terça-feira, 31 de janeiro de 2017

Alguns Animais em Yorubá

TRADUÇÃO - ANIMAIS: Yorubá para Português 
ÀJÁ - CACHORRO 
AJAPÁ - CÁGADO/TARTARUGA 
AGUTAN - CARNEIRO 
ABUKO - CABRITO 
AURÊ - CABRA 
AKIKO - FRANGO/GALO 
ADIÉ - GALINHA 
APOLÓ - SAPO 
ABABÓ - GALINHA VERMELHA/CARIJÓ 
ETUN /KONKÉN - GALINHA D'ANGOLA 
EJÁ - PEIXE 
EKU - PREÁ 
ELÉDI - PORCO 
EIKOICI - VEADO 
GODÔPÉ - CABRA/CABRITO 
ILÉ - POMBO 
IRILÉ - POMBO 
IDÃ - COBRA 
IGBY - CARACOL 
IGUI - PORQUINHO DA INDIA 
KONKÉN - GALINHA D'ANGOLA 
LEKE LEKE - GARÇA 
LABA LABA - BORBOLETA 
MALU - BOI 
ABAN-MALU - VACA 
ODIDÉ - PAPAGAIO 
ODÁ - BODE CASTRADO 
PEPÉYE- PATO 
ÊSÍ - CAVALO 
ESÍ OKUM - CAVALO

Ewó (Quizílas) dos Orixás

Ewó (Quizílas) dos Orixás



Ewós são proibições dos orixás aos seus filhos. Essas proibições podem ser alimentares ou comportamentais.

Ewó também pode ser chamado de Quizila, que são coisasa que não fazem bem ao nosso corpo e principalmente ao nosso campo astral e espiritual.

Há coisas que nunca podem ser dadas ao Orixá, Há coisas que nunca pode ser dadas aos filhos desse orixá e há coisas em comum ao filho e ao orixá.

Cada orixá tem suas Quizilas e vamos lista-las para que se torne do nosso conhecimento:

Quizilas de Oxalá:

Bebida  Alcóolica (Cachaça), Azeite de Dendê, Muito sal, Pimenta, Roupa escura, Sangue, Pombo, Bagre, sardinha…

Quizilas de Oxóssi:

Mel, Carne de Caça, Bode, Cabrito, Bana, Carambola, Tangerina…

Quizilas de Yemanjá:

Banana-figo, Peixe sem escamas, usar cabelo curto, inhame…

Quizilas de Oxum:

Tangerina, carcaça da galinha, Camarão vermelho, Cavalinha, feijão, tapioca, Galinha, Pombo…

Quizilas de Oxumaré:

Ovos, Tudo que rasteja, Abóbrinha, amendoim, fruta-do-conde, grão de bico, pipoca…

Quizilas de Xangô:

Rabada, Cágado, Carneiro…

Quizilas de Oyá:

Fígado, Miúdos, Abóbora, Feijão fradinho, beterraba…

Quizílas de Obaluayê e Omolú:

Porco, Sardinha, Abacaxí, caranguejo…

Quizílas de Obá:

Galinha Branca, Taioba…

Quizílas de Ogum:

Perdiz, cana, inhame, Manga-espada…

Quizílas de Logun-Edé:

Galo, Bode, Cabrito, Mel, Manga-Espada…

Quizílas de Exú:

Ovos, Cabeça e pés de qualquer bicho, Banana D’água, Beterraba, frutas ácidas, Sapoti, farofa de galinha…

Quizílas de Ewá:

Cajá-manga…

Quizílas de Nanã:

Ovos, Farofa de galinha, Rã, Miúdos, Tutano, Berinjéla, Beterraba, Uva Preta…

Quizílas de Ossãe:

Pato, carne de caça, Figado…

Quizilas de Iroko/ Tempo:

Caranguejo, cabeça e pé de galinha, peixe sem escamas…

Quizílas de Ibejis:

Morte, assobio…

Quizilas Comuns entre os orixás (Quizíla de Todo povo do santo):

Arraia, Caranguejo, Lula, Polvo, Peixe de Pele…

Observação: Essas Doutrinas podem variar de casa pra Casa (Em certos Ewós), porém esses são os mais Comuns.

ETUN /KONKÉN

A Galinha de Angola era uma ave muito feia e por isso, afastava as pessoas de perto de si, mesmo sendo muito rica. Ela vivia abandonada em uma grande floresta em meio a sua riqueza.
Cansada de ser desprezada, resolveu consultar o oráculo sagrado no Palácio de Obatalá. Quando lá chegou, o Sacerdote a colocou para fora, dizendo que ela deveria estar usando um Alá branco para entrar na casa do Grande Deus Funfun. Ainda mais triste, a Galinha de Angola resolveu ir para outra floresta e de uma vez por todas, deixar de conviver perto de
tudo e todos.
Após 21 dias caminhando, a Galinha de Angola parou em uma floresta, sem saber que era sagrada (Igbodu). Lá, ela encontrou um velho maltrapilho gemendo de dores. Esse velho disse:
“Pare! estou muito doente e não tenho dinheiro para me alimentar, me dê o que comer e beber, por favor,”!
A Galinha de Angola pegou tudo o que tinha e deu ao velho homem que, após saciar a sua fome e sede, caiu dormindo em sono profundo. A Galinha de Angola continuou preocupada com o velho e ficou ao seu lado enquanto ele dormia. Ao acordar, o velho perguntou-lhe, porque ainda estava lá, fazendo companhia para aquele velho maltrapilho.
A Galinha começou a dizer que não poderia abandoná-lo, pois ele estava precisando dela, dize sua história ao velho, falando que todos lhe achavam feia, com um aspecto repugnante e que não mais queria viver.
O Velho respondeu que o seu exterior não importava em nada, pois por dentro, ele era um dos seres mais belos que existia. Disse que aquela era uma floresta sagrada e que na verdade, ele era Obatalá. A Galinha de Angola ficou surpresa com a revelação, pedindo-lhe desculpas por entrar na floresta sagrada.
Obatalá pegou Efun e começou a pintar a Galinha de Angola, que ficou muito bonita. Além disso, Obatalá disse que, o maior símbolo para os iniciados era o Osù e modelou um na superfície da cabeça da Galinha de Angola, dizendo que, a partir daquele momento, ela seria o Animal mais Sagrado do Culto aos Òrìsàs, pois somente ela, traz o Grande Osù em sua cabeça.
Essa história é um grande ensinamento, pois mostra que não podemos julgar ninguém por sua aparência, mostra que não devemos jamais negar comida e bebida. Nossa religião oferta, ajuda e acolhe, essa é mensagem que devemos guardar.

UMBANDISTA

Sou UMBANDISTA para quem quer escutar.

Sou UMBANDISTA de corpo e alma.
Sou UMBANDISTA para quem quer escutar.

Sou UMBANDISTA de corpo e alma.

Sou UMBANDISTA para fazer a caridade em todos os níveis.

Sou UMBANDISTA porque creio em DEUS que é nosso Pai único.

Sou UMBANDISTA porque acredito na UMBANDA e seus fundamentos.

Sou UMBANDISTA porque creio nos ORIXAS que irradia luz para todos.

Sou UMBANDISTA porque creio nas entidades da Umbanda que nos protege e nos ensina o caminho do bem e da luz.

Sou UMBANDISTA porque creio na missão do bem e da luz para todos.

Sou UMBANDISTA porque creio na minha transformação interior para me melhorar cada vez mais.

Sou UMBANDISTA porque creio num mundo melhor.

Ser UMBANDISTA é estar verdadeiramente buscando a luz ,o bem ,a sinceridade,a paciência,a caridade e principalmente o AMOR.

Todos nós Umbandistas devemos ser verdadeiramente...

UMBANDISTAS.
Sou UMBANDISTA para fazer a caridade em todos os níveis.

Sou UMBANDISTA porque creio em DEUS que é nosso Pai único.

Sou UMBANDISTA porque acredito na UMBANDA e seus fundamentos.

Sou UMBANDISTA porque creio nos ORIXAS que irradia luz para todos.

Sou UMBANDISTA porque creio nas entidades da Umbanda que nos protege e nos ensina o caminho do bem e da luz.

Sou UMBANDISTA porque creio na missão do bem e da luz para todos.

Sou UMBANDISTA porque creio na minha transformação interior para me melhorar cada vez mais.

Sou UMBANDISTA porque creio num mundo melhor.

Ser UMBANDISTA é estar verdadeiramente buscando a luz ,o bem ,a sinceridade,a paciência,a caridade e principalmente o AMOR.

Todos nós Umbandistas devemos ser verdadeiramente...

UMBANDISTAS.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

Oxóssi Laburé

Sobre Oxóssi Laburé:

Laburé é uma qualidade de Oxóssi que vive nas águas com Oxum, mas uma qualidade muito esquecida pelas pessoas, tão esquecida que hoje em dia esse Oxóssi é simplesmente desconhecido no Brasil.
A lenda conta que em uma festa Oxum recebeu muitos presentes como jóias, enfeites, perfumes, e ervas raríssimas.
Eram tantos presentes que os convidados tinham de depositar em um Ibá (cesto) grande e levaram até os rios clamando para que a Yabá viesse buscar seus presentes.
Porém Oxum não subia a superfície por estar nos fundos do rio, e como cuidava das pedras do rio fundo, não poderia deixá-las sozinhas por um minuto que fosse.
Então Oxum cantou docemente: "Laburé Omi Mi Ka Odô...", que significa "Laburé, venha as águas do rio e traga meus presentes."
Oxum havia chamado Oxóssi do meio das matas para levar seu presente até as águas, que atendeu prontamente aos seu pedido.
Este caminho de Oxóssi sempre acompanha Oxum Ominibú (a senhora do rio profundo).
É confundido com Logun Edé.
Veste-se nas cores verde e dourado e porta um Ofá dourado. As vezes vem com um abebé também.
É um Odé da fartura e do dinheiro, ele é o portador dos bons presentes.

#OkêArôLaburé!

quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

Rumbê e a Experiência de Fazer a Pedra Falar





Dentro do candomblé, nada é mais valioso que saber fazer a pedra falar. O Orisa é a pedra dentro do Igbá, que se complementa com favas, raízes, elementos diversos. Não adianta termos conhecimento sem termos a malícia que só o dia-a-dia nos ensina para fazer a pedra falar. 

Um dia meu pai fez um teste comigo que vou contar: 

"Mais ou menos pelos meados do ano de 1995, eu tinha 5 anos de santo, e meu pai chegando ao terreiro colocou uma esteira no chão e disse que era para que eu tomasse um banho de folhas, vestisse uma roupa de ração limpa e sentasse na esteira. Me deixou esperando mais ou menos por 1 hora, e já impaciente indaguei se podia sair de lá. Ele disse que eu era muito apressada, e que esperasse que ele iria dizer o que queria. Pois ele foi tomar café, ficou conversando com o povo que estava lá e nada de me falar o que queria.

Depois de infinitas horas ele mandou a ajoie dele chamada de Mãe Cilinha buscar três pedras dentro de um coité e pediu que eu escolhesse uma. Logo pensei que iria virar de santo, pois tudo naquela época que acontecia Iyawo virava. Mas nada, nada aconteceu. Então disse que eu colocasse a pedra na minha frente e ficasse olhando para ela, vendo formato, cheiro, cor, textura, assim fiz, e ele mandou que eu não saísse de lá. Fiquei entediada de tanto analisar aquela pedra, ainda mais imaginando o porquê daquilo. 

Bom, ele voltou depois de um tempo e disse que era para levar aquela pedra para casa e que fosse observando ela e cantando todos os dias uma cantiga de um determinado orisá e não deixasse ninguém colocar as mão nela. 

Obedeci, fui para casa e depois de 15 dias fazendo o que ele me pediu enfiei aquela pedra na bolsa e voltei para o terreiro. Quando cheguei lá a primeira coisa que ele me perguntou foi da danada da pedra, e mostrei para ele que estava comigo e que tinha feito tudo como tinha ordenado. Me mandou sentar novamente na esteira e tirou a pedra de mim.

Pouco tempo depois chegou com umas 30 pedras e mandou eu dizer a ele qual delas tinha ficado comigo aqueles dias, foi um susto para mim, pois eram muitas, mas com muita atenção eu achei e mostrei com convicção. Meu pai sorriu e me elogiou, e perguntou se eu tinha ouvido a pedra cantar comigo a cantiga que ele falou para cantar todos os dias, dei risada e meio no respeito e no deboche disse que pedra não falava. Pai balançou a cabeça e disse: "Minha filha essa pedra ficará em seu futuro jogo de búzio, e ela será Esú, aquele que trará o recado dos orisa, e se você perguntar para ele algo e não ouvir a pedra falar não adiantará ter um jogo de búzios".
Fiquei de olhos arregalados e sem fala. Quando perguntei qual era a magia para conseguir escutar ele respondeu, que era a malícia da dia-a-dia do meu conhecimento que faria isso, que a magia estava dentro de mim, era só abrir os ouvidos e escutar, mas de uma coisa não poderia esquecer jamais, que era cantar para essa pedra sempre, assim ela reconheceria minha voz e me responderia quando precisasse de resposta.
 Até hoje essa pedra fala comigo."

Sua benção meu pai.

Experiência e texto de Iyá Branca de G'unté (Minha Mãe!) 

Foto: Roger Cipó © Olhar de um Cipó - Todos os Direitos Reservados / All Copyrights Reserved

Ser um Filho de Santo
O Rumbê é um conjunto de regras de boa convivência dentro de uma casa de santo e ele é passado de geração em geração. A postura de um Yawô deve ser séria e sempre atenta. A cada obrigação o iniciado irá aprender um pouco mais sobre o que é o Candomblé.


Cargos de uma Casa de Santo
Iyà  - em Yorubá Iyà significa Mãe
Babá - em Yorubá significa Pai
Iyalorixá e Babalorixá - Significa Mãe e Pai de Santo, são os postos mais elevados dentro de uma casa de candomblé, segundo a tradição Afro-brasileira.
Iyaegbé (mulher) e Babaegbé(homem) - ambos são a segunda pessoa do axé, devem ser conselheiros e exercer com responsabilidade o cargo que prezam pela ordem, pela tradição e pela hierarquia dentro da casa de candomblé.
Iyalaxé - Mãe do Axé que distribui o axé e cuida dos objetos nos rituais.
Iyakekerê (mulher) - É a Mãe Pequena e segunda Sacerdotisa do Axé 
Babakekerê (homem) - Pai Pequeno e segundo Sacerdote do Axé
Ojubanã ou Agibanã - É a Mãe Criadeira - Supervisiona e ajuda na iniciação dos Filhos de Santo
Iyamorô (mulher) e Babamorô(homem) - São os responsáveis pelo Ipadê de Eshú
Iyaefun (mulher) e Babaefun(homem) - São responsáveis pela pintura branca do Iyawô.
Iyadogan e Ossidogan - Auxiliam a Iyamorô
Iyabassê (mulher) - É responsável pelo preparo dos Alimentos Sagrados - Comidas de Santo
Iyarubá - Que carrega a esteira para o iniciado
Iyatetexê e Babatetexê - Responsável pelas cantigas nas Festas públicas do Candomblé
Iyaba Ewê - Responsável em determinados atos e obrigações de cantar folhas
Aeybá - Bate o Ejé nas obrigações 
Ològun -   Cargo masculino que despacha os Ebós nas obrigações, preferencialmente os filhos de Oghum, depois os de Odé e Obaluayê.
Oloyá - Cargo feminino que despacha os Ebós das obrigações na falta de Ològun, são filhas de Oyá.
Iyababakerê - É responsável pela alimentação do iniciado enquanto o mesmo se encontra recolhido
Iyatojuomó - É responsável pelas crianças do Axé
Pejigan - É responsável pelos Axés da casa, do terreiro e é considerado o primeiro Ogan na hierarquia.
Axogun - É responsável pelos sacrifícios, trabalha em conjunto com o Iyalorixá / Babalorixá. ( Os iniciados e Ogans não podem errar, senão entram em transe).


Retirado do site:
http://iledossunmoradadosol.blogspot.com.br/2010/10/rumbe.html?m=1

As mãos que Bezem


 AS MÃOS QUE BENZEM....
Na Umbanda, nossos pontos cantados são orações. É assim que fazemos nossas preces e fortalecemos nossa fé.
Muitos irmãos de outras religiões nos criticam, mas no momento do desespero sem respostas batem às nossas porteiras buscando ajuda. Nestas horas, encontram mãos abençoadas, para benzer e para tocar nossos tambores. Para o verdadeiro Sagrado, mais valem as vozes que abençoam que as línguas que maldizem; mais vale a mão do benzedor à mão do gladiador que joga pedra nos outros.
Saravá Umbanda!!!

quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

Mãe de Oxum


YEMOJA
A primeira a ser desenhada é a qualidade original, esta foi a primeira e a partir dela que surgiram as outras.

1° LUGAR: YEMOJA ODÔ

O nome é bem simples,  Yemoja Odo se traduzir como "Yemoja do rio".
Existem muitas histórias sobre ela, mas contarei a que gosto mais:

"YEMOJA ODÔ É A MÃE DE OSUN"
Esta historia se passou à muitos milênios atrás...

Yemoja era uma moça de
Origem Nupê.
Por ser muito bela
Ela despertava o interesse
De muitos homens.
Nisto se casou ainda jovem.
Uns dizem que seu marido era
Oloroke, Rei de Ekiti.
Outros dizem que seu marido era
Okere, Rei de Saki.
Yemoja quería filhos
Mas não podia engravidar.
Ela se sentia muito triste.
Foi então que decidiu buscar ajuda.
Ela foi até Orunmilá
E ele leu o destino.
O décimo quinto Odú de Ifa
Se apresentou.
Era o Odu "Ose" (Oxê)
Orunmilá disse que para
Engravidar ela devia fazer um rito
A cada cinco dias.
Yemoja obedeceu,
A cada cinco dias ela
Apanhava uma cabaça
Pintada de branco,
colocava sobre a cabeça e enchia
Com agbo (abô, agua com ervas maceradas),
Então ia para o rio cercada
De crianças que cantavam e
Dançavam com muita alegria.
Junto ela levava egbo (Ebô, canjica branca cozida),
Yanrin (verduras)
Ekuru (inhame amassado misto com azeite de dendê),
E Eko (mingau de milho branco).
Ela juntava tudo isso com
Obi e orogbo,
E então ela e as crianças partiam
Para o rio antes que o sol nascesse.
Ao chegar no rio ela enchia
O pote com agua e voltava para
Casa cantando junto com as crianças.
A casa cinco dias ela trazia agua e
A guardava em um grande jarro
Chamado Awé, e nos cinco
Dias que se passavam ela
Bebia e se lavava com aquela agua.
Yemoja fez este rito muitas vezes,
Até que engravidou.
Ela ficou muito feliz.
Após estar grávida ela não parou,
Continou indo ao rio a cada cinco dias
Onde lavava sua barriga com
Omi Tutu (Água fria).
As crianças gostavam tanto de Yemoja
Que a esperavam na porta de casa
Sempre no dia marcado.
Um dia Yemoja estava indo para o rio
Quando sentiu as dores fortes do parto.
Ela pediu que as crianças fossem
Embora pois ela queria fazer
Suas necessidades.
As crianças acreditaram e
Assim Yemoja pariu sozinha,
Agaixada de cócoras na mata.
Dela nasceu uma menina.
Yemoja a banhou com o Agbo
E pediu que uma das crianças fosse
Até Orunmilá contar do nascimento.
Muito feliz,  Yemoja foi para casa
Com o bebê nos braços
E todas as crianças cantavam
"E KORE YEYE OSUN O! YEYE O, YEYE O, YEYE O!
(Gritamos as bênçãos da graciosa mãe Osun, Graciosa mãe! Graciosa mãe! Graciosa mãe!)
No terceiro dia de vida
O umbigo do bebê começou a sangrar
E nada parava o sangramento.
Yemoja ficou assustada
E foi para o rio fazer os ritos
E jogou as oferendas o mais longe
Que pode mas Osun não melhorava.
Ela correu com a criança para a casa
De Orunmilá.
Ao ver Yemoja com a criança
No colo ele deitou os buzios
E o Odu Ose Orogbe respondeu
Em Osun.
Orunmilá disse:
"Odu Ose Orogbe, Ose Orogbe, A-ri-agbon k'owo si, a yeye n'imo, a fide re mo."
(Odú Oxê Orobé, Oxê Orobé, que possui uma gamela onde guarda dinheiro, graciosa mãe dona de muitos conhecimentos, ela que enfeita os filhos com cobre dourado)
Ainda no jogo, Orunmilá
Recitou os versos deste Odu:
"Tani yoo dido? Tani yoo dido Osun? Osun Yeye n'imo."
(Quem vai curar o umbigo? Quem vai curar o umbigo de Osun? Osun que enfeita os filhos com broze dourado)
A surpresa de Yemoja foi grande
Pois ela não havia dito ainda
A Orunmilá que o nome de sua filha
Era Osun.
Nisto todos souberam que Osun
Havia nascido Orisa.
O Odu Ose determinou um Ebó
Para curar Osun.
Seriam dezesseis buzios,
Dezesseis Obi, dezesseis Orogbo,
E o Odu teterminou que a placenta
De Yemoja não deveria ser enterrada
(Como era o costume) e sim
Colocada dentro do Ebó.
Orunmilá preparou o Ebó
Com muito cuidado e então
Chamou a Ogun.
Ele pediu que Ogun colocasse
O Ebó no leito do rio,
Na parte mais profunda.
Metade dos buzios foram retirados
Do Ebó e colocados dentro da
Cabaça branca de Yemoja junto com agbo e ewe Yanrin (folhas sagradas).
Osun deveria beber e ser banhada
Com este agbo, e a temperatura
Devia ser sempre fría.
Por isso se usa a expressão Agbo Tutu,
Omi Tutu para Osun, que é água fria.
Osun estava cada dia melhor
Mas Yemoja ainda estava muito
Preocupada com a filha, Ogun
Se propôs novamente a ajudar.
Ele foi para a floresta falar
Com Osanyin, o rei das folhas.
Osanyin disse que deviam por
Mais folhas de Yanrin com pimentas
Verdes dentro do pote de agbo.
As pessoas perguntaram a Ogun
Qual era o nome da filha de Yemoja
E ele disse que antes de tornar
Público o nome dela
Yemoja ainda deveria repetir
Muitas vezes o rito recomendado
Por Orunmilá e Osanyin
Pois o nome da criança só
Seria dito a publico quando
Ela estivesse com a saude plena.
Assim se fez, quando Yemoja
Trouxe a criança e todos
Viram que ela estava saudável
Ogun disse em voz alta o nome
"Ose-n'ibu-omi" (Oxe-nibú-omí)
Que significa "o Odu Ose esta nas profundezas das águas".
A abreviação de Ose-n'ibu-omi é Osun.
Até os dias de hoje nos festivais
De Yemoja é comum verem
Mulheres indo ao rio com
Cabaças e potes sobre a cabeça
Em honra a esta história.

Yemoja Odo é mãe de Osun.
Yemoja Odo é Orisa Funfun (se veste de branco).

Eepa Yemoja!
Yemoja Olodo! Odo Iya!
Omi o!



Retirado da Internet!
Quem souber o autor colocarei os devidos créditos!

Qualidades do Orixá Oxóssi

Qualidades do Orixá Oxóssi

Filho de Yemanjá e Oxalá é o deus da caça e vive nas florestas, onde moram os espíritos dos antepassados. Tem a virtude de dominar os espíritos da floresta.
Na África era a principal divindade de Ilobu, onde era conhecido pelo nome de Irinlé ou Inlé, um valente caçador de elefantes. Conduziu seu povo de Ilobu a guerra e os ensinou a arte de guerrear, permanecendo até hoje nesta cidade.
Ocupa um lugar de destaque nos Candomblés em Salvador, isto porque é o patrono de todos os terreiros tradicionais.
Oxóssi é o único Òrixá que entra na mata da morte, joga sobre si uns pós-sagrados, avermelhados, chamados Arolé, que passou a ser um de seus dotes. Este pó o torna imune à morte e aos Eguns.
Sendo ele um rei, carrega o iruquere (espanta moscas) que só era usado pelos reis africanos, pendurado no saiote.
QUALIDADES

ÍBUÀLÁMÒ – É velho e caçador. Nasce nas águas mais profundas do rio Irinlé. Sua vestimenta é branco com bandas, saiote  e capacete de palha da costa.  Tem ligação com Omolú e Oxun. Seu assentamento se difere de todos.

ÍNLÈ – É novo  e caçador, tem seu culto as margens do rio Irinlé, conhecido com caçador de Elefantes, o marfin é a sua conta, tem ligação com Oxuns, Oxaguiã e Yemanjá.

DANA DANA – Tem fundamento com Exu e  Ossain.  É ele o Òrixá que entra na mata da morte e sai sem temer Egun e a própria morte. Veste azul claro, muito impetuoso e foge à toa.

AKUERAN – Tem fundamento com Ogun e Ossain. Muitas de suas comidas são oferecidas cruas. Ele é o dono da fartura. Ele mora nas profundezas das matas. Veste-se de azul claro e tiras vermelhas. Suas contas são verde claro.

OTIN – Guerreiro e muito agressivo, vive intocado na mata, ligado a Ogun. Usa azul claro, leva capangas, roupas de couro de leopardo.

KÒIFÉ – Não se faz no Brasil e na África, pois, muitos de seus fundamentos estão extintos. Seus eleitos ficam um ano recolhidos, tomando todos os dias o banho das folhas. Veste vermelho, leva na mão uma espada e uma lança. Come com Ossain e vive muito escondido dentro das matas, sozinho. Suas contas são azuis claras, usa capangas e braceletes. Usa um capacete que lhe cobre todo o rosto. Assenta-se Koifé e faz-se Ybo, Ynlé ou Oxum Karé; trinta dias após, faz-se toda a matança.

KÀRÉ –  é ligado as águas e a Oxum e Logun Edé  e com eles exercem as mesmas forças e funções.. Usa azul e um Banté dourado. Gosta de pentear-se, de perfume e de acarajé. Bom caçador mora sempre perto das fontes.

ÍNSÈÈWÉ ou Oni Sèwè – É o senhor da floresta, ligado as folhas e a Ossain, com quem vive nas matas. Veste azul claro, e banda de palha da costa,  usa capacete quase tapando o seu rosto.

ÍNKÚLÈ ou Oni Kulé- Odé das montanhas, de culto no platô das serras, muito ligado a Oxaguiã e Jagun, veste verde claro, turquesa.

ÌNFAMÍ ou Infaín Odé funfun, ligado a Oxaguiã e Oxalufã, só usa branco e come abadô

AJÉNÌPAPÒ- Odé ligado as Iyamis Osorongá, aquele que pode se aproximar e também a Oyá, o dono do Irukere.

Odé Orélúéré- Ligado aos Igbôs, odé de culto antigo.

Poderemos encontrar ainda: Odé Etetú; Odé Edjá, Odé Isanbò, Odé Ominòn, Odé Oberun’Já.

OTOKÁN SÓSÓ – Embora muitas vezes seja citado como uma qualidade, não é qualidade, é um oríkì que significa o caçador que só tem uma flecha . Ele não precisa de mais nenhuma flecha porque jamais erra o alvo.
Título que Oxóssi recebeu ao matar o pássaro de Ìyámi Eléye. Não fazendo parte do rol dos caçadores que possuíam várias flechas, Oxóssi era aquele que só tinha uma flecha.
Os demais erraram o alvo tantas vezes quantas flechas possuíam, mas, Oxóssi com apenas uma flecha foi o único que acertou o pássaro de Ìyámi, ferindo-o com um tiro certeiro no peito.
Por essa razão é que ele não recebe mel, pois o mel é um dos elementos fabricado pelas abelhas, que são tidas como animais pertencentes a Oxum, mas, também às Ìyámi Eléye.
Então, é èèwò (proibição) para Oxóssi. Por essa razão também, é que se dá para Oxóssi o peito inteiro das aves, como reminiscência desse ìtàn.


Texto retirado da Internet.
Desconheço a fonte.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

São consideradas religiões afro-brasileiras, todas as religiões trazidas para o Brasil pelos negros africanos, na condição de escravos. Ou religiões que absorveram ou adotaram costumes e rituais africanos.

domingo, 15 de janeiro de 2017

Tambor de Mina

Tambor de Mina é a denominação mais difundida das religiões Afro-brasileiras no MaranhãoPiauí, Pará e na Amazônia. A palavra tambor deriva da importância do instrumento nos rituais de culto. Mina deriva de negro-mina, de São Jorge da Mina, denominação dada aos escravos procedentes da “costa situada a leste do Castelo de São Jorge da Mina” (Verger, 1987: 12) , no atual República do Gana, trazidos da região das hoje Repúblicas do TogoBenin e da Nigéria, que eram conhecidos principalmente como negros mina-jejes e mina-nagôs.
Maranhão foi importante núcleo atração de mão de obra africana, sobretudo durante o último século do tráfico de escravos para o Brasil (1750-1850), e que se concentrou na Capital, no Vale do Itapecuru e na Baixada Maranhense, regiões onde havia grandes plantações de algodão e cana-de-açúcar, que contribuíram para tornar São Luís e Alcântara cidades famosas entre outros aspectos, pela grandiosidade dos sobradões coloniais, construídos com mão de obra escrava e pela harmonia, beleza e coreografia das músicas de origem africana.
Como as demais religiões de origem africana no Brasil (CandombléUmbandaXangôXambáBatuqueToréJarê e outras), o tambor de mina se caracteriza por ser religião iniciática e de transe ou possessão. No tambor de mina mais tradicional a iniciação é demorada, não havendo cerimônias públicas de saída, sendo realizada com grande discrição no recinto dos terreiros e poucas pessoas recebem os graus mais elevados ou a iniciação completa.
A discrição no transe e no comportamento em geral é uma características marcante do tambor de mina, considerado por muitos como uma maçonaria de negros, pois apresenta características de sociedades secretas. Nos recintos mais sagrados do culto (peji em nagô, ou côme em jeje), penetram apenas os iniciados mais graduados.
O transe no tambor de mina é muito discreto e às vezes percebível apenas por pequenos detalhes da vestimenta. Em muitas casas, no início do transe, a entidade dá muitas voltas ao redor de si mesmo, no sentido contrário ao dos ponteiros do relógio, talvez para firmar o transe, numa dança de bonito efeito visual. Normalmente a pessoa quando entra em transe recebe um símbolo, como uma toalha branca amarrada na cintura ou um lenço, denominado pana, enrolado na mão ou no braço.
Na Mina, cerca de noventa por cento dos participantes do culto são do sexo feminino e por isso, alguns falam num matriarcado nesta religião. Os homens desempenham principalmente a função de tocadores de tambores, isto é, abatás, daí a definição abatazeiros, também se encarregam de certas atividades do culto, como matança de animais de 4 patas e do transporte de certas obrigações para o local em que devem ser depositados. Algumas casas são dirigidas por homens e possuem maior presença de homens, que podem ser encontrados inclusive na roda de dançantes.
Existem dois modelos principais de tambor de mina no Maranhão: mina jeje e mina nagô. O primeiro parece ser o mais antigo e se estabeleceu em torno da Casa grande das Minas Jeje (Querebentan de Zomadônu), o terreiro mais antigo, que deve ter sido fundado em São Luís na década de 1840. O outro, que lhe é quase contemporâneo e que também se continua até hoje é o da Casa de Nagô, localizada no mesmo bairro (São Pantaleão) a uma quadra de distância.
Casa das Minas é única, não possui casas que lhe sejam filiadas, daí porque nenhuma outra siga completamente seu estilo. Nesta casa os cânticos são em língua jeje (Ewê-Fon) e só se recebem divindades denominadas de voduns, mas apesar dela não ter casas filiadas, o modelo do culto do Tambor de Mina é grandemente influenciado pela Casa das Minas.
Nos terreiros de Tambor de Mina é comum a realização de festas e folguedos da cultura popular maranhense que às vezes são solicitadas por entidades espirituais que gostam delas, como a do Festa do Divino Espírito Santo, o Bumba-meu-boi, o Tambor de Crioula e outras. É comum também outros grupos que organizam tais atividades irem dançar nos terreiros de mina para homenagear o dono da casa, as vodunsis e para pedir proteção às entidades espirituais para suas brincadeiras. Sérgio Ferretti: "No Tambor de mina do Maranhão pouco se fala em OxumOiá e Obá, conhecidas nos terreiros influenciados pelo candomblé. Os orixás e voduns se agrupam em famílias ou panteões."

Casas de Culto em São Luís
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Tambor_de_Mina