sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

Pèrègún

Pèrègún – A folha Ancestral

Posted by Fernando D'Osogiyan
PÈRÈGÚN-  Nativo Orossi, Pau D’Água, Dracena ou Dracaena fragrans.



Uma das folhas mais antigas é o “Pèrègún”, que é utilizada na grande maioria dos rituais aos Òrìsás. Diz o mito: Pèrègún presenciou o crescimento da humanidade. Sempre há de nos trazer a sorte. Pèrègún segura nossa sorte, segura a sua presa no dia de caça e assim, alimenta os seus filhos.

Pèrègún nos protege de nossos opositores e faz com que nos harmonizemos com os nossos semelhantes.

Pèrègún fez pacto com “Aje” para a sua vinda à Àiyé ( Terra ou o mundo físico, paralelo ao orun ) Ifá dissera, quando Pèrègún o procurava pela sorte, se você quiser ter sorte, deverá ajudar a humanidade, fazendo um pacto com “Aje”, para poder sempre ter e poder emanar sorte, para quem lhe procurar por sua ajuda. Foi então, que Pèrègún tinha feito pacto com “Aje” antes de vir ao mundo, mas não tinha quem o pudesse levar para Àiyé. Novamente foi a Ifá, e este dissera: Pèrègún se você quiser realizar o seu trabalho em Àiyé procure por “Ògún”, pois ele sempre está indo para Àiyé. Pèrègún procurou por “Ògún”, mas ele só levaria Pèrègún, se ele dividisse a sua sorte com ele. Foi então que Pèrègún tinha aceitado, e por essa razão “Ògún” lhe dissera: “Vou dizer a toda humanidade, que Pèrègún emana a sorte, e quem com ele ficar será agraciado com a mesma”. Desde e Pèrègún então foi conhecido, e muito procurado por todos em Àiyé.

Orin – Èwé

“Pèrègún a lá we titun

Pèrègún a lá we titun o

Gbogbo Pèrègún a lá we lessé

Èwé Perègún a lá we titum”.

 “PÈRÈGÚN NÍ Í PE IRÚNMOLÈ L’ÁT’ÒDE ÒRUN W’ÁYÉ”

“É Pèrègún que chama os espíritos do além para a terra”

“PÈRÈGÚN WÁ LO RÈÉ PE AJÉ TÈMI WÁ L’ÁT’ÒDE ÒRUN”

“Pèrègún, agora vá e chame minhas riquezas do além”

Pèrègún, cujo nome é a contração do verbo “PÈ”, que significa chamar, com a palavra “EGÚN”, que significa espírito, ancestral, etc. Percebe-se então que esta folha tem a finalidade de “chamar (invocar) espíritos”, e que a própria pronúncia de seu nome já funciona como um ofò!. A sabedoria daqueles nossos ancestrais yorubanos que a elaboraram fez esse trocadilho: se Pèrègún pode chamar espíritos, pode chamar a riqueza!

O Pèrègún é a folha que encaminha e protege  o Iyawo , a folha nasce com o Orixá, participa da queima de efun e o acompanha até o dia do nome.

A n’sé irúnmolè a ewé àjè bi imolè (Das folhas do peregun nasceu uma mulher encantada que dá a essa folha, todo o poder da natureza)

A ewé kí a jé (Nós saudamos suas folhas)

A wá ku rò yá wá lorí òkun (Ela leva os espíritos da escuridão para outro lugar além do mar)

Pèrègún lá to ni o (O Peregun tem um grande poder)

O Pèrègún é a folha principal do Àgbô de Ogun muito usada em ebós de descarrego, banhos, sacudimentos e limpeza nas Casas de candomblé.

Além de Ògún, o Pèrègún tem forte ligação com Òsún devido a sua ligação com ás águas, inclusive em Osogbô o Pérégún é plantado em torno do ojubó de Òsún. É uma folha gún ( de excitação) masculina ligada a terra. Serve  para chamar a sorte “áwúre rí Ire” ou agradar as Iyamis “Iyónú Iyamí”.

Existe também o Pèrègún listrado, folha usada no àgbô de Oyá e Oxumare.

Peregun Listrado- Dracena, DRacaena Braunni, Páu D’água.

Resultado de imagem para fotos do peregun

Pesquisa/texto: Tradições do candomblé/Blogspot.

Acervo cultural: Ilé Àse Òsòlùfón-Íwìn

Akòko

Akòko- A folha do Reconhecimento

É uma folha associada a realeza daí ser chamada de "a folha dos reis".

Muito utilizada em ebós para obter um título honorífico ou para que ouçam nossas opiniões.

“Ewé njé Oògún njé Oògún tikò jé Ewé re í kò pé” “As folhas funcionam. Os remédios funcionam. Remédio que não funciona é que tem folha faltando"”.

O Akòko é uma das folhas preferidas, sendo que costuma ser associada sempre a prosperidade, tanto de dinheiro (owo) como de filhos (omo). Essa árvore não é uma espécie nativa do Brasil, sendo introduzida aqui pelos africanos, onde se adaptou perfeitamente.

Entre os iorubas, é considerada um sinal de prosperidade, pois seus troncos eram muito empregados nas feiras, locais onde o comércio era intenso. Era comum que, após serem utilizadas como estacas seus troncos brotassem, gerando novas árvores. Dentro das casas de Candomblé Ketu costuma estar associada principalmente a Ogun e Ossayin, embora na verdade costume ser empregada para todos os orixás.

Já no culto Egúngun, o akòko desempenha um papel fundamental na união dos seres do Ayé (mundo dos vivos) e Orun (mundo dos espíritos). Seu tronco, que geralmente não é muito ramificado, lembra um grande opó ixé, que ligaria o Céu a Terra. Nesse caso, sua principal relação se dá com a iyagbá Oyá, Senhora dos Ventos e dos eguns, que recebe o título de Alakòko, Senhora do Akòko. Constatamos assim dois aspectos importantes dessa árvore: sua ligação com a ancestralidade e com o elemento ar.

Entre os Jeje, recebe o nome de Ahoho (pelos Mahí) e Hunmatin (pelos Mina). O ahoho é um huntingomé/jassú (árvore sagrada) consagrado ao vodún Gun (Togbo) que costuma tê-la como seu principal atín sa. Segundo a tradição Mahí os galhos do Ahoho devem ser levados junto ao corpo, em viagens longas, ou que ofereçam algum tipo de risco. Durante a execução de obrigações difíceis também. Essa medida teria como finalidade atrair a proteção de Togbô, que é um guerreiro terrível e que sempre luta pelos seus filhos.

Dizem os antigos que esse ewé está ligado ao final do ciclo da iniciação, quando uma nova etapa na vida do iniciado começará. Por isso é uma folha muito empregada durante cerimônias de festejo dos sete anos (Odu Ige) de iniciado, principalmente quando ocorre entrega de oye (cargo). Segundo alguns, nenhum rei é considerado rei se não tiver levado no seu ori a folha do akòko.

Quem quiser plantar o akóko não precisa de muito espaço, pois o seu tronco não é muito grosso, porém o seu porte é majestoso, fica bem alta. Suas flores também são bem bonitas, lembram bastante a de um ipê rosa, pois pertence a mesma família botânica (Bignoniaceae). Só cuidado, pois eu já vi gente vendendo akosí (Polyscias guilfoylei) como se fosse akòko. Salve o novo Rei! Árvore forte e imponente, esse é o akoko. Vamos cantar para ele:

Ewé ófé gbogbo akoko
Ewé ofé gbogbo akoko
Awá li li awá oro
Ewé ofé gbogbo akoko

Akoko,é a folha de todas as pessoas inteligentes
Akoko é a folhas de todas as pessoas inteligentes
Nós temos , nós somos, riquezas e saúde
Akoko é a folha de todas as pessoas inteligentes

“Ewé njé Oògún njé Oògún tikò jé Ewé re í kò pé”
“As folhas funcionam. Os remédios funcionam. Remédio que não funciona é que tem folha faltando"”.

(Créditos texto a GUNFAREMIM)

quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

O principal igba

Queimar Igba/Ota. Como é isso?

Não raro são as vezes que escutamos adeptos da religião dizer que “queimaram meu Igba” ou “sai da casa e meu pai de santo fez maldade com ota do meu Igba” “Sou de Osala meu pai ferveu meu Ota no dendê” Sou de Osossi meu pai colocou meu Otá no mel” entre outros atos que vou me dar ao luxo de nomea-los como cômicos.

Quando nos iniciamos no culto, nosso zelador (a) é responsável por colocar aquela pequena partícula do nosso Orisa em nosso Ory, logo, seria controverso ele mesmo “queimar” essa força.

Vamos deixar claro que uma das principais funções de um Igba é “alimentar” o Orisa, ou seja, é onde nosso santo comunga conosco. Deve-se sempre zelar por aquilo, mas, nosso Orisa esta no Ory, e não em uma pedra (Otá) ou na louça.

Outro ponto é que, se o zelador “quizilar o orisa” do seu Igba, quem vai estar irritando ou afrontando o Orisa é ele, e não você, Orisá não é burro nem cego! Vamos usar o exemplo de Osala, se o pai ou mãe de santo pegar o otá de seu Igba de Osala e ferver no dendê, a quizila é dele não do filho, quem colocou lá foi ele e não o filho, já ouvi alguns ridículos dizerem que dizem pro Orisa que quem mandou colocar foi o filho, ai me pergunto: Orisá é louco?

No mesmo instante me respondo: Não, louco é quem acha que Orisa é bobo.

Orisa conhece nosso interior, o que sai da nossa boca, foi antes pensado! Logo, ele saberá exatamente a intenção de cada um de nós.

Meu objetivo, é sempre tentar mudar essa imagem do “sagrado maluco” que alguns zeladores tentam passar para amedrontar os filhos, e mais uma vez eu digo, “EU NÃO CULTUARIA UM DEUS LOUCO”.

Uma frase de Babá Orlando J. Santos faz muito sentido, “Se Deus não ouve minhas preces, agarro na mão do Diabo e vou embora”, e é exatamente isso, se meu Orisa me castiga por algo que um terceiro fez, desculpem, não cultuaria esse deus.

Fiquem tranquilos quanto a isso, seu Orisá é divino, vai além de nossa interpretação.

Lembrem-se seu corpo é seu principal Igba.

Igba Ase.

Amor a Oxossi

Okê Arô, o Grande Caçador
🏹
Pai Oxalá, diante de teu manto te rogamos paz. Ogum, meu General, diante de ti rogamos a tua força... A todas Iabás rogamos misericórdia de mãe!! 🏹❤Mas e a Oxóssi? Ao Rei de Ketu, ao Rei das Matas, ao Dono dos Mistérios revelados nas florestas, antes de tudo agradecemos pela mesa farta, pelos momentos prazerosos ente amigos; a ti Grande Caçador, rogamos pela dignidade, pela astúcia, pela proteção e pela cura. A ti Grande Senhor dos Senhores, rogamos pela tua braveza, coragem e sabedoria... Okê Arô, Arolê meu maior Caçador, obrigado meu pai, por tantas bençãos e por ter nos carregado em teu arco nas nossas necessidades, por sermos tua flecha na hora que precisávamos ir a frente. Pai Oxóssi, guerreiro de Aruanda, nos dá a juventude que só teus filhos pode ter, para gozarmos das bênçãos de 2017, para que sejamos dignos de ainda mais fartura em nossa mesa, que sejamos caça de tua benção e que possamos caçar ainda mais prosperidade!

 Okê Arô, Arolê meu Caçador,
A ti todo nosso amor,
Por nós, na sua mata,
Seu brado ecoou!

❤🎶🎉👏🏼🏹🏹❤🏹🏹👏🏼🎉🎶❤

quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

O coração onde mora a felicidade

Aos Amigos(as), Irmãos(as) de Fé e Simpatizantes....

Eu fui consultar um Babalawo, em busca da felicidade. Ele me disse para ir até a encruzilhada, que lá eu encontraria o Senhor da Alegria. Fiz minha oferenda, coloquei minha roupa branca e comecei minha jornada. Conheci Exú lá na encruza, rodando com suas cabaças a balançar, e dando uma boa gargalhada. Perguntei se ele sabia onde morava a felicidade. Exú, então, me mandou seguir a estrada, que lá eu encontraria o Senhor dos Caminhos, que poderia me ajudar.
Fui seguindo a estrada, na beira da mata. Do meio da mata, com sua espada e escudo, apareceu Ogum. Ele me disse que eu iria encontrar o que eu estava procurando se eu seguisse pela mata fechada e procurasse por Oxóssi.
Entrei na mata, e já estava quase desistindo de achar Oxóssi, de tanto que já havia andado. E então, apareceu um Faisão na minha frente. Era, sem dúvidas, o mais belo animal que eu já havia visto. O belo animal, então, se transformou em um grande e forte negro. Era Oxóssi. Ele me mandou ir até mais fundo da floresta, procurar por Ossayn.
Achei Ossayn, que me mandou ir procurar Obaluaye e Oyá no cemitério. Obaluaye e Oyá me mandaram ir para as montanhas, procurar por Xangô. Chegando às montanhas, fui guiado pelo rei de Oyó até os rios, onde, segundo ele, eu encontraria outros 5 Orixás que podiam me ajudar.
Chegando às águas doces, encontrei Obá no rio, Oxum na cachoeira, Logun-Edé na beira da lagoa, Oxumarê no céu, e encontrei Yewá no Sol. Eles me mandaram ir procurar pela maior e mais velha árvore na floresta. Lá fui eu novamente, entrar na floresta, dessa vez à procura de Iroko. Me deparei, então, com a árvore mais frondosa de todas. Iroko me mandou ir para a praia, procurar por Iemanjá. Ele me disse que, por mais cansado que eu estivesse, minha jornada estava acabando.
Caminhei e caminhei, até chegar na beira do mar. Junto com as ondas graciosas e bravas do mar, veio Iemanjá. A bela moça me mandou ir até o pântano e procurar pela anciã que vestia roxo. Fui até o pântano, onde Nanã veio me acolher. Ela me disse para ir até o reino de Ifé, que ficava depois dos campos brancos de Oxaguiã.
Saí do pântano, e estava passando pelos campos de Oxaguiã, quando ele surgiu em minha frente. Sua altivez e bravura me assustou, mas ele disse-me que não havia nada a temer, e que ele me guiaria até o que eu estava procurando.
Junto com Oxaguiã, fui indo até o reino de Ifé. Chegando ao portão daquele grande reino, Oxaguiã me mandou ir até os jardins mais belos do reino, que eu seria guiado por Ibeji até o castelo de Oxalufã. Fui andando pelas ruas do reino, e o que vi me deixou encantado. Pessoas vivendo com prosperidade, amor, saúde, harmonia e muita felicidade.
Chegando nos jardins do reino, dois meninos vieram me recepcionar. Antes que eu pudesse desviar, um pedaço de bolo me atingiu bem no rosto. Depois de me limpar, os meninos me conduziram até o castelo de Oxalá.
O velho senhor estava sentado em uma cadeira branca, rodeado por todos os Orixás pelos quais eu havia passado.
Eu fiquei tão irritado com eles que comecei a gritar:
- Se você já estão aqui, por que não me trouxeram direto para cá? Por que me fizeram andar tanto, me cansar tanto se podiam me trazer aqui tão rápido?
Exú, de prontidão, me respondeu:
- Ora, e quem disse que sua vida seria fácil? Você acha que, só por sermos Orixás, podemos dar tudo de bandeja para ti? - Exú soltou uma gargalhada.
- Não fale assim com ele, Bará. - Disse a bela Oxum - Ele é apenas um Ser Humano. Eles todos tem mania de querer que as coisas caiam do céu. Pobres homens. Sempre querendo ser mimados por nós, que temos condições de ajudá-los.
Com a ajuda de seu Opaxoro, Oxalufã se levantou e me disse:
- Você, meu filho, andou por todo o tipo de lugar. Enfrentou o Sol com Yewá, a mata com Odé, os mortos com Obaluaye e Oyá, as altas montanhas com Xangô e a chuva com Nanã. E tudo isso em busca da felicidade. Parabéns! Vou lhe mostrar a felicidade que tanto almeja. Aproxime-se, por favor.
Me aproximei daquele velho e franzino senhor, vestido todo de branco. Assim que me aproximei o suficiente, Oxalufã ergueu seu cajado e disse:
- A felicidade que você tanto quer esteve contigo o tempo todo, meu filho. - Oxalá apontou seu Opaxoro para o lado esquerdo de meu peito e disse: - Aqui. Sempre contigo meu filho...
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segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

Osun Kare

Osun Kare

Kare é filha de Yemanjá com Odé Ibualamo, porém antes de se casar com Yemanjá, Ybualamo viveu com Oxum Yponda e deste casamento nasceu Logum Ede, porém existem também outras itans que contam que tanto Oxum Karê como Odé Karê seriam filhos somente de Yemanjá, nascidos de uma jogada errada de um obi.

Iyemanjá passeava pelas matas quando avistou de longe o pequeno Logun Edé . Ela ficou por horas admirando a beleza do pequenino. Foi até Orumilá, dizendo que queria ter um filho que fosse tão belo quanto ele. O sábio lhe disse que a criança era mágica e encantada, pois era fruto da união e do amor de seus pais. Da mesma forma Iyemonjá estava enlouquecida querendo ter um filho com tal encanto. Orumilá lhe disse que ela deveria pegar um obi, passá-lo no ventre e logo após jogar nas águas. E assim a rainha do mar foi até as águas mais belas e límpidas, passou o obi em seu ventre, mais na hora de jogar na cachoeira, ela atirou errado e o obi caiu em cima de uma pedra, que o dividiu ao meio, ainda metade nas águas e a outra metade no mato. E passando – se 9 meses, Iyemanjá deu a luz a um casal de gêmeos, e deu- lhes o nome de Oxum Karê e Odé Karê, e ambos eram tão belos e encantados como Logun Edé. As crianças cresceram travessas, Oxum se vestia como Odé , e Odé como Oxum, e por isso ninguém nunca sabia quem era quem. Aprenderam a arte da caça, por isso ambos levam o ofá ( arco e flecha ). Em sua aldeia, quando estava na temporada de caça, Oxum Karê ao invés de ficar lá com as mulheres preparando a colheita e a lenha, ela ia para as longas caçadas com seu irmão e com os demais caçadores de sua aldeia. Odé ao invés de caçar apenas nas matas com os outros, passou a se embrenhar pelos rios e cachoeiras se tornando junto dela um ótimo pescador… Assim o desejo de yemonjá se realizou, pois Orumilá lhe deu dois encantos caçadores das águas! Até hoje muitos acreditam que certa vez houve uma grande seca, acabando com os rios e animais, e por tamanha tristeza os Karê’s tornaram-se um só, juntando assim o obi novamente… Por isso os filhos de Karê são doces como Oxum e destemidos como Oxossi, por que são orixás individuais, mais quando necessário tornam – se uma só força, uma só magia, um só encanto!

domingo, 25 de dezembro de 2016

Itan Eruexim

Oyá aprendeu com Omolu os segredos da morte e, muito curiosa, foi até o Reino dos Eguns para saber mais. Porém, chegando lá, os eguns começaram a atacá-la! Oyá não sabia como lutar com as almas! Oxóssi, que viu aquilo, lembrou-se de certa vez, quando estava caçando na mata e viu um Egun correndo de um cavalo, mas percebeu que ele não estava com medo do cavalo e sim, de seu rabo! Para ajudar Oyá, correu até a mata, caçou um cavalo, cortou seu rabo, amarrou em várias cordas, colocou dentro do bambu de Oyá e formou a ferramenta ERUEXIM.
Entregou a Oyá, que bateu com ele pra cá e pra lá, formando uma imensa tempestade, afugentando todos os eguns! Oyá, passou a ser a Rainha dos Eguns! Oyá agradeceu Oxóssi pelo presente e hoje os eguns fogem quando veem Oyá, com seu Eruexim, arrebatando os maus espíritos e chamando os ventos!
Tradições Do Candomblé - gente que ama orixá.

Gbùgbùrù

"


 Gbùgbùrù - Pipoca

As flores de Obaluae, como são chamadas as pipocas representam a saúde, sempre que ofertada ela tem a intenção de fornecer saúde. Ela faz menção as feridas de Obaluae que estouraram.

O milho-alho, usado no preparo da pipoca, foi encontrado já no continente americano pelo colonizador, e nossos ancestrais, os índios, chamavam a esse grão que estourava na brasa dando assim origem a um gostoso alimento de pi'poka - "que abrasa a pele ".

O africano, vendo-se aqui aleijado da estrutura de sua terra para cultuar seus deuses, logo percebeu nesse alimento a essência da Terra que conta a história de uma de suas divindades; a verdadeira flor que desabrocha no fogo e que nutre e sacia a fome de todos aqueles que não têm o que comer... em suma... a essência de Omolu (Obaluae )

É utilizada nos ebós e como comida simbólica para Obaluae, pode também ser oferecida ao ori para que se obtenha saúde..

A transformação do milho duro em pipoca macia é símbolo da grande transformação por que devem passar os homens para que eles venham a ser o que devem ser. O milho de pipoca não é o que deve ser. Ele deve ser aquilo que acontece depois do estouro. O milho de pipoca somos nós: duros, quebra-dentes, impróprios para comer que precisam ser transformados.

Texto retirado da Internet

Moforibale

Moforibale,
o ato de colocar a cabeça no chão.
Foribalẹ é um ato de saudação e veneração, dada diretamente para um Òrìṣà ou a um Baba ou Ìyálòrìṣà. Esta saudação pode ser feita por qualquer pessoa iniciada e consagrada até um simples simpatizantes de nossa religião. A palavra Foribalẹ está averbada nos Dicionários Yorubá – Português como um verbo transitivo que significa venerar, adorar. Literalmente o referido termo significa “colocar a cabeça no chão”. Esse ritual também é conhecido pelo nome de Fori(ọ)kànbalẹ, que literalmente significa “colocar a cabeça e o coração no chão”.Isto refere-se ao ato de prostrar-se diante das divindades, de pessoas que de certa forma participaram de seus ritos iniciáticos e do próprio sagrado.
Também pode se realizar o ato do Foribalẹ a qualquer ancião, denotando respeito a sua antiguidade e aos seus “anos de santo”. Durante esta saudação o Baba ou a Ìyá tocará o solo e a cabeça daquele que prostra-se diante dele, autorizando dessa forma que se levante e em seguida lhe dará a sua bênção dos Òrìṣà para a pessoa abençoando-os.
Existem duas maneira de se realizar o Foribalẹ. Um denominado de Dọbalẹ destinado as ìyáwò que foram inciadas aos Òrìṣà cuja a essência é masculina e Yíka para os de essência feminina. Esse último ainda se divide em dois grupos; o grupo de Òṣun, Yemọja e Nãnã e o grupo de Yewa, Oba e Oya. Enquanto as divindades masculinas procedem sempre da mesma maneira.
Em algumas linhagens, aquele que pertence a Òrìṣànlá, somente realiza o Foribalẹ para com aquele que lhe inciou e o consagrou dentro dos mistérios do culto. Para os demais que lhe deve seu respeito, apenas se ajoelha a sua frente e com a cabeça virada para baixo, tocará o solo e a sua própria cabeça por três vezes e pedirá a benção. Esse ato é denominado de Kúnlẹ-dojúde, literalmente “ajoelhar-se com os olhos em direção ao solo”.
Importante ressaltar que na maioria dos Terreiros Tradicionais de Salvador no Estado da Bahia, os Òrìṣà não realizam o referido ato, somente “atira-se ao chão” sem colocar a cabeça, independente do Grau Sacerdotal ou status da pessoa a qual se saúda. Desta forma, somente “deita no chão” saudando o Òrìṣà Tutelar da cabeça dessa pessoa e não o Ser Humano propriamente dito. Se a pessoa estiver sentada, se levantará e receberá um abraço do Òrìṣà.
Sempre que há uma cerimônia, antes de principiar os ritos, todos devem prestar seu Foribalẹ ao sagrado, ou seja, ao santuário das dividades, denominados de Pèpéle. Em seguida presta-se reverencia ao Baba ou Ìyá e a seguir saúdam-se todo o corpo sacerdotal presente na ordem de antiguidade dentro do Terreiro. Esse mesmo procedimento se realiza quando chegamos a Casa de Candomblé.
Muito tem se perdido na atualidade o Rito do Foribalẹ. Na maior partes da vezes os membros de um Terreiro, chegam, não se purificam com banhos de ervas antes de se trocarem, descartam as saudações as Divindades Primordiais da Casa, “male mal” saúdam o Corpo Sacerdotal, assim como seus irmãos e irmãs da comunidade.

Texto retirado da Internet

Natal e candomble

Queridos irmãos não é apenas em datas como Natal, que o amor fraterno deve se manifestar, ele deve estar sempre presente pois nos traz felicidades e nos mostra um caminho em busca de um mundo melhor, e essa é sempre a data ideal, para renovar os nossos melhores sentimentos e virtudes dentro do coração, vocês são  muito especial , lhes desejo muitas coisas boas e que possam sempre estar presente em minha vida, assim como eu quero aplaudir suas conquistas e vitórias pela vida. Natal é presença, Natal é atitude, Natal é transformação momento de agradecer por estarmos aqui e evoluindo e procurando melhorar em atos e atitudes. Vamos agradecer por tudo, demonstrando através dos votos de natal, o respeito e a solidariedade que devemos ter pelos nossos semelhantes e esse laço que nos une se torna ainda mais forte. A vocês irmãos a minha vibração positiva e o meu desejo que o  Natal de vocês  seja o melhor de todos, com saúde e comemorações felizes. A vocês um abraço  carinho e fraterno do seu irmão que não se esquece jamais de você. Feliz Natal

quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Oxóssi, o Filho da Feiticeira

Oxóssi, o Filho da Feiticeira
Das duzentas e uma Iyami
Haviam três especiais
Era tres irmãs 
Eram tres Iyami
Mepere, Bokolo e Bangbá.
As tres fizeram um Juramento
Elas juraram nunca engravidar
Mas Bangbá não cumpriu essa promessa.
Bangbá deu a luz a filhos
E um destes era especial
Ele era Osotokansoso
O arqueiro de uma so flecha.
Bangbá era a Iyami da árvore jaqueira
Ela é Iyami Apaoká.
Um dia o Ooní de Ife Oduduwa
Fez uma grande festa para celebrar
A colheita de inhames novos
E convidou a todos de todos os reinos
Para com ele celebrar.
Todos menos as Iyami.
Ele não deu oferendas as Iyami.
Ele excluiu as Iyami
E nem sequer se lembrou delas.
As duzentas e uma Iyami se revoltaram!
Elas eram Eleye, senhora dos pássaros
E então um passaro elas enviaram
Para que ele destruísse o palácio de Oduduwá.
Elas então orderaram:
PÁSSARO ORÚRO DESTRUA IFÉ!
E o pássaro Oruro pousou no telhado do palácio de Ilê Ifé.
Oduduwa ficou desesperado!
Monstruoso e gigantesco era o pássaro Oruro!
Oduduwa convocou todos as arqueiros
E prometeu que aquele que derrubasse
O passaro se casaria com sua filha
E seria o próximo rei de Ifé.
Os melhores Ode tentaram
Mas nenhum pode derrubar
O pássaro Oruro.
Mas o pássaro era das Iyami
E então Apaoka mandou
Seu filho Osotokansoso
Ele tinha o poder de Iyami
E por isso ele podia derrubar o pássaro.
Apaoká fez uma oferenda
Para dar satisfação a
Todas as demais Iyami
E elas todas foram a favor dele.
Com uma so flecha
Osotokansoso matou o pássaro Oruro
E todo gritou: OSO OSI! (OXÓSSI)
Osoosi significa "Oso é popular".
Assim como Oduduwa, Oxóssi foi rei de Ifé.
Assim como Esu, Oxóssi foi rei de Ketu.
Oxóssi é o filho de Iyami.
As vezes quando uma pessoa pergunta a um sacerdote o nome da mãe de Oxóssi o sacerdote diz que é Yemoja para que assim não tenha que pronunciar o nome terrível de Iyami Osoronga.
Mas Oxóssi é sim filho de Iyami Bangbá iggi Apaoká.
Oke Aro! Ode koke Maó!

Um pouco de história sobre o Candomblé

O candomblé é uma religião que teve como princípio a necessidade de passar seus fundamentos através da fala, não havendo nada escrito que pudesse esclarecer com riqueza os belíssimos atos ou cerimônias existentes. O fundamento era adquirido somente com a convivência da vida cotidiana de uma roça de candomblé. Como nossa memória é dotada de falha, entendemos que parte destes fundamentos possa ter se perdido com o passar dos tempos.
Homens e mulheres que trouxeram consigo suas tradições religiosas milenares. Negros de diferentes etnias e crenças foram colocados juntos na mesma senzala, passando a conviver em situações muitas vezes precárias, tendo que abandonar antigas rixas coletivas ou individuais, por força das circunstâncias. Senhores de escravos, apostando na manutenção das antigas diferenças como fator de desagregação (até porque muitas vezes diziam respeito a questões de guerras tribais), permitiam que os negros se reagrupassem de acordo com suas origens étnicas para cantar e dançar, em suas línguas nativas, acreditando assim desestimular quaisquer tipo de associações que possibilitassem fugas ou levantes.
Mas a desgraça comum acabou por unir os povos escravos através da solidariedade. Inimigos históricos deixaram de lado suas diferenças. Surgiram as primeiras trocas de informações comparando divindades e suas maneiras de culto, através de semelhanças e desigualdades. Para propiciar a continuidade de suas crenças, adaptações fizeram-se necessárias. Surgiram as primeiras alforrias, a princípio amparadas em Lei que garantia ao escravo a liberdade desde que conseguisse restituir ao senhor a quantia que havia lhe custado.
Mulheres escravas dos grupamentos urbanos tinham melhores condições para juntar o dinheiro necessário; faziam quitutes que eram vendidos ou prestavam serviços que eram remunerados. Por sua vez a Igreja, que havia fechado os olhos para a escravatura adotou um papel evangelizador em relação aos negros, que passaram a ter alma. Nasciam assim as primeiras irmandades de escravos (as), como por exemplo a Irmandade de Nossa Senhora da Boa Morte, existente até hoje. Essas confrarias arrecadavam fundos para alforriar negros.
Três princesas africanas, dentro desse processo e à sombra da Igreja, fundaram o 1º Candomblé do Brasil em Salvador (BA), há mais de quatrocentos anos atrás, conhecido com "Engenho Velho".
As cerimônias eram feitas ao ar livre, onde escravos cantavam e dançavam em louvor às suas divindades. Tais reuniões eram chamadas de kan-Dom-b-le, palavra kibundo (originou o termo candomblé), que significa festa ou reunião de negros.
Posteriormente descendentes desses primeiros escravos, já adaptados à nova terra, introduziram modificações nas várias maneiras de culto trazidas da África.
As trocas culturais foram sendo paulatinamente assimiladas por todos e mesmo mais tarde, quando puderam reorganizar-se em grandes grupos pela etnia de origem já não era possível separar adequadamente os rituais, preceitos e muitas palavras utilizadas dentro das cerimônias religiosas.
Grupos de cultura mais aparelhada ou simplesmente maior contigente humano passaram a exercer influência dominante. Chamamos essa divisão pelo termo "Nação". Assim temos, de influência notadamente Iorubá a Nação Ketu; de influência Ewe-Fon a Nação Gêge; de influência Banto, a Nação Angola etc.
Importante notar que mais atualmente observa-se a importação direta da África de formas de culto e valores religiosos, restabelecendo o contato com a religião tradicional dos Òrìsà.
Grupos dividiram-se em Nações, Nações dividiram-se novamente, originando as Famílias de Ase, verdadeiros Clãs religiosos. Como exemplo temos a Casa Branca , o Gantois, o Opo-Afonja, a Casa de Osumarè, pertencentes a Nação Ketu e sediados em Salvador(BA).
Famílias geraram descendentes (ramificações) que fundaram novas casas por todo território nacional, notadamente Rio de Janeiro e São Paulo. São Bábàlorisa e Iyálorisa filhos, netos, bisnetos e tataranetos das casas matrizes
Houve também grupos que radicaram-se em outras regiões do território nacional, como o Maranhão (Tambor de Mina) e o Rio Grande do Sul (Batuque).
Todo iniciado tem Pai ou Mãe espirituais; por sua vez, esse Pai ou essa Mãe também possui um iniciador (sacerdote ou zelador) ou iniciadora (idem) e assim, sucessivamente, até chegar-se à raiz da Família, isto é, à Casa Matriz: a raiz do Asè.
Ninguém se faz sozinho, ou muito menos "já nasce feito". Todos precisam transpor os portais da iniciação (feitura), levados pelas mãos de um iniciador ou iniciadora (pai ou mãe espirituais), para fazer parte integral da organização religiosa e social do Candomblé.
Cada Elegun (iniciado) deve conhecer suas raízes, para poder valorizá-las e também ser valorizado. Dar conhecimento da formação genealógica da Família espiritual é obrigação de todo sacerdote para com seus filhos espirituais.
Essa foi a herança cultural e religiosa recebida pelos afro-descendentes. Nasceu uma religião original, verdadeiramente brasileira, perfeitamente integrada à nova terra.
África continua sendo o berço da religião tradicional dos Òrìsà; Brasil e outros lugares do mundo, a sua continuidade, como se constituíssem o tronco e ramos de uma mesma árvore.
Ìkòódìdé

Òsun queimou os pés, por isso dança o Ijexá

Conta um Itãn que:
Oxum e Oyá, Ambas esposas de Xangô,
Tinham rixa antiga, Com ciúmes uma da outra.
Mais conviviam bem. Dentro do possível.
Até que um dia Oyá resolveu convidar Oxum para uma festa em seu palácio.
Oxum, que era a convidada de honra,
por ser a preferida de Xangô.
Vestiu um belo vestido, Enfeitou-se com jóias, Enfeitou os pés cheios de jóias, Perfumou-se
e foi com sua comitiva até o palácio de Oyá.
Quando lá chegou, viu que havia um lindo e
comprido tapete de pétalas de rosas,
Já no salão principal, estendido em sua honra.
Então, Oxum pisou no tapete descalça,
Pois tinha enfeitados os pés com muitas joias,
e também como todos os Orixás sempre andam e teve uma desagradável surpresa
Oyá pusera brasas escondidas debaixo das pétalas
de rosas. Os pés de Oxum começaram
a arder, Mais ela altiva, não quis demonstrar
nenhum sinal de dor.
Foi andando por todo o tapete sem reclamar,
Sorrindo majestosa para todos.
Oxum nada falou com Oyá.
Ficou à espera de um dia, em que pudesse
responder à altura.
Os pés de Oxum ficaram queimados,
E é por isso que até hoje ela pisa macio,
Ao dançar o Ijesá.

Onira

Onira = a Senhora de Irá (terra de Oyá) Ela é impulsiva e suas filhas carregam suas características, são capazes em momentos de comoção doar, na hora e sem pensar, tudo o que tem, mas se a pessoa fizer uso indevido daquilo que ela doou, ela vai pra cima, sem mais delongas, se ela for traída então piorou, são capazes de tudo na hora de raiva; mas acabando esses momentos de impulsividade momentânea são pessoas maravilhosas, prestativas. Possuem um pouco de difículdade em guardar segredos, mas, em determinadas ocasiões, sabem manter a regra. Não vesti roupas de cores quentes, tendendo sempre ao rosa, amarelo, azul claro ou salmão para quebrar o branco total, mas geralmente rosa, devido ao seu cárater explosivo e também ter um enredo muito grande com Òsáàlá, porque foi esse caminho de Oyá que deu a Osògiyan, o poder sobre o atòri. Quando essa Oyá se manifesta é de costume colocarem ou preso em suas costas ou em sua saia um atòri, e é presença a ilustre nas festas dedicadas a Òsáàlá. Onira reina no mundo dos mortos e tem ligação direta com Obaluwaiyè e Ògún, sendo que sua ligação maior é com Òsún Opará, que recebeu dessa qualidade de Oyá os ensinamentos para lutar e ser guerreira. Òsún Opará ser tornou então, companheira inseparável de Onira, comendo juntas no bambuzal ou nos rios e tendo aprendido os fundamentos dos Eguns. Sendo assim, essa qualidade de Òsún, também tem relação direta com os Eguns. Quando “Onira” e “Opará” se juntam, se tornam muito perigosas pois têm em dobro a força e a sabedoria dos guerreiros. Òsún Opará é um caminho de Òsún jovem e guerreira, companheira de Ògún e Sangò, estando ligada diretamente com os caminhos de Osògiyan, o jovem guerreiro. Onira está Ligada a Osògiyan, Òsún, Ògún, Ode, Obaluwaiyè ...

Onirá é a divindade ligada à Oxum mais é conhecida no Brasil como uma qualidade de Oyá.
Onirá é guerreira e ao mesmo tempo doce; muito amiga de Oxum e caminhando com Oyá, Onirá recebe suas oferendas nas Águas doces. Essa ligação forte com Oxum, fez surgir a ideia de que Onirá ensinou Oxum a lutar e fez a força de Oxum Òpárá.

Onirá é uma Orixá “Independente”, ou seja, não é qualidade e sim uma divindade de características próprias, seria um lado doce de Oxum e a Força da morte de Oyá, dividindo com Oyá até a Soberania sobre os Eguns.

Orixá e você

Texto perfeito e lindo.
Quem já recebeu um nome dentro da religiosidade sabe o tanto que ele é algo que desperta em nós um pouco de ansiedade antes de recebermos. Qual será? O que ele vai significar? Será que vai ser bonito ou terá uma sonoridade estranha?
Depois que recebemos sentimos orgulho. É como se através dele tivéssemos sido de fato reconhecidos pelos deuses. A gente chega a pegar um arzinho a mais nos pulmões de felicidade na hora pronunciar. Diz aí se não é? Compreendi que quando fazemos uma iniciação em um Orixá, e aqui me refiro a qualquer um dos Orixás, seja no Culto, na Umbanda ou no Candomblé, passamos a ser REPRESENTANTES daquele Orixá e do seu axé em áiyé. Olha o tamanho da responsabilidade!!!! A partir daquele momento também estamos casados, pactuados e devemos seguir as verdades daquele Orixá. Pois elas passam a ser as nossas verdades também, e ao não segui-las estamos indo contra nós mesmos.
Não é uma loucura de tão óbvio?
Quando nos iniciamos para um Orixá, nos tornamos iyawo, noivos, daquele Orixá, e como em todo casamento, assumimos compromissos, até um nome recebemos. Quando não cumprimos os compromissos assumidos o que acontece? O casamento enfraquece.
Mesmo que você não saiba conscientemente todas essas verdades, nosso Ori conhece boa parte. Pode ter certeza! Afinal o processo de recebimento do axé, é feito boa parte aonde? No Ori.
Se por exemplo, eu sou iniciada em Xangô, o senhor da realeza e da nobreza, e sou uma pessoa constantemente prepotente e soberba, eu estarei vibrando na energia contrária daquele Orixá e começarei a criar o que chamamos popularmente de "contra axé" para mim mesmo o que acontece quando a pessoa não vive de acordo com as verdades deste Orixá? Será castigado? Não necessariamente, mas cria-se uma incompatibilidade com a energia do Orixá e consequentemente com o seu predestino. Começamos a perder o axé que recebemos. Por isso é tão importante conhecermos os atributos de todos os Orixás que nos iniciamos profundamente, pois deveremos viver de acordo com a verdade de cada um deles, para que o axé se mantenha ativo em nossa vida.
Iniciação é algo muito sério, é um casamento, um compromisso. E não há como terminar esse relacionamento e se divorciar.
Orixá só não vai com a gente além da morte, exceto Ori.
É preciso honrar o Orixá para o qual nos iniciamos.
É preciso honrar o axé que se recebemos em nossos Oris. Antes de culpar Orixá, a vida, a sorte ou a falta dela, veja se você está cumprindo com o que se comprometeu, pois com certeza o nosso Ori vai nos cobrar em algum momento, e não dá para voltar atrás no compromisso feito.
Sigo feliz nessa busca linda e cheia de adrenalina. Na busca por mim e na busca por Orixá, que me faz todos os dias ter vontade de vencer as tristezas, os medos, os desafios e conseguir chegar no final do dia agradecendo por tudo o que houve, mesmo aquilo que eu ainda não tive competência para compreender.

Sacerdócio Igualitário no Candomblé

Babalòrìsà e Ìyálòrìsà: Babalòrìsà e Ìyálòrìsà: o Sacerdócio Igualitário no Candomblé
Ao longo dos anos, o pensamento de que o homem possui uma importância menor no Candomblé frente à mulher, foi muito difundido. Isso foi reforçado, pelo fato de muitos terreiros tradicionais, durante décadas, não iniciarem homens Adosù e, permitindo que a única figura masculina nas Casas de Candomblé, fosse a dos Ogans (não Adosù). Muitos creem que o surgimento dos homens Adosù e Babalòrìsàs, foi fruto de uma mudança cultural, ocorrida nos últimos 20 anos.
Sobre isso, o objetivo desta publicação é elucidar que, em verdade, tanto o homem quanto a mulher possuem o mesmo grau de importância no Candomblé. É ainda, esclarecer que, a figura do Sacerdote Homem (Babalòrìsà) existe desde a fundação da Religião no Brasil e, muito antes disso, no próprio berço da cultura dos Òrìsàs, a África.
Antes de tudo, é importante salientar que não é o sexo que difere a importância de uma pessoa na Religião dos Òrìsàs, mas sim, o grau hierárquico que essa pessoa possuí. Assim, o que confere a uma pessoa a distinção hierárquica na sociedade religiosa, é o título sacerdotal e não o sexo.
A estrutura do Candomblé do Brasil foi fundamentada e edificada, tendo como a figura máxima do terreiro àquele que zela pelo Òrìsà, que em idioma yorùbá é a Ìyálòrìsà ou Babalòrìsà (Mãe ou Pai que zela pelo Òrìsà). Na África, por exemplo, existe a figura do Arabá, título masculino não existente nos tradicionais Terreiros de Candomblé da Bahia.
A consagração de uma Ìyálòrìsà ou Babalòrìsà ocorre da mesma forma, sendo necessários os mesmos predicados para ambos. Sendo eles: Iniciado (Adosù), ter concluídos as obrigações de 1, 3 e 7 anos e, principalmente, ter recebido essa missão pelo Òrìsà (ou seja, isso deve estar no seu destino e não em sua vontade e como já discorrido em nossas publicações, somente a obrigação de 7 anos, não confere à ninguém o cargo de Sacerdote/Sacerdotisa). Dessa forma, quando um homem recebe um título de Babalòrìsà ele está em igual posição sacerdotal de uma Ìyálòrìsà (não há distinção).
O que existe em nossa religião, é a condição cronológica ou como versado nos Terreiros aqui de Salvador “Idade é Posto”. No entanto, esse ditado se refere quando ambas as pessoas (independente do sexo) possuem o mesmo título Sacerdotal (posto). O Sacerdote/Sacerdotisa, possuí posição igualitária, no entanto, o mais velho sempre terá o maior respeito (nessa visão a idade prevalece).
No início da abordagem desse tema, mencionamos que o Sacerdote homem, existe desde a fundação da Religião no Brasil e mesmo antes, na África. No berço da cultura dos Òrìsàs, sempre existiu a figura do Babalòrìsà, do Babalawo e do Arabá (supremo sacerdote masculino).
No Brasil, contrário do que muitos acreditam, a figura masculina sempre existiu e com grande destaque. Na fundação das mais antigas e tradicionais Casas de Candomblé os homens (Sacerdotes) estavam presentes, com importância singular na formação desses Terreiros.
Podemos exemplificar, com alguns dos nomes mais venerados e ainda hoje reverenciados nos Ipade dos Candomblés da Bahia, tais como; Gbongbose Obitiko e Baba Asesu Bérégédé (que tiveram importância singular na fundação do Terreiro da Casa Branca do Engenho Velho), Okarinde (no Terreiro do Gantois) e Oje Lade – Martiniano Eliseu do Bonfim, no Ilé Asè Opo Afonjá.
Isso, sem mencionar Talabí, o fundador do Terreiro de Òsùmàrè e, por exemplo, o aclamado Manoel Bernadino da Paixão, que fundou o Terreiro do Bate-Folha. Isso evidencia de forma muito clara, que o homem sempre esteve presente no Candomblé da Bahia.
Fato é que, na Bahia, as mulheres negras, tiveram ascensão social mais precoce que os homens, contribuindo de forma decisiva para o seu posicionamento religioso. As mulheres, antes dos homens, conseguiram acumular bens (na grande maioria das vezes, em razão da venda em escala de quitutes), permitindo-lhes a edificação dos Terreiros. Para os homens esse processo foi tardio, contribuindo para o cenário de distinção.
Apesar dessa diferença social à época, a importância do Sacerdote masculino sempre existiu, prova disso, conforme mencionado anteriormente é a evocação desses nomes no Ipade. Lembrando que, os ancestrais (Esá) saudados nessas cerimônias, invariavelmente são de pessoas iniciadas (Adosù), sejam elas mulheres, sejam homens, como os já mencionados; Esa Oburo, Esa Asesu Bérégéde, Esa Okarinde, Esa Danjemi, dentre muitos.
Desse modo, podemos afirmar que, no Candomblé, não existe diferença de grau sacerdotal em razão do sexo. Existem sim, alguns cultos específicos que a liderança masculina ou feminina prevalece à outra, mas isso, em cultos específicos, tais como Egúngún, no qual o homem é o Sacerdote Supremo (Alapini) ou nas Sociedades de Culto às Ìyàmì, Òsun ou Obà (Eleeko), nas quais as mulheres são as grandes matriarcas.
Assim sendo, podemos dizer que o Candomblé talvez seja, uma das poucas religiões, na qual o homem e mulher, desde que com o mesmo titulo hierárquico, possuem a mesma importância diante do clero. Mostrando que, há séculos, já pregamos a igualdade.
( Texto retirado de grupos. Desconheço a autoria do texto)

PORQUE NÃO ASSOVIAR NA ROÇA DE SANTO????

PORQUE NÃO ASSOVIAR NA ROÇA DE SANTO????

Esù é o Dono do Assovio e assoviar é provocá-lo. Seus assovios são intempestivos e penetrantes de tal maneira que assustam os velhos, que estes não se atrevem jamais a assoviar, com medo que Esù responda. É ele quem assovia nas paragens desertas e nas casas abandonadas, como se sabe, a noite é o domínio de “entidades” de todos os tipos, mas durante o dia há horas perigosas que convém levar em conta: o meio-dia e às seis da tarde, quando vagam algumas “entidades” durante alguns momentos e nestes horários Esù abandona as portas e as casa ficam sem defesa, se assoviarem durante este período, qualquer um destes poderá entrará na casa... Esta é a razão pela qual se verte água na porta da rua e ninguém deve entrar ou sair de uma casa nestes horários. A meia-noite a pior de todas as horas, já transitam Egungun, Èsù e Àjés com toda liberdade, então em hipótese alguma assovie, sobre tudo em altas horas da noite... Esù está difundido por todas as partes “em uma rede numerosa”, todos se comunicam entre si, se enganam mutuamente – “o Esù da porta, quando recebe a oferenda de um animal destinado somente ele, dá um jeito de afastar o Esú da esquina” - ou se solidarizam uns com os outros por vingança. O que guarda a porta confabula com o da esquina, o da esquina com o dos quatro caminhos, o dos quatro caminhos com o da floresta e assim sucessivamente... Desta forma é necessário que o da porta esteja satisfeito, “que seja ofertado antes de todos” conforme dispôs Olófin, segundo certas versões de Ifá e de acordo com outras, para que não atrapalhe a trajetória normal da vida e para que este Esù não assovie para o Esù da esquina, o encrenqueiro e revoltado, o qual, por sua vez, não assoviará para o Esù dos quatro caminhos e este, para o Esù da Floresta e assim por diante... Se o da porta assoviar e se eles acudirem a seu chamado, todos se introduzirão numa casa e nela ocorrerá alguma tragédia lamentável. “Para aquele que assovia, todos os Esù entendem que lhe estão chamando para adentrar a casa e a pessoa padece as conseqüências... É essencial contentar Esù e não provocá-lo com assovios ou com qualquer outro tabu... Emboscados em cada caminho, dispões de nossa vida em todos os momentos, pode jogar com ela como bem entender. Dono das chaves que “abrem e fecham os caminhos e portas”, do Além e da Terra, aos Deuses e Mortais... e as abre e fecha à sorte e à desgraça, segundo seus caprichos... embora pequeno, temos de considerar Esù, sem discussão, o mais temível dos Òrìsà... Então para minha felicidade... eis que surge uma nova pergunta:  Então porque Òsányín assovia? Este direito lhe é concedido porque Òsányín pertence à família de Esù. Embora parente não seja e de forma alguma um “caminho de Èsù” e sim uma Divindade totalmente distinta, assim como Ale “o inventor da aguardente” também pertence a esta família, mas não é Esù. Se por um descuido você assoviar na mata se apresentarão Òsányín e Esù e a eles você deverá prestar conta do chamado deixe esta prática de assoviar na floresta para os caçadores e admiradores de pássaros silvestres.

Povo de Odé!

Povo de Odé!

São pessoas observadoras e inteligentes.
um tanto desastrados demais,
as vezes impulsivos(as) e falam o que vem na cabeça
A arte os fascina
a liberdade os encanta
vaidosos(as) e adoram andar perfumados(as)
pessoas espontâneas
faladores natos, fazem amizade rapidin
as vezes timidos e na deles
O seu humor osila muito rápido
momentos que estão sorridentes e num piscar de olhos ficam diferentes
não sabem disfarçar quando não gostam de algo
quando gostam de alguém é de verdade
quando não gostam deixam bem claro.
Encrenqueiros pois coisas pequenas, fazem a famosa "tempestade no copo d'agua
O seu coração é a jóia mais preciosa dentro de sí
Só eles sabem o que sentem por dentro
quando tristes não demonstram, podem estar
quebrados por dentro
Mas por fora deixam um sorriso estampado
odeio mostrar suas fraquezas!
Conselhos tem pra todo mundo
agora com eles mesmos ficam perdidos e não sabem o que fazer.
adoram ajudar as pessoas
CIUMENTOS por demais, capazes de cometer loucuras
(Loucuras do bem)
charmosos e inteligentes
pegam as coisas no ar, basta um olhar e eles já entendem tudo que se passa naquela situação.
Difícil enganar um filho de Odé.
chamam a atenção rapidamente
garantidores(as) e amantes da noite.
Sabe aquelas pessoas que você ama ou você odeia?
pois esses são os filhos de Odé
por onde passam deixam rastro
Rápidos como a flexa carteira
livres como os pássaros
E belos como o raio de sol
Okê arô

Creditos ao meu Irmão  Gusttavo Felipe!

terça-feira, 20 de dezembro de 2016

Ogún Alágbedé

Ogún Alágbedé

Alágbedé, o ferramenteiro dos orixás.
Ogún Alágbdedé é o mais trabalhador e dedicado de todos os Ogún, à este Ogún, se vale o fato de orixá Ogún ser o ferramenterio e o ferreiro dos orixás, era ele quem criava, forjava e empunhava os metais para o uso contínuo, na qual se usava madeira, pedras e cascalhos ,somente Ogún, percebeu a necessidade de um material resistente e mais forte, assim, vendo o minério do ferro, criou a mais potente e uma das melhores invenções de todos os tempos, o metal.
Alágbedé é representado pelo Iríyn-Kéré Jú (Ferramentas em miniaturas) onde se coloca em vários assentamentos, principalmente em igbás e representações do orixá Ogún.
Alguns dizem que Alágbedé não é Ogún e que seria um orixá distinto, porém, se há contos de que era cultuado em Irê e Ketú, partindo-se do princípio em ter Oxóssi como seu verdadeiro irmão, então, sim! Alágbedé é uma qualidade de Ogún. O que se deve este fato também, é devido ser pai de Ogún Já, este sendo um orixá distinto, mas não confundir Ogún Já com orixá Ajá. Ajá é o irmão de Jágún e Ajágunan e Ogún Já é o filho de Iyámonjá Ogúnté com Ogún Alágbedé. Este também é meio-irmão de Ínlê o pescador, e devido à isso, foi Alágbedé quem criou as armas e apetrecho de pesca também.
Uma de suas lendas contam como era tão grande inventor. Okô é o orixá fúnfún da agricultura, considerado um dos mais rico dos Oxalá's. Porém, ele não é agricultor, estes seriam Ogún e Oxóssi. Certa vez, Ogún e Oxóssi capinavam e arestavam os campos para a plantação e colheita, Oxoguian, passava por ali e percebia sempre como era dificultoso. Este propôs uma ideia à Ogún, dizendo-lhe que se usasse os metais que Ogún forjava para o manuseio com as colheitas, seria mais eficaz. Ogún percebendo a grande ideia de Oxoguian, criou junto à Oxóssi enxadas, arestas, picaretas, machados, foices, facões e outros utensílios que usariam para a planta e colheita. Oxóssi ao usar nos campos percebeu a diferença e a eficiência dos materiais, e Ogún então a partir de então, criou inveções para todo tipo de coisa que se poderia fazer. Ogún junto à Oxóssi e Oxoguian levaram a agricultura ap progresso.
Outras lendas contam como Alágbedé tinha uma certa rivalidade com Warí. Este sendo o forjador dos metais feito do ouro.
Alágbedé e Warí disputavam entre sí qual melhor inventor e ferreiro eram, ambos competentes e esforçados, porém, os dois viviam competindo para ser o melhor dos ferramenteiros. Nisso muitos metais se desgastaram e o minério se distinguia. Alágbedé era casado com Iyámonjá e Warí com Oxún. Tanto Iyámonjá quanto Oxún não aguentavam mais a disputa dos dois, então fizeram um próposito, Alágbedé ficaria com os metais de cor prata, enquanto Warí ficaria com os metais de cor dourada. Assim, acabou-se a disputa pelos materias, pois, Alágbedé não se utilizaria mais do ouro e nem Warí mais do minério do ferro ou da prata. Lembrando que Warí é um orixá distinto cultuado nos cultos de Ogún.
Alágbedé também representa todas as invenções e criações feita pelos homens, o motivo das evoluções, pois, foi o ferro que levou os homens a se evoluírem e a crescerem. Novas descobertas, novas aventuras e conhecimentos, esse é o arquétipo deste Ogún, junto à Oxóssi, fazem novas experiências e marcam como nomes disso todas criações que levaram à todos a facilidade e comodidade da tecnologia. Traduzindo, Alágbedé é o senhor da tecnologia, naves, carros, caminhões, navios, foguetes, aviões e exatamente tudo que foi criado não só para evolução mas também como meio de transporte para homens. Vale-se também á este Ogún o forjador que tanto Iyansã ajudou, fato que também está ligado ao culto de Babá-Egúngún, devido forjar e Oyá assoprar a flauta dada por Oxóssi que tanto fez os Egúngúns à dançarem.
À ele é entoado em ritmo de sassaíyn:

Ogún Ní'Alágbedé...
Mònríwò odé, odé mònríwò...

Ogún pálá'asó...
È Mònríwò...
Ákorò lá'só...
È Mònríwò...

TRADUÇÃO

" Ogún é Alágbédé...
O máriô do caçador, o caçador vestido de máriô..."

Ogún se veste de...
Máriô...
Akorô se veste de...
Máriô..."

Ogún de grande simbologia, Alágbedé é considerado o patriarca do crescimento humano no mundo tecnologico e evolutivo, nos campos, mares, ares e casas. É Alágbedé quem coordena.
Sua iguaria predileta é o prato de miúdos de bode com dendê chamado de Wéwé-Eran òbúko Epò, mas, também lhe é servido o feijão preto com dendê e cebolas cortadas em rodela. Seu fio é o típico azul-marinho. Sua cor também é o azul-marinho com detalhes brancos simnbolizando a vitalidade e fidelidade, porém, se pode colocar detalhes em verde nas roupas e apetrechos deste Ogún. Adorna-se na verdade com uma marreta na mão simbolizando a forja, tanto que em seu igbá se coloca uma bigorna, também usa uma espada, ferramentas em miniatura penduradas na cintura, e detalhe, todos adornos e ferramentas em prata. Assenta-se para esse Ogún os orixás Iyámonjá, Oxóssi, Oxoguian e Iyansã.
Sua saudação:

Ákorò Ní' Alágbedé, Ogún Iyè!

domingo, 18 de dezembro de 2016

O pai de Xango

Quando Ogum fez a guerra contra Ogotum, ele trouxe sete mulheres. Uma destas escravas, Lakangê, era tão bonita que ele a escondeu para si, amando-a secretamente. Mas alguns falsos amigos apressaram-se em denunciá-lo ao seu pai, Odudua, que ficou furioso e mandou chamar Ogum e falou-lhe, gritando:
"Que atrevimento!
Você traz-me seis mulheres, verdadeiras feiúras e segundo disseram-me, você deixou para si a mais bela, que parece ser uma jóia delicada.
Ah! Os jovens não têm mais respeito nem consideração por seus pais! Onde vamos chegar com tanta insolência e desrespeito?
Ogum, traga-me esta mulher sem mais um minuto de demora!"
Ogum assustado com a cólera de seu pai, não ousou confessar o que se passava entre ele e Lakangê. Com a morte na alma, ele entregou sua bela mulher a Odudua.
Este, encantado, fez dela sua companheira predileta. Nove meses mais tarde, Lakangê teve um filho. Para grande surpresa de todos, o corpo do recém-nascido tinha a originalidade de ser metade preto, metade branco. Metade preto à direita, pois a pele de Ogum era muito escura e metade branco à esquerda, pois a pele de Odudua era muito clara. Odudua confuso, baixou a
cabeça e nada soube dizer.
Mais tarde esta criança tomou-se um guerreiro famoso. Homem valente à direita homem valente à esquerda. Homem valente em casa, homem valente na guerra. Ele foi o fundador do reino de Oyó e o pai de Xangô.

sábado, 17 de dezembro de 2016

Logun Ede,

Logun Ede, o menino caçador, andava pelos matos quando um certo dia, passando pela beira do rio Alaketu, ele viu no meio do rio um palácio muito bonito. Voltou para sua cidade, relatou a beleza deste palácio e sua vontade de ir até lá. Disseram a ele que era o palácio de Osun, Lugar em que nenhum homem punha os pés. Passou-se o tempo e Logun Ede não encontrava um meio de ir até lá.
Um certo dia, encontrou sua mãe de criação, Iansã, que lhe confirmou que no palácio de Osun nenhum homem punha os pés e ele só conseguiria entrar se se vestisse como mulher. Logun Ede fascinado e obcecado pelo palácio, pediu a Iansã que lhe arrumasse os trajes adequados. Depois de arrumado, pegou sua jangada e se pôs no rio a caminho de palácio. Chegando em terra cantou:
Alaketo-ê
Ala Ni Mala
Ala Ni Mala
okê
Este oro foi cantando em saudação às águas e pedia permissão à dona do palácio para sua entrada. Abriram-se os portões e Logun Ede entrou e no meio das mulheres Osun reconheceu seu filho. Disse que a partir daquele dia Logun Ede usaria saia, que lhe daria o direito de reinar ao seu lado.

Odé Erinlé,

Falando um pouco sobre a Feiticeira Apaoká:

Existem muitas mulheres ancestrais, entre elas haviam três irmãs, três Iya Mi. Eram elas Mepere, Bokolo e Bambá.
Estas três Iya Mi fizeram um pacto, elas juraram jamais engravidar, nunca iriam gerar vidas.
Porém, Bambá conheceu Orisa Okô o Senhor da agricultura, se apaixonou por e com ele teve um filho.
O filho de Bambá se chamou Odé Erinlé, o caçador de elefantes.
Bambá após quebrar o pacto com suas irmãs vai morar em uma árvore chamada mogno-da-guiné e, então a Iya Mi recebe o nome de Apaoká.
O filho de Apaoka funda a cidade de Ilobu próximo a Osogbo.
Apaoka no Brasil é cultuada na Jaqueira, a qual nomeamos de Apaoka por razão dela ser habitada pela Iya Mi, mas o nome em Yoruba da Jaqueira é Tapónurin.
O nome Opaoka significa "em cada pé" ou seja, em cada árvore, sendo que significaria que esta Iya Mi seria a de grande culto, a própria Osorongá, senhora das árvores sagradas.
Se conta que Erinle (Ode Inle) tem profunda ligações com Oxóssi. Iya Bambá é considerada mãe de ambos e é cultuada tanto em Ketu quanto em Efon.
Apaoka é uma Iya Mi, ela não é iniciada em Orí.
Asé!

Ossayn


🍃🍃🍃Ewé pélé pé aní tó pé o, obé pélé pé a fun pélé bé , Làkà kà a fún o ní féréré, ewé pélé pé a ní tô pé o..🍃🍃

🍃🍃Como afiado e o fio da faca, que as folhas sejam como a faca que nos proteger a de todo mal, e que em todos os lugares encontraremos a felicidade.🍃🍃🍃

sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

Reunião em Aruanda

Reunião em Aruanda por Pai Joaquim de Angola !!
Os espíritos tiveram uma reunião em Aruanda: caboclos , pretos velhos, Crianças , Exu , Pombo Gira,  Boiadeiros, Marinheiros , Baianos e Ciganos. A falange espiritual da Umbanda estava reunida. O assunto foi a falta de FÉ ou melhor a pouca FÉ dos filhos da terra.

Foi quando um caboclo deu um brado e disse : Ta difícil mas enquanto pai  Oxossí me de forças e permissão todos os ensinamentos que vem da mata será utilizado para ajudar filho de FÉ. Logo em seguida levantou um preto velho muito triste e disse calmamente: Meus filhos pensam que por eu ser velho eu não cuido deles porém antes deles caírem eu preto velho estou lá no chão de braços abertos para amparar o filho antes dele cair pois enquanto Pai Omulu me de forças jamais deixarei de caminhar ao lado de um filho de fé. Logo em seguida uma preta velha com uma lágrima nos olhos e um terço na mão disse: enquanto eu tiver fé em nosso senhor Jesus cristo e no rosário de Maria irei orar por todos que perderam a fé. Logo em seguida uma criança levantou e disse levarei alegria a todos os tiozinhos e tiazinhas que estão com o o coração duro igual uma pedra. Logo em seguida um boiadeiro deu um berro e disse : enquanto o meu laço for firme filho de fé não cai no chão. Logo em seguida um marinheiro disse enquanto as ondas sagradas do mar de mãe Iemanjá for minha fortaleza filho de fé não morre afagado na falta de fé. Logo em seguida uma Baiana muito arretada disse enquanto meu senhor do Bonfim for meu pilar filho de fé não vai tombar.Logo em seguida um cigano disse enquanto minha magia existir filho de fé não deixa de ver o brilho das estrelas. Lá da porteira  dando segurança a reunião uma Pombo gira deu uma gargalhada e disse : Enquanto eu for Pombo gira filho de fé nenhum se perde nas encruzilhas da vida. Não demorou muito um Exu  que zelava pela segurança com a pombo gira  bateu seu tridente no chão e disse enquanto eu for Exu filho de fé nenhum deixa de ter fé.  Então voltaram todos para a terra cumprir sua missão mesmo muitos filhos de fé deixando de acreditar e valorizar o trabalhos deles. Filho enquanto existir Umbanda , enquanto existir  entidade comprometida com a verdade, caridade é luz. Falta de FÉ NENHUMA vai apagar o BRILHO é afetar  o trabalho da Umbanda.

Pai Joaquim de Angola.

Itan

*Cabocla Jurema*

Cabocla, filha valente de Tupinambá. Adotada pelo mundo, foi encontrada aos pés do arbusