso me formar, preciso de dinheiro... Ele tb agita essas coisas financeiras...aaai Seu Bará, intercede por mim! Orixá Bará É o gerador do que existe, do que existiu e do que ainda vai existir. O nome “Bará” significa: aquele que é possuidor do poder. Também chamado de Exú Bará, pois “Exú” significa esfera, aquilo que é infinito, que não tem começo nem fim. Dia da semana: Segunda-feira. Saudação: “Alúpo” ou “Lálupo” – Tradução: Venha, ó falante! Cor: Vermelho. Parte do corpo que rege: Esqueleto, pênis, pâncreas, uretra, urina e rege também o sangue. Ferramentas: Chave, foice, corrente e punhal. Sobrenomes de Orixá: Lodê, Lanã, Tiriri, Adague, Burucú, Baluaê, Agelú,Toquí, Demí, Alupanda, Bí, Leba, Abanadá, Bô e Tolabí. Dividem-se basicamente em dois tipos: Barás de dentro de casa Bará Agelú, Lanã, Adague, etc., considerados mais calmos. Barás da rua Bará Lodê, considerado violento e por isso muito respeitado. É o guardião do templo, portanto deve-se cumprimentá-lo por primeiro ao entrar no terreiro. Seu assentamento e seus pertences ficam guardados à parte numa casinha entrada do Ilê. Acompanham o Bará Lodê: Ogum Avagã e Oyá Timboá, igualmente denominados Orixás de rua. SOBRE ESTE ORIXÁ Um de seus símbolos marcantes é a chave pois é o que permite a passagem e o início de tudo e é responsável pelos caminhos. As questões mais imediatas relacionadas a dinheiro e trabalho, é a ele que pedimos abertura. Faz a interligação entre “Orún” (mundo material) e “Aiyê” (mundo espiritual). Pedimos a ele que leve aos demais Orixás nossos pedidos e agradecimentos, afinal, não teremos êxito sem antes pedirmos e ofertarmos algo a ele. Bará é quem deve receber as oferendas em primeiro lugar a fim de assegurar que tudo corra bem. Outra característica marcante de Bará é ser o detentor e o transmissor da fertilidade e da fecundação. Este Orixá cuida da parte sexual dos seres vivos e de seus órgãos de reprodução. Seu outro símbolo é o "Opá Ogó", a forma fálica (pênis). Longe de ser obsceno, pois a presença de Bará se faz necessária na geração de uma vida. É o mais humano dos orixás, por exemplo: adora agrados e oferendas, detesta água e chuva, nos dias chuvosos é inútil lhe entregar oferendas na rua. Nestes dias é melhor deixá-los guardadas no Quarto-de-Santo até que a chuva cesse. Ele está presente nos lugares onde existem multidões, gargalhadas, risos fartos e nas alegrias incontidas. É o desprendimento do nervosismo contido no peito, a rapidez do deslocamento. Por ser provocador, astucioso e sensual é comumente confundido com a figura de diabo, o que é um absurdo dentro da construção teológica Yorubá, visto que não está em oposição a Deus, muito menos é considerado uma personificação do mal. Mesmo porque nesta religião não existe diabo. “Capaz de carregar o óleo que comprou no mercado numa simples peneira sem que este óleo se derrame”. E assim é Bará, o Orixá que faz o acerto virar erro e o erro virar acerto. Além disso, ele é muito irreverente, adorando resolver e propor enigmas. Caminha no tempo e espaço com tranquilidade, buscando coisas no passado, presente e futuro. Se ele não é tratado de maneira correta, ele confunde e zomba de quem o maltrata. Mas quando é reverenciado, ajuda, abre caminhos e soluciona. Segundo a mitologia, ele adora inverter a ordem estabelecida, como, por exemplo, a mulher trabalhar fora de casa e o homem gerar as crianças e cuidar de todas as atividades do lar. Isso serve para incentivar mudanças e desenvolvimento. O ARQUÉTIPO DOS FILHOS DE BARÁ Os filhos de Bará possuem uma personalidade muito marcante, ora são pessoas inteligentes e compreensivas com os problemas dos outros, ora são bravas, intrigantes e ficam muito contrariadas. Por isso para ter-se um amigo ou filho de Bará é preciso que se tenha muito jeito e compreensão ao tratar-se com ele. São pessoas altamente fiéis aos seus princípios, aos amigos e às suas causas. São corajosos e dedicados. Amáveis, não medem esforços nem sacrifícios para auxiliar as pessoas que ama. Excelentes amantes, a virilidade é uma característica básica daqueles regidos por este orixá. Características Positivas: Sempre chegam ao seu objetivo, mesmo que para isto tenham que se empenhar de corpo e alma. Fortes, capazes, românticos, felizes, participativos, francos, inquietos, sinceros, espertos e atentos. Características Negativas: Severos e exigentes ao extremo, caprichosos, extremamente vaidosos e ambiciosos. Brigões, debochados e brincalhões. O HOMEM DE BARÁ O Orixá do sexo, da procriação e da fertilidade, faz de seus filhos homens com enorme poder de sedução. Afinal, cabe a ele o papel de dar continuidade à espécie. Mas justamente por ser extremamente sensual e também por ser versátil, será capaz de agir dessa forma com várias pessoas ao mesmo tempo. O mais interessante de tudo é que ele dificilmente se afasta definitivamente das mulheres com quem manteve vínculos amorosos e sexuais. Por esta razão, não é difícil reconquistá-lo, principalmente se ele se deu bem sexualmente com essa parceira interessada em tê-lo de volta. A MULHER DE BARÁ Assim como o homem de Bará, a mulher é dotada de muita sensualidade. Mas esta é uma característica que ela não deixa transparecer com facilidade. Pelo contrário, tentará escondê-la atrás de uma imagem bastante reservada. Poderá ser mais transparente em relação ao sexo, se sentir segurança com seu companheiro. E segurança emocional para uma filha de Bará significa encontrar um homem que desenvolva com ela uma grande cumplicidade. Aí sim ela se soltará e se mostrará como realmente é: extremamente sensual. REZAS Para finalizar, colocarei algumas rezas (adúras) e traduções. Será muito bom dançar para Bará sabendo a tradução destas rezas. Bará Lodê Axé: Exú ô Lodê. Resposta: Exú Exú ô Bará lanã. Tradução: Bará, o do lado de fora. Bará, o que no dá as coisas no caminho. Bará Agelú Axé: Exú lanã fô míô, exú lanã fô malé ô. Resposta: Exú lanã fô míô, Exú lanã fô malé ô. Tradução: Bará dos caminhos, filho da dona das águas, Bará dos caminhos, vigia a noite para você. Explicação: Bará, assim como Ogum, é filho de Iemanjá com o Orixá Odùduwà. Odùduwà, Orixá da Criação, ancestral dos reis Yorubás coroados. Ogum era muito ligado ao irmão mais velho. Os dois eram muito aventureiros e brincalhões. Quando Bará foi expulso de casa pelos pais, Ogum ficou muito zangado e resolveu acompanhá-lo. Foi atrás dele e por muito tempo correram o mundo juntos. Bará, o mais esperto, resolvia para onde iriam e Ogum, o mais forte e guerreiro, ia vencendo todas as dificuldades do caminho. Por este motivo, Ogum sempre surge no culto logo depois de Bará, pois honrar seu irmão é a melhor forma de agradá-lo. Enquanto Bará é o dono dos caminhos e encruzilhadas, Ogum governa a reta dos caminhos. BARÁ LANÃ Axé: Egbá rà bô alaroiê a exú lanã, ba rà bô alaroiê a exú lanã, e mó dé ko ê ko de bará bô, bará bô, bará eléfa exú lanã. Resposta: Egbá rà bô alaroiê a exu lanã, ba rà bô alaroiê a exu lanã, e mó dé ko ê ko de bará bo, bará bô, bará eléfa Exú lanã. Tradução: Tenho fé em ti Bará e peço licença para louvá-lo em minha casa; Nossa casa está limpa, proteja a nossa terra. Seu poder limpa o caminho. Bará Lanã = Bará Lonã. Lonã = caminho. BARÁ LANÃ Axé: Exú bará lo bè bè tiriri lanã, exú tiriri, bará lo bè bè tiriri lanã, exú tiriri. Resposta: Bará exú tiriri lanã, exú tiriri lanã, bará ke bará Exú bará, Exú tiriri lanã. Tradução: Minha fé me alimenta, peço para o Precioso Bará dos Caminhos, Precioso Bará dos Caminhos, esse é o Exú que nos dá coisas no caminho. Tiriri = valoroso/precioso Bará Lanã = BARÁ LONÃ = lonã = caminho. Alúúúpooo!!!

sábado, 17 de junho de 2017

Ser Pai

Ser Pai Ser pai é preciso, em tempos de desamor. Que ele tenha olhar cheio de ternura para a frágil criatura de si mesmo, sublime criador. Ser pai é sentir-se maior, sábio, professor em terra de pequenino. Ser pai é voltar a ser menino... É dar colo, carinho,cuidar quando o filho precisar , estar atento e sempre perguntar se o filho precisa de ajuda e auxíliar nos momentos de necessidade e se fazer presente. E se necessário, explicar um não. Ser pai é extravasar alegria, cuidado e atenção. É sentir-se grato pela árdua mas honrosa missão. Ser pai é ser companheiro a qualquer momento, é ser sempre um alento pra choro, ferida ou cicatriz. Ser pai é ajudar seu filho a ser feliz. É passar por cima de crença, de valor ou preconceito. Ser pai é ter respeito. É passear, aprender com o filho, dialogar, estar disposto a ouvir e em alguns momentos a calar. Ser pai nem sempre é uma escolha, nem sempre é planejado, mas não há porque se sentir culpado com o fruto do prazer. Ser pai precisa ser, mais do que ter. É fazer-se também herói, responsável, amável, educador. Ser pai é não ter pudor e estar sempre disposto a defender o filho. Ser pai é ter brilho e um imenso valor. Ser pai é ser amor.

segunda-feira, 22 de maio de 2017

Frases orixás

Acaça

ACAÇA As definições mais elementares do acaçá, dizem que se trata de uma pasta de milho branco ralado ou moído, envolvida ainda quente, em folha de bananeiras. Seu preparo e forma de utilização nos rituais de oferendas envolvem preceitos e bem rígidos, que nunca podem deixar de ser observados. A definição é correta, mas extremamente superficial, pois, o acaçá é de longe a comida mais importante do Candomblé. Todos os Orişas de Eşú à Òşàlá recebem acaçá.todas as cerimônias, do ebó mais simples aos sacrifícios de animais, levam acaçá. em rituais de iniciação, de passagem, em tudo mais que ocorra em uma casa de Candomblé só acontece com a presença do acaçá. A pasta branca à base de farinha de milho, chama-se eco ( èko), depois de envolvida na folha de bananeira, aí sim, será acaçá O acaçá, é um corpo um símbolo de um ser, única oferenda que restitui e redistribui o Àşé. O acaçá remete ao maior significado que a vida pode ter: a própria vida. e por ser o grande elemento apaziguador, que arranca a morte, a doença, a pobreza e outras mazelas do seio da vida, tornou-e a comida e predileção de todos os Orişas. Nem todas as palavras do mundo são suficientes para decifrar o valor de um acaçá. Basta admitir que os segredos estão nas coisas mais simples para ver que muitos julgam insignificante, a comida mais importante do Candomblé, banalizando o sagrado e privilegiando a intuição em detrimento do fundamento. Fato é que quem não faz um bom acaçá não é um bom conhecedor de Candomblé, pois, as regras e diretrizes da religião dos Orişas nunca foram ditadas pela intuição. Aos incautos vale afirmar que Candomblé não é intuição, mas, fundamento sim, e fundamento se aprende. fundamento é o segredo compartilhado, o mistério sagrado, o detalhe que faz a diferença e a prova de que ninguém pode enganar o Orişá. Aqui o grande fundamento é que o sangue dos animais jamais pode jorrar sobre os ibás sem a presença do elemento pacificador, pois, o acaçá simboliza a paz. Quando ofertado e retirado do seu invólucro verde, tornando-se a comida de Òşàlá que agrada a todos os Orişá, a primeira oferenda que deve ser colocada diretamente no assentamento, juntamente com o obi e a água, antes de qualquer sacrifício. O acaçá deve permanecer fechado,imaculado até o momento de ser entregue ao Orişá. só então é retirado da folha. É como se o sagrado tivesse que ficar oculto até a hora da oferenda, prova de que o segredo é quase sempre um elemento consagrado. e o segredo do acaçá é enrolar o ekó na folha de bananeira. Manter-se imaculado até o momento da oferenda é o que garante a eficácia do acaçá, portanto a folha da bananeira( no Brasil, nenhuma outra pode substituí-la)é fundamental e prova, acima de tudo quanto o babalorixá, yalorixá são conhecedores da religião que professam. Os grandes sacerdotes, conhecidos por sua seriedade, saber, humildade, enrolam o ecó na folha, sabem fazer acaçá.

sexta-feira, 5 de maio de 2017

Itan de Oxóssi

LENDA DA QUIZILA DE OXOSSI ODÉ (Oxossi) grande caçador entrou na mata com seu filho, Logunedé, ensinando-lhe a arte de caçar e manejar o arco e a flecha. Após inúmeras caçadas, Logunedé sentou-se embaixo de uma árvore para descansar. Nessa árvore pousou um pássaro e ODÉ preparou sua arma e atirou. Acertou em cheio pássaro e, também, uma colmeia de abelhas. Elas foram cair justamente sobre a cabeça de Logunede, que sem ter como se defender foi picado. ODÉ vendo o desespero do filho correu a acudi-lo, sendo mordidas várias vezes. Conseguindo fugir, deitou seu filho em folhas frescas e, sem saber o que fazer pôs-se a chorar. Eis que o Orixá Omolú vendo aquilo, parou e apiedou-se do estado de Logunedé, pois, a criança estava morrendo. Omolú tirou de sua capanga água de cana e gengibre, pilou e aplicou sobre os ferimentos, aliviando as dores. Após isto, fez o mesmo com ODÉ, curando-o completamente. ODÉ então lhe disse: Senhor dos aflitos ponho o meu reino a seus pés e toda a minha caça que daqui por diante eu conseguir, comeremos juntos. Omolú agradeceu e seguiu seu caminho. Então ODÉ jurou que nunca mais comeria o mel, pois, o mel o faria lembrar todo seu sofrimento e de seu filho. Diz-se ainda que abelha é simbolo e representação de ODÉ pois ela é o animal que não teme a morte. Após dar a sua ferroada ela está fardada a morrer, mas nem por isso abandona uma briga. A abelha é instrumento para fabricação do sagrado mel de Oxum, mas uma versão da ideia de que este produto seria "Quizila de Oxossi" se dá através desta lenda.

terça-feira, 21 de março de 2017

Tipos de Mediunidade

Tipos de Mediunidade
O QUE É A MEDIUNIDADE?
Para resumir, a mediunidade é a sensibilidade ao extrafísico. É a capacidade que a nossa porção energia (que é a própria alma) tem de captar outras energias de natureza não física.
Vou resumir alguns sinais de despertar focando apenas nos aspectos positivos do aflorar:
> Intuição para fazer ou não fazer algo e depois de feito saber que a intuição estava certa;
> Sonhos reveladores, que de certa forma conduzem suas atitudes para novos caminho, de prevenção de problemas ou de melhores resultados em todas as áreas da sua vida;
TIPOS DE MEDIUNIDADE
Neste caso, citarei as mais referenciadas na obra espírita. Contudo você verá diversas outras formas de mediunidade ao longo do seu estudo sobre o tema.
Tomei o cuidado inclusive, para transcrever os tipos, tal e qual na:
MEDIUNIDADE DE EFEITOS FÍSICOS
Este tipo pode ser dividido em dois grupos, ou seja, os facultativos – que têm consciência dos fenômenos por eles produzidos – e os involuntários ou naturais, que são inconscientes de suas faculdades, mas são usados pelos espíritos para promoverem manifestações fenomênicas sem que o saibam.
MEDIUNIDADE: MÉDIUNS SENSITIVOS OU IMPRESSIONÁVEIS
São pessoas suscetíveis de sentirem a presença dos espíritos por uma vaga impressão. Esta faculdade se desenvolve pelo hábito e pode adquirir tal sutileza, que aquele que a possui reconhece, pela impressão que experimenta, não só a natureza, boa ou má, do espírito que se aproxima, mas até a sua individualidade.
MEDIUNIDADE: MÉDIUNS AUDIENTES OU CLARIAUDIENTES 
Neste caso os médiuns ouvem a voz dos espíritos. O fenômeno manifesta-se algumas vezes como uma voz interior, que se faz ouvir no foro íntimo. Outras vezes, dá-se como uma voz exterior, clara e distinta, semelhante a de uma pessoa viva. Os médiuns audientes podem, assim, estabelecer conversação com os espíritos.
MEDIUNIDADE: MÉDIUNS VIDENTES OU CLARIVIDENTES 
São dotados da faculdade de ver os espíritos. Cabe salientar que o médium não vê com os olhos, mas é a alma quem vê e por isso é que eles tanto vêem com os olhos fechados, como com os olhos abertos.
MEDIUNIDADE: MÉDIUNS PSICOFÔNICOS
Neste tipo o médium serve como um instrumento pelo qual o espírito se comunica pela fala; assim, há a acoplação do perispírito do espírito comunicante no perispírito do médium, permitindo, assim, que o espírito utilize o aparelho fonador do médium para fazer uso da fala.
MEDIUNIDADE DE CURA 
Este gênero de mediunidade consiste, principalmente, no dom que possuem certas pessoas de curar pelo simples toque, pelo olhar, mesmo por um gesto, sem o concurso de qualquer medicação. Dir-se-á, sem dúvida, que isso mais não é do que magnetismo. Evidentemente, o fluido magnético desempenha aí importante papel. Porém, quem examina cuidadosamente o fenômeno sem dificuldade reconhece que há mais alguma coisa.
A magnetização ordinária é um verdadeiro tratamento seguido, regular e metódico. No caso que apreciamos, as coisas se passam de modo inteiramente diverso. Todos os magnetizadores são mais ou menos aptos a curar, desde que saibam conduzir-se convenientemente, ao passo que nos médiuns curadores a faculdade é espontânea e alguns até a possuem sem jamais terem ouvido falar de magnetismo. A intervenção de uma potência oculta, que é o que constitui a mediunidade, se faz manifesta, em certas circunstâncias, sobretudo se considerarmos que a maioria das pessoas que podem, com razão, ser qualificadas de médiuns curadores recorre à prece, que é uma verdadeira evocação.
 MEDIUNIDADE: MÉDIUNS MECÂNICOS
Quem examinar certos efeitos que se produzem nos movimentos da mesa, da cesta, ou da prancheta que escreve não poderá duvidar de uma ação diretamente exercida pelo Espírito sobre esses objetos. A cesta se agita por vezes com tanta violência, que escapa das mãos do médium e não raro se dirige a certas pessoas da assistência para nelas bater. Outras vezes, seus movimentos dão mostra de um sentimento afetuoso.
O mesmo ocorre quando o lápis está colocado na mão do médium; freqüentemente é atirado longe com força, ou, então, a mão, bem como a cesta, se agitam convulsivamente e batem na mesa de modo colérico, ainda quando o médium está possuído da maior calma e se admira de não ser senhor de si Digamos, de passagem, que tais efeitos demonstram sempre a presença de Espíritos imperfeitos; os Espíritos superiores são constantemente calmos, dignos e benévolos; se não são escutados convenientemente, retiram-se e outros lhes tomam o lugar. Pode, pois, o Espírito exprimir diretamente suas idéias, quer movimentando um objeto a que a mão do médium serve de simples ponto de apoio, quer acionando a própria mão.  Quando atua diretamente sobre a mão, o Espírito lhe dá uma impulsão de todo independente da vontade deste último. Ela se move sem interrupção e sem embargo do médium, enquanto o Espírito tem alguma coisa que dizer, e pára, assim ele acaba.  Nesta circunstância, o que caracteriza o fenômeno é que o médium não tem a menor consciência do que escreve. Quando se dá, no caso, a inconsciência absoluta; têm-se os médiuns chamados passivos ou mecânicos. E preciosa esta faculdade, por não permitir dúvida alguma sobre a independência do pensamento daquele que escreve.
MEDIUNIDADE: MÉDIUNS INTUITIVOS
A transmissão do pensamento também se dá por meio do Espírito do médium, ou, melhor, de sua alma, pois que por este nome designamos o Espírito encarnado. O Espírito livre, neste caso, não atua sobre a mão, para fazê-la escrever; não a toma, não a guia. Atua sobre a alma, com a qual se identifica. A alma, sob esse impulso, dirige a mão e esta dirige o lápis. Notemos aqui uma coisa importante: é que o Espírito livre não se substitui à alma, visto que não a pode deslocar. Domina-a, mau grado seu, e lhe imprime a sua vontade. Em tal circunstância, o papel da alma não é o de inteira passividade; ela recebe o pensamento do Espírito livre e o transmite. Nessa situação, o médium tem consciência do que escreve, embora não exprima o seu próprio pensamento. E o que se chama médium intuitivo.  Mas, sendo assim, dir-se-á, nada prova seja um Espírito estranho quem escreve e não o do médium. Efetivamente, a distinção é às vezes difícil de fazer-se, porém, pode acontecer que isso pouca importância apresente. Todavia, é possível reconhecer-se o pensamento sugerido, por não ser nunca preconcebido; nasce à medida que a escrita vai sendo traçada e, amiúde, é contrário à idéia que antecipadamente se formara. Pode mesmo estar fora dos limites dos conhecimentos e capacidades do médium.  O papel do médium mecânico é o de uma máquina; o médium intuitivo age como o faria um intérprete. Este, de fato, para transmitir o pensamento, precisa compreendê-lo, apropriar-se dele, de certo modo, para traduzi-lo fielmente e, no entanto, esse pensamento não é seu, apenas lhe atravessa o cérebro. Tal precisamente o papel do médium intuitivo.
MEDIUNIDADE: MÉDIUNS SEMIMECÂNICOS
No médium puramente mecânico, o movimento da mão independe da vontade; no médium intuitivo, o movimento é voluntário e facultativo. O médium semimecânico participa de ambos esses gêneros. Sente que à sua mão uma impulsão é dada, mau grado seu, mas, ao mesmo tempo, tem consciência do que escreve, à medida que as palavras se formam. No primeiro o pensamento vem depois do ato da escrita; no segundo, precede-o; no terceiro, acompanha-o. Estes últimos médiuns são os mais numerosos.
MEDIUNIDADE: MÉDIUNS INSPIRADOS
Todo aquele que, tanto no estado normal, como no de êxtase, recebe, pelo pensamento, comunicações estranhas às suas idéias preconcebidas, pode ser incluído na categoria dos médiuns inspirados. Estes, como se vê, formam uma variedade da mediunidade intuitiva, com a diferença de que a intervenção de uma força oculta é aí muito menos sensível, por isso que, ao inspirado, ainda é mais difícil distinguir o pensamento próprio do que lhe é sugerido.
A espontaneidade é o que, sobretudo, caracteriza o pensamento deste último gênero. A inspiração nos vem dos Espíritos que nos influenciam para o bem, ou para o mal, porém procede, principalmente, dos que querem o nosso bem e cujos conselhos muito amiúde cometemos o erro de não seguir. Ela se aplica, em todas as circunstâncias da vida, às resoluções que devamos tomar. Sob esse aspecto, pode dizer-se que todos são médiuns, porquanto não há quem não tenha seus Espíritos protetores e familiares, a se esforçarem por sugerir aos protegidos salutares idéias. Se todos estivessem bem compenetrados desta verdade, ninguém deixaria de recorrer com freqüência à inspiração do seu anjo de guarda, nos momentos em que se não sabe o que dizer, ou fazer. Que cada um, pois, o invoque com fervor e confiança, em caso de necessidade, e muito freqüentemente se admirará das idéias que lhe surgem como por encanto, quer se trate de uma resolução a tomar, quer de alguma coisa a compor. Se nenhuma ideia surge, é que é preciso esperar.
A prova de que a ideia que sobrevém é estranha à pessoa de quem se trate esta em que, se tal ideia lhe existira na mente, essa pessoa seria senhora de, a qualquer momento, utilizá-la e não haveria razão para que ela se não manifestasse à vontade. Quem não é cego nada mais precisa fazer do que abrir os olhos, para ver quando quiser. Do mesmo modo, aquele que possui idéias próprias tem-nas sempre à disposição. Se elas não lhes vêm quando quer, é que está obrigado a buscá-las algures, que não no seu intimo. Também se podem incluir nesta categoria as pessoas que, sem serem dotadas de inteligência fora do comum e sem saírem do estado normal, têm relâmpagos de uma lucidez intelectual que lhes dá momentaneamente desabitual facilidade de concepção e de elocução e, em certos casos, o pressentimento de coisas futuras. Nesses momentos, que com acerto se chamam de inspiração, as idéias abundam, sob um impulso involuntário e quase febril. Parece que uma inteligência superior nos vem ajudar e que o nosso espírito se desembaraçou de um fardo. Os homens de gênio, de todas as espécies, artistas, sábios, literatos, são sem dúvida Espíritos adiantados, capazes de compreender por si mesmos e de conceber grandes coisas. Ora, precisamente porque os julgam capazes, é que os Espíritos, quando querem executar certos trabalhos, lhes sugerem as idéias necessárias e assim é que eles, as mais das vezes, são médiuns sem o saberem. Têm, no entanto, vaga intuição de uma assistência estranha, visto que todo aquele que apela para a inspiração, mais não faz do que uma evocação. Se não esperasse ser atendido, por que exclamaria, tão freqüentemente: meu bom gênio, vem em meu auxílio?
MEDIUNIDADE: MÉDIUNS DE PRESSENTIMENTOS
O pressentimento é uma intuição vaga das coisas futuras. Algumas pessoas têm essa faculdade mais ou menos desenvolvida. Pode ser devida a uma espécie de dupla vista, que lhes permite entrever as conseqüências das coisas atuais e a filiação dos acontecimentos. Mas, muitas vezes, também é resultado de comunicações ocultas e, sobretudo neste caso, é que se pode dar aos que dela são dotados o nome de médiuns de pressentimentos, que constituem uma variedade dos médiuns inspirados.
MEDIUNIDADE: MÉDIUNS PSICÓGRAFOS 
Transmitem as comunicações dos espíritos através da escrita. São subdivididos em mecânicos, semi mecânicos e intuitivos. Os mecânicos não têm consciência do que escrevem e a influência do pensamento do médium na comunicação é quase nenhuma. Como há um grande domínio da entidade sobre a faculdade mediúnica a ideia do espírito comunicante se expressa com maior clareza. Há casos em que o médium psicografa mensagens complexas conversando com outras pessoas, totalmente distraído do que escreve. Já nos semi mecânicos, a influência da entidade comunicante sobre as faculdades mediúnicas não é tão intensa, pois a comunicação sofre uma influência do pensamento do médium. Isso ocorre com a maioria dos médiuns psicógrafos. Com relação os intuitivos, estes recebem a ideia do espírito comunicante e a interpretam, desenvolvendo-a com os recursos de suas próprias possibilidades morais e intelectuais.
MÉDIUM ESPÍRITA
O espiritismo é a doutrina que mais se dedicou ao entendimento do processo da mediunidade, e por isso, o espírita seja o seguidor espiritual que figura entre os com mais capacidades de demonstrar habilidades a serviço do bem pessoal e coletivo. Contudo, você não precisa ser médium para desenvolver sua mediunidade, mas precisa de um sistema sério, coeso e adequado para que os potenciais da sua alma desenvolvam-se equilibradamente.
NA MINHA SINCERA OPINIÃO SÓ EXISTEM DOIS TIPO DE MEDIUNIDADE APENAS
Quanto ao nível do despertar = Desperta e não desperta, ou seja, consciente ou não.
Quanto a intenção = Para o seu bem pessoal e sua evolução, para o bem de todos e para o mal.

Mediunidade explicação

Mediunidade Consciente -->
A entidade que quer se comunicar,aproxima-se do médium e telepaticamente transmite o conteúdo que quer anunciar.Não tendo contato perispiritual,o médium recebe telepaticamente e com sua palavras e o próprio modo de ser, transmite as idéias com maior ou menor clareza e fidelidade,dependendo do estado psíquico do médium,que após tê-la retransmitido,não poderá mais influir na retransmissão,pois o espírito não poderá agir senão sobre o pensamento do médium. Este fenômeno não deve ser confundido com o processo intuitivo pois se manifesta como inspiração momentânea.Este tipo de mediunidade é muito usada por poetas,escritores,pregadores,músicos,etc...
A mediunidade consciente muita das vezes é confundida como mistificação,porque usa uma comunicação de que o médium emprega palavras próprias ou termos que constantemente usa de forma sistemática,o que é natural e não se pode estranhar,pois,cada um possui um modo particular de se expressar(determinadas palavras,determinados gestos e sinais) assim como as entidades que têm um modo próprio de iniciar e finalizar seus trabalhos,o que é interessante frisar pois servem para identificá-los.
Uma outra situação comum é a dos observadores,estudiosos e até mesmo dos frequentadores dos "terreiros" que fazem confusão entre a falta de cultura e linguajar do médium com a entidade que está se comunicando.Vemos comumente nos centros uma grande maioria de médiuns incultos(sem instrução escolar) e como falar corretamente se quem fala é o médium e não a entidade?À entidade só compete as idéias e não as palavras(neste caso de mediunidade).Outro caso é quando um médium recebe um pensamento elevado,transcendente e com seu vocabulário acanhado não consegue transmitir por não compreendê-lo bem.Desta forma,há um fracasso interior por não conseguir entender e nem expressar a mensagem. A mediunidade consciente é a que permite uma maior interferência do psiquismo do médium denominado por alguns de "animismo"(interferência do inconsciente) e a que tem sido instrumento de crítica injusta como mistificação.
"A repressão do animismo dificultará grandemente as tarefas mediunicas,e por isso não deve ser feita.O mediunismo não dispensa a colaboração do médium,o qual não deve ser um simples automato,um robot" (Ramatís).
Mediunidade Semi-Inconsciente (Incorporação Parcial) -->
Neste tipo de mediunidade,há entre o médium e a entidade que quer se comunicar um indispensável tom vibratório(afinidade fluídica) e o contato se dá entre a entidade e o corpo astral do médium,que por intermédio deste age sobre o corpo físico,ficando alguns órgãos sobre o controle da entidade.Isso acontece sem que haja o afastamento do espírito do médium,ou sem que ele perca a consciência do que se passa em torno.O médium se encontra numa espécie de semi-transe,sujeito porém à influência da entidade e com dificuldade de interferir sobre ela,salvo se o médium com seu livre-arbítrio quiser intervir.Neste estado a entidade comunicante,ainda que não tendo domínio completo sobre o médium,pode transmitir mais livre e sem qualquer embaraço os seus pensamentos que ficam,é lógico,dependendo da maior ou menor capacidade de transmissão do médium(educação mediúnica) e de sua própria intelectualidade. Neste tipo de manifestação,ainda são possíveis se bem que em pequena proporção,as interferências psíquicas no que diz respeito à repetição de palavras e gestos,mas quanto o tipo de apresentação já passa ser,de um determinado modo,da entidade comunicante que já vem mesmo servir de identidade. Há sessões em que se repetem inúmeras vezes os mesmos gestos,as mesmas palavras,as mesmas frases em todas as comunicações e no entanto nada há tanto na parte do médium como na parte da entidade,algo que possa ser taxado de mistificação.
Mediunidade Inconsciente (Incorporação Total) -->
Vejamos este último aspecto que se caracteriza no fato do espírito do médium afastar-se do corpo físico temporariamente,ficando ao lado ajudando,ou muitas vezes nesses momentos cumprindo tarefas no plano astral,enquanto que no mesmo instante a entidade encontra o corpo físico inteiramente ao seu dispor e controle.Esta forma é que dá maiores garantias de segurança e autenticidade na comunicação pois a entidade é livre para transmitir suas idéias e pensamentos,sem a necessidade de usar a parte intelectual do médium,que normalmente a faria alterada ou deturpada quando recebida telepaticamente.
Neste aspecto da mediunidade inconsciente,o médium se acha muito mais à vontade para se for preciso enfrentar o poder das críticas ou dos estudiosos e também dos consulentes porque em nada interferindo e de nada sabendo no momento da incorporação,a manifestação é total do espírito comunicante,podendo mesmo fazer a extensão da faculdade com maior ou menor perfeição,como por exemplo:a entidade fazer a mesma tonalidade de voz,revelar fatos de suas encarnações passadas,assim como mudar os aspectos físicos do médium (efeito raro).O afastamento do espírito do médium é feito pela entidade comunicante com métodos e processos magnéticos feitos na astralidade.Para isso também concorrem a homogeneidade dos fluídos tornando-os mais suaves ou abruptos,dependendo de quanto mais equilibrado for a vibração de ambos.Em grande parte dos afastamentos do corpo físicos,geralmente o médium quando exteriorizado,continua consciente de que se passa nesse plano,porém quando a entidade comunicante o deixa(desincorpora) de nada se lembra no regresso do corpo físico.
Às vezes acontece que os fluídos do médium estão muito abaixo do que os apurados fluídos da entidade,fazendo com que a entidade baixe o seu tom vibracional no momento da incorporação. Para condensá-los com os do médium,e em casos de fluídos pesados e inferiores,haverá quase que sempre sobressaltos de maior ou menor intensidade ou até mesmo sobressaltos violentos no momento da incorporação que repercutirá após o transe mediúnico nos órgãos físicos bem como no psiquismo do médium.
Neste caso de incorporação total,quando o médium tem um bom e educado conhecimento mediúnico(ético e moral) e suas faculdades são bem desenvolvidas,o médium durante a incorporação,tanto pode permanecer ao lado (como falamos acima) como pode se quiser empregar este tempo(incorporado) em algum trabalho útil.Porém há casos em que a educação mediúnica do médium é viciosa,não há tranquilidade nem segurança e havendo isso,o médium não terá a liberdade descrita acima,não acontecerá o afastamento do espírito do médium que quase sempre intervem nas comunicações,criando muita das vezes embaraços para a entidade,que para acalmá-lo,é necessário utilizar de seu magnetismo para adormecê-lo com passes e suavemente afastá-lo para outro local,afim de que a tarefa preposta pela entidade seja levada até o final.Achamos que seja preciso dizer que a ansiedade e o estado inquieto em que permanece o médium durante a incorporação,às vezes não lhe trará um despertar tranquilo,harmonioso e suave.Para tanto é preciso que tudo esteja em ordem no médium,assim como no ambiente.Este deverá estar cheio de amor,harmonia e deverá inspirar confiança porque assim o médium sentirá despreocupado para a incorporação,podendo auxiliar mantendo uma atitude mental de ficar ao lado(sem atrapalhar) auxiliando a entidade à desempenhar sua missão entregando-lhe o corpo físico com boa vontade e espírito de colaboração.
Incluem-se nesta modalidade de incorporação as intervenções mediunicas para operações em que o Astral Superior permite que as entidades curadoras baixem e usem as mãos do médium para curar a parte física como espiritual

sábado, 4 de março de 2017

Bengalas

Bengalas
Porque você está na religião De matriz afro? Pare e reflita.
Para que está na religião? O que ela te serve? O que você pede?
A religião não pode ser a sua bengala, a Religião quer que você caminhe com suas pernas.
Olorum, Orixás e zeladores nos dão o amparo necessário para a nossa vida, e não a bengala para você rastejar- se.
A Religião não te ensina a andar por caminhos tortuosos, com obstáculos nos caminhos, mas sempre com muitas exigências em suas condutas.
Não adianta ficar reclamando de sua situação, não adianta se lamuriar. Mude seus pensamentos, se você não acredita na Religião, você está agindo errada, se não entende o que o zelador te fala, está na religião errada.
Se seu trabalho está ruim, algo você tem que fazer para aprender e melhorar, se o seu relacionamento está ruim, algo você tem que aprender e melhorar.
Tire as bengalas de sua vida caminhe com suas próprias pernas, não culpe o Orixá que não te ajuda, não culpe o zelador que não te ajuda, pois tenho certeza que eles estão fazendo de tudo para você deixar as bengalas.
Resolva a sua vida, de o direcionamento nos seus objetivos e vá atrás com FÉ em Olorum e nos Orixás, Fé na Religião que te ampara e conforte o seu coração e permita se TRANSFORMAR.
Só assim você entenderá o real motivo da espiritualidade e o caminho dos Orixás.
Por Wedes de Bara

quarta-feira, 1 de março de 2017

OYA DO RIO. OYA DA LAMA. OYA SEM CABEÇA.

OYA DO RIO. OYA DA LAMA. OYA SEM CABEÇA. Esta Yabá nasce no Odu Ossá Mejí (9-9) Bagan teria sido o último avatar (corpo reencarnado) de Oya, por isso leva em si tudo o que Oya adquiriu em suas vidas, sendo uma yaba de culto complexo e poucos zeladores sabem iniciar essa senhora. * BAGAN NASCEU DA LAMA: Bagan usa pinturas feitas com lama e Osun, nasceu da lama do rio Oya, o Rio niger e seu culto se dá neste rio. * OYA SEM CABEÇA: Corre um falso itan de que Oya Bagan não tem Orí, pois foi decapitada. Como alguém sem Ori pode ser plantada em Ori, se no culto a Orisa só se da o que se tem? Bagan na verdade arrancava a cabeça dos inimigos, por isso o nome de "OYA SEM CABEÇA". Por fundamento da Yabá se moquia (queima) a cabeça dos bichos de quatro patas que são oferecidos a ela e então se põe esses crânios em seu igbá junto a um par de chifres de búfalo. "O Igbá de Bagan é de Barro." Bagan é um Orisa Nupê a qual rezamos esta Adurá: "E ma odò, e ma odò Lagbó lagbó méje O dundun a soro Balè hey" Tradução: Eu vou ao rio, eu vou ao rio Do seu modo encontrado nos Arbustos reparte em sete Vós que fala através do Preto Tocando o solo te saúdo. Itan de Oyá Bagan: "Odô Oya, o Rio de Oya Bagan" Um dia o Obá Tapá, rei dos Tapás, foi avisado que sua aldeia seria atacada. Correu para a casa de Orunmilá (ifá) e pediu um Ebó para afastar o perigo. Orunmilá disse que ele devia mandar sua filha levar um pano preto até a fronteira da aldeia e rasgar o pano. O pano preto simboliza as coisas más, e deveriam "rasgar" o mal. "Oyá" Significado rasgar, dividir, rachar. Então a filha do rei foi até a fronteira e rasgou um pano preto, rasgava e gritava: OYA! OYA! OYA! (Dividindo! Dividindo! Dividindo!) Os retalhos de tecido formaram uma lama negra, que formou água negra. A poça de água estourou e formou um grande rio negro! Do ronco do rio se escutou o grito alto "OOOOOOYÁ!!!". Do leito do rio saiu uma mulher negra, linda, empunhando armas de guerra. Ela foi chamada Oya e o rio Odô Oya. Oya Bá Àgan é a oya que trás a força, o poder do grande Odô Oya! Se diz "Odô Oya Bá Agan" (o rio oya trouxe força) que defendeu os Tapás do perigo. Grande formou uma linha separando o reino dos inimigos, e eles tinham medo de tocar na água, o rio é o Berço de OYA, cujo as águas são negras de tantos eguns que carrega!!! A Ya agbá Oya um dia saiu voando no ar e fez um tufão de vento! A partir daí, os tornados também foram batizados de OYA. Quando Ya Agbá Oya Bá Agan estava nervosa, ela Corria para a floresta e se transformava em Búfalo! Hepa Hey Bagan!!! OS ORISAS QUE CAMINHAM COM BAGAN: ESÚ: Bagan guerreou contra Esu, ao ganhar a batalha ele jura lealdade a ela e decide acompanha-la. OXÓSSI: O sexto filho de Bagan se chama OGYOGAN, ele se veste com a pele do búfalo e auxíliou Odé na caçada do pássaro Orúro, ao ver que Odé respeitava Ogyogan, Bagan dá para Odé o seu pó "Arole" para afastar os Eguns, e Odé em agradecimento faz o Erusin de Oya, e então se tornam aliados. NANÃ: Bagan nasceu da lama, seu fundamento é a lama preta e isso se se fortalece na presença de Nanã. OBALUAYÊ: Bagan o encontra no cemitério junto a Esu e ao derrota-lo, ele também jura lealdade a ela e a acompanha. *CORES DE BAGAN: Ela usa branco, porém no ato do "Agerê" ela se veste de Vermelho ou Marrom. Bagan não é de culto igbalé, ela é cultuada no Rio Niger. Hepa hey! Fonte:desconhecida

terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

História do Rei Congo.

História do Rei Congo. Rei Congo é um Preto Velho amado por toda a Umbanda, pela sua humildade e serenidade. Ele foi escravo entre o século XVI e o século XVII, e desde sua juventude era um guerreiro, que lutava em prol de seus irmãos africanos que tanto sofriam nas mão de seus Coronéis e Feitores. A história diz que Rei Congo, que tinha seu nome de batismo como Octácilio, era um grande rezador e curador de doenças, ficando sendo conhecido entre negros e brancos pelo seus tratamentos das moléstias como a tuberculose, que na época exterminava muitas pessoas sem escolher cor nem raça. O negro Octácilio, certa vez após uma das filhas de um Coronel fazendeiro, chamado de “Senhor do café”, ficar muito fraca com a famigerada doença assassina, a tuberculose, ficou muito conhecido em toda região pelo tratamento dado a pequena sinhá, através de seus conhecimentos de ervas utilizadas em chás e compressas, sanando assim todo mal estar sofrido por ela e curando-a de vez da tão maléfica doença. Após esse fato Octácilio começou a frequentar outras fazendas da região para, com sua sabedoria ajudar outras pessoas que sofriam além da famigerada tuberculose outros males que afligiam a tão covarde e intolerante classe branca e rica da época. Com essas viagens de fazenda em fazenda, Octácilio começou a perceber que seus irmãos negros sofriam grandes humilhações e maus tratos dos então feitores que ordenados pelos coronéis, mandavam castigar na chibata e no tronco todos os negros sem que houvesse motivo para tal covardia. E foi assim que o jovem Octácilio tomou para si a vontade de lutar contra essas atrocidades, e dia após dia ele tomado por seu desejo de liberdade e também pela grande vontade de livrar seus irmãos das garras covarde de feitores e coronéis, ele decidiu então tentar a fuga, com o objetivo de mais tarde tentar ajudar os outros escravos a fazerem o mesmo. Enfim chega a noite da fuga, Octácilio e mais alguns negros, após um dia cansativo na preparação da terra para um novo plantio de café, conseguem fugir do cativeiro após dominarem o feitor e seus jagunços quando já iam acorrentar as portas do senzala. Vários negros fugiram, muitos deles foram recapturados e outros mortos, mas Octácilio conseguindo se embrenhar nas matas escuras conseguiu enfim a sua liberdade. A partir desse dia, Octácilio com a ideia fixa em tentar libertar seus irmãos escravizados, rogou a Pai Oxalá e a todos os Orixás que lhe mostrassem o caminho para que ele conseguisse o tal feito. Após vários dias e noites fugindo pelas matas sagradas de Pai Oxossi, ele se depara com uma montanha, que na época era conhecida como “Monte dos Perdidos”, essa montanha tinha centenas de caminhos que interligados chegavam a lugar algum, e apenas um caminho levava ao cume da montanha. Octácilio por algumas vezes já ouvira falar da lenda do “Monte Perdido”, e sabia que o cume dessa montanha seria o lugar ideal para se abrigar e abrigar os negros que ele desejava libertar dos açoites e dos troncos destruidores. Em suas orações ele pediu aos Orixás Sagrados que lhe abrissem o caminho, e que ele conseguisse chegar ao cume da montanha sem se perder pelo labirinto que o levaria a morte. Foi ai que ele começou sua caminhada rumo a tão assustadora montanha, e sem se dar conta, subia a trilha de maneira tão segura e confiante que sem esperar em poucas horas já estava diante de um grande campo florido com um grandioso lago de águas límpidas. Ele admirado por tanta beleza daquela natureza que lhe foi entregue por Oxalá, ele se ajoelha e agradece pelo presente tão belo. E foi nesse belo e protegido lugar que Octácilio começou a sua luta de livrar da escravidão seus irmãos negros, pois ali estava nascendo o Quilombo do Congo” e também o sonho de ali ser o caminho da paz buscada pelos quilombolas. Entrando pelas fazendas cafeeiras durante as madrugadas, Octácilio começou a resgatar os negros escravos, levando-os para o Quilombo do Congo, e ali esses negros começaram a plantar, a construir seus lares e constituir família. Octtácilio escolhia os negros mais novos, fortes e ágeis, fazendo deles um grupo de guerreiros da mesma causa, ou seja libertar mais e mais escravos, e no primeiro grupo já preparado para ação, o negro Octácilio recebeu o nome de Rei do Quilombo do Congo, e todos a partir desse dia passaram a lhe chamar de “Rei Congo”, como é conhecido até hoje nas casas de Umbanda. Certa vez, em mais uma das centenas de vezes que Rei Congo tentava buscar a liberdade para os negros escravizados, um certo coronel muito temido dentro da região fez com que seus feitores e centenas de jagunços ficassem de tocaia por vários dias e noites com intuito de capturar o libertador de escravos. E numa noite nebulosa no qual Rei Congo e seus guerreiros estavam prontos para mais uma ação, o velho negro Malaquias, que tinha o dom da vidência, disse ao seu Rei negro que aquela noite ele não deveria levar seus guerreiros, pois muitas mortes poderiam ocorrer, ele deveria ir só, pois apesar de ser muito perigoso seria dessa oportunidade que ele traria um grande aliado nas causas que lutavam. Rei Congo com toda sua humildade concordou com o velho Malaquias, e saiu só para essa missão, ao chegar a fazenda em questão, Rei Congo tenta chegar a senzala onde dormiam os negros escravizados. Porém a um certo momento Rei Congo se depara com um dos feitores da fazenda com dezenas de jagunços armados. O feitor o acorrenta em um tronco próximo a senzala, a espera do dia raiar e acatar as ordens do tão famigerado coronel. Rei Congo com olhar firme porém sereno, tenta buscar forças nas palavras do velho Malaquias, tentava entender todo o fato, toda a causa do acontecimento. Sabia ele que tudo que acontecera teria uma razão, porém até então não conseguia chegar numa resposta em que aquilo tudo poderia ajudá-lo na luta contra a escravidão. O sol raiou, e o feitor que ora tinha acorrentado Rei Congo, tinha um semblante cansado, parecia amargurado. Ele manda um dos seus jagunços levarem a notícia da captura do libertador de escravos ao coronel, que logo vem com as ordens de açoitarem o negro libertador até a morte, e que levassem o corpo dele a té ele, para junto a outros coronéis fazendeiros comemorassem a morte do tão temido Rei Congo. E foi dada a missão ao feitor de levar a morte a Rei Congo por meio da chibata. E ele, o feitor, já preparado para o começo da tortura daquele corpo preso ao tronco de madeira por meio de correntes de aço, quando olha nos olhos de Rei Congo e diz se ele era o tal negro curador de doenças tão conhecido dentro da região por ter curado muitas pessoas da tão medonha doença, que na época era a tuberculose. Rei Congo, ainda com olhar sereno apenas balançou a cabeça afirmativamente. Então o feitor o livra das correntes e se jogando aos pés de Rei Congo pede a ele para salvar a sua amada que se encontrava tísica, ela estava extremamente enfraquecida e sem nenhuma chance de sobreviver. Rei Congo estendendo a mão ao feitor, lhe pergunta se ele tinha fé, ele responde que sim, então Rei Congo diz que ele ia libertar sim a doce jovem dos males da tuberculose. O feitor, sabendo que teria que entregar o corpo de Rei Congo para os coronéis, resolveu então libertá-lo e seguir com ele e sua amada para o Quilombo do Congo. E assim foi feito, nesse mesmo dia saíram fugidos da fazenda rumo ao Monte dos Perdidos, e mesmo durante a viagem Rei Congo fazia seus chás e compressas para o tratamento da jovem Rosa, que dia após dia ia recuperando sua saúde. E ao chegarem a seu destino, com cuidados mais especiais, com o tratamento vindo das ervas e compressas sagradas do velho Congo, Rosa se recuperou totalmente, e em agradecimento o feitor, que tinha o nome de Amadeu, jurou lealdade a Rei Congo, que se transformou em um dos grandes guerreiros libertadores do Quilombo de Rei Congo. Apenas os guerreiros de Rei Congo sabiam o caminho correto para chegar ao “Monte dos Perdidos” que já estava sendo conhecido em toda a região como “Quilombo de Rei Congo”. Como a quantidade desses guerreiros ainda era baixa, não davam conta de libertarem tantos escravos como era da vontade de Rei Congo, pois as viagens de ida e volta as fazendas eram longas, cansativas e perigosas, ele decidiu então montar pequenos quilombos que servissem de esconderijo para os quilombolas próximo ao quilombo principal, tentando assim conseguir um pouco mais de tempo para aumentar as ações contra a escravidão nas fazendas. Isso infelizmente durou pouco, pois mesmo em matas fechadas esses pequenos quilombos foram descobertos pelos Feitores e seus capatazes, ou pelos Capitães do mato contratados pelos coronéis fazendeiros que estavam a busca de seus escravos. Rei Congo então decidiu que mesmo com a demora das viagens e a dificuldade da subida ao “Monte dos Perdidos”, seria melhor que os negros libertados fossem levados diretamente para um lugar seguro ao invés de acamparem nos pequenos quilombos a espera de alcançarem um número maior de quilombolas. E assim foi feito por longos anos, Rei Congo e seus guerreiros libertavam os seus irmãos escravizados, os levavam para o Quilombo, e lá eles plantavam, criavam animais, constituíram laços, cultuavam seus Orixás, viviam em paz e em liberdade. Muitos coronéis por anos tentaram alcançar o tão conhecido e guardado Quilombo de Rei Congo, muitos feitores, capatazes e Capitães do mato perderam suas vidas tentando decifrar o caminho correto que levava ao cume da montanha, mas nenhum desses tiveram êxito em seus objetivos, pois ali além de ter grandes guerreiros que protegiam a entrada e o caminho do quilombo, tinha um Rei, um Rei protegido pelos Orixás, principalmente por pai Oxalá no qual o velho Rei Congo agradeceu por toda sua vida a luz dada para que ele encontrasse o caminho para sua libertação e a de centenas de irmãos negros. No final do século XVII, Rei Congo fez sua passagem para o mundo dos espíritos já com 90 anos de idade no corpo físico, e sendo agraciado por pai Oxalá a benção de poder vir a terra como Entidade de Luz para continuar libertando as pessoas da escravidão, porém com um trabalho ainda mais árduo, pois essa escravidão não são nas correntes de aço frio, mas da escravidão da inveja que consome a alma, da falta de humildade que magoa o espírito, do orgulho que destrói o perdão, da soberba que esmaga o ser, da falta de amor que escurece o caminho e principalmente da falta de fé que lhe desvia da evolução espiritual. Rei Congo preto velho calmo e sereno, humilde mas soberano, tem sempre a palavra certa na hora certa, tem ensinamentos certos pros momentos certos. Com sua voz mansa e seu jeito peculiar de se sentar, ele é reconhecido por toda a Umbanda, e todos que já tiveram a oportunidade de poder ouvir seus conselhos em seu tom de voz sereno„ pode se considerar um abençoado por pai Oxalá..
Fonte: historiasdeterreirosdeumbanda.blogspot.com.br

História de uma preta velha

A senzala exalava o calor de um local superlotado, o suor de mais um dia brutal de trabalho, e o medo de novas ordens ou atitudes desmedidas. O breu já se formava lá fora em noite sem lua, que prometia chuva. Nenhuma luz entrava pelas frestas da taipa desgastada pelo tempo e não se viam os animais que penetravam, insetos noturnos. Havia sempre o risco de uma cobra por baixo do tapete improvisado que protegia do chão áspero, feito de folhas de bananeira e palha de folha de cana. Por isso, sempre havia aqueles encarregados de bater todo o espaço com varas de bambu, para espantá-las. Um ou outro pequeno candeeiro, pois sinhozinho não gostava de gastar óleo de baleia com negros. A senzala quadrangular era dividida em quatro setores: os homens de um lado, mulheres de outro, as mulheres com filhos recém-nascidos num terceiro canto, filhos estes de pele mais clara, e alguns até de olhos verdes. Os pretos e as pretas não podiam coabitar nem ter filhos, exceto se o “procriador” se destacasse muito pela força e inteligência. Não havia querer, não havia gostar. No quarto último canto, os velhos, escravos e escravas juntos, já que não se reproduziam mais, haviam conseguido sobreviver à lida, aos maus tratos e à tristeza de ver seu povo sofrendo tanto.Traziam ainda a mente lúcida, sabiam receitas para curar todo o tipo de moléstias, sabiam rezar contra os males do corpo, e aguardavam a madrugada para entoarem seus cantigos nostálgicos, espantarem o banzo, e ensinarem aos outros suas lendas, suas origens e tradições. Alguns incorporavam velhos espíritos das florestas, dos cursos d’água, do fundo da terra, e rendiam seu culto de Fé a Olorum, Orixalá, Oxumaré, Obaluaiê, Iroko, Nanã Buruku e a Abikú, este último, pelo grande número de crianças que morriam. Colocavam em um pequeno pote de barro, o que tinham conseguido trazer escondido do parco almoço, um pouco de fubá, inhame, umas favas de feijão e enfeitavam com flores, completando com Amor e Devoção a singela entrega. Também rendiam respeito ao Exu Kimbandeiro, pois na senzala só haviam negros bantos. Os caçadores de escravos haviam se espalhado de tal maneira que depois deles não houve mais os Tatás africanos, destruindo na África toda uma cultura milenar. Ou quem sabe era mesmo o momento dela migrar através do oceano para este Brasil que ainda não percebia o tamanho do horror que abrigava em seu generoso chão. Havia ali naquele pobre albergue desguarnecido, uma velha escrava pequena, de passos miúdos, mãos mágicas que consertavam ossos quebrados, feridas abertas, corações partidos… Não tinha tido tempo de completar sua iniciação de Sacerdotisa em sua Terra, o Congo, quando foi aprisionada e separada dos seus. A solidão, a tristeza, a saudade, a perda das esperanças de ver suas matas novamente, não lhe haviam dobrado a cerviz. Do mesmo modo que era meiga, era firme, e se dedicava ao mundo espiritual incansavelmente, de alguma maneira conseguindo amenizar um pouco o sofrimento daqueles que estavam ali. Ensinava que seu Povo era de caçadores, mas também guerreiros, e que mesmo desarmados e vencidos, cada negro ali tinha de manter a cabeça em pé, o pensamento focado na superação das provas físicas e a necessidade da solidariedade para obterem um pouco de Paz no seu dia a dia. Ela já não tinha força para trabalhar no plantio da cana ou na colheita do milho, mas Sinhazinha mais de uma vez havia lhe chamado para curar seus filhos. Assim, ela passava seus dias curando, cantando, sorrindo com seus olhos enevoados pela idade, enquanto tratava das feridas dos que eram castigados. Mas naquela noite sem Lua, com a chuva já encharcando o chão, deixando o sono de todos ainda mais desconfortável, subitamente o capataz da fazenda invade o local, destrancando e abrindo a porta com violência gritanto: “Um negro desgraçado fugiu, Uma fuga, uma vida.”! E agarrou o adolescente Jerônimo, que embora jovem era muito alto e forte, além de mostrar grande personalidade. Jerônimo iria pagar pela fuga. Com força descomunal para seu tamanho, na hora do derradeiro golpe do facão, Maria Quimbandeira desviou a arma certeira, salvando o menino, mas ela própria caiu, transpassada pela lâmina, e em pouco tempo sucumbiu, sem um gemido. Acordou junto a sua floresta africana, em meio a uma linda dança de encantados. O grande Babá-Egun a ela se dirigiu lhe dando o comando de duzentos guerreiros e disse: “ Babá Maria, sua missão na Terra findou, mas se inicia aqui uma muito maior, junto aos homens, embora nenhum deles poderá vê-la. Irás ainda por muito tempo vagar o Planeta, com a finalidade de proteger os homens do mal, e junto com outros milhares que estão fazendo o mesmo trabalho, até o dia em que poderás sentar à beira deste riacho e descansar. Agora não, que é tempo de muitas modificações e auxílio aos homens encarnados. Eis que sai de cena a velha Maria e surge a Vovó Maria da Pemba, sempre protegendo, amparando, fortalecendo e abençoando seus protegidos”. Por Alex de Oxóssi - Rio Bonito/RJ Fonte: espiritualizandocomaumbanda.blogspot.com.br
Minha benção Vovó Maria de Pemba.

domingo, 26 de fevereiro de 2017

Compartilhando frases

"Algumas coisas não mudam… A gente é que passa a vê-las por outro ângulo!"
"Não faça da sua vida um rascunho, poderá não ter tempo de passá-la a limpo."
"Troque suas folhas, mas não perca suas raízes. Mude suas opiniões, mas não perca seus princípios."
"Se você cansar, aprenda a descansar e não a desistir."
"Minha idade não define minha maturidade, minhas notas não definem minha inteligência e as fofocas que fazem de mim não definem quem eu sou."
"Não espere por uma crise para descobrir o que é importante em sua vida."
"Se a tranquilidade da água permite refletir as coisas, o que não poderá a tranquilidade do espírito?"
"Às vezes precisamos morrer um pouco por dentro para que então possamos renascer e crescer mais FORTES e SÁBIOS, numa nova versão de nós mesmos."
"Atraia o que você espera, reflita o que você deseja, se torne o que você respeita, se espelhe no que você admira."

sábado, 25 de fevereiro de 2017

Respeito

Se você, ao entrar em um terreiro,pede licença e saúda os assentamentos e firmezas da casa; *Se você, ao ficar diante de um Preto Velho se ajoelha e pede sua benção; *Se você, ao se afastar de um guia ou do altar,sai de costas e permanece de frente para o altar; *Se Você, ao conversar com uma entidade,se curva e abaixa o olhar em sinal de respeito; *Se você, ao tomar um passe,agradece de coração a entidade que o atendeu; *Se você, ao ganhar de um guia um gole de sua bebida,pega sempre o copo com as duas mãos; *Se você, ao ser convocado para um trabalho difícil,não se envaidece e se prepara com amor; *Se você, ao ser corrigido por seu Pai/Mãe de santo não se enfurece,mas entende que é para sua evolução; *Se você, ao encontrar seu Pai/Mãe de santo,toma sua benção, seja onde fôr; *Se você, ao cantar determinados pontos de umbanda ainda se emociona como no início; *Se você, ao perceber um erro de alguém,não critica,mas procura orientar da forma adequada; *Se você, ao não entender um ensinamento ou doutrina,questiona,pergunta,ao invés de fingir que entendeu; *Se você, ao ouvir comentários desnecessários dentro do terreiro os ignora e não se envolve; *Se você, ao faltar ao gira ou em algum trabalho, pede desculpas aos seus guias por sua falta; *Se você, ao fim de um culto ou trabalho fica feliz e ansioso pelos próximos compromissos; *Se você, ao invés de priorizar as amizades com irmãos de santo,prioriza a casa que o desenvolve; *Se você, ao se sentir fraco,busca a ajuda de sua casa ao invés de se afastar dela; *Se você, ao presenciar algum problema em sua casa,não se omite e tomas as devidas providências,mostrando-se atuante; *Se você, preocupa-se mais com o seu próprio desenvolvimento do que com o dos outros; *Se você, tem respeito e amor verdadeiro por sua casa e entende o quão é difícil em vários momentos mantê-la... PARABÉNS POR SUA POSTURA,MAS CUIDADO,VOCÊ É UM UMBANDISTA EM EXTINÇÃO... Texto retirado da Internet.
Outras Cantigas de Oroô Ejé
  1. Etú (Galinha D’angola)
O primeiro bicho a ser sacrificado no ori do iniciado em todo oro de feitura  ou obrigação será sempre a etú (d’angola), pois só esta é quem faz santo e sacraliza o ritual, portanto, deverá ser o primeiro bicho a ser imolado, entoe:
Baba a bi a bi etú konken  (bis)
Na cantiga acima se apresenta à galinha, na cantiga abaixo se sacrifica à galinha:
Kuen kuen kuen
Baba bi a bi etú
Kuen kuen kuen 
Baba bi a bi oro
Kuen kuen kuen
Baba bi a bi etú
Kuen kuen kuen 
Baba bi a bi oma
Entoa-se a cantiga abaixo quando a etú desfalece:
Eran gbobo
Orisa fefe etú 
Eran gbobo
Orisa fefe etú o
  1. Ajapá (Cágado)
o ajapá que terá sido lavado antecipadamente e passado no ajebó que se encontra ao lado do igbá de Sango.
Com uma cordinha de palha cante para que o ajapá ponha o ori para fora, entoe:
Ori Dada
Asé kopa
Gbe na ò
Asé kopa
Araiye
Asé kopa
Gbe na ò
Baba
Obs: Neste momento acima um Ogã toca alujá com aguidavis no casco do ajapá.
Assim que ele tiver posto o ori para fora laça-se com uma cordinha trançada de palha da costa, puxa o nó (forquilha) e dê inicio ao sacrifício, entoe :
Oba Oba lasé Oba
Oba toto bi aro
Obá Obá lasé Obá
Obá Sango Afonjá
Oba Oba lasé Oba
  1. iyelé (Pombo)
Eiyelé  un aja dié
Olowo oju ma wa
Oju npá
Npá ra sé
Olorun
Olowo oju ma wa
Ago ala
Olorun ibase
Olowo oju ma wa
  1. Agutan (Carneiro)
Agbo agbo agutan
Ogun palaso
Tibi kan
  1. copando o veado, o porco  e as Caças em Geral para Odé :
Opo tun
Ojare
Osi e m’afa r’ode
Opo tun
Ojare
Osi e m’afa r’ode
Obs: Essa mesma cantiga acima serve-nos quando vamos castrar um animal, substituímos o trecho Osi e m’afa r’ode  pelo nome do orisá para quem estamos castrando o bicho.
  1. Pepeye (Pato)
Pepeye jan  pepe 
Eru  dandan
Pepeye jan  pepe
Eru  dandan
Eru ade o...
Pepeyé padê l´odo
Eru ade o
Pepeyé padê l´odo
Eru ade o...
  1. Ejá (Peixe)
Ejá mogbá
Mogbá
Bori eni
Ejá mogbá
Mogbá
Bori ejé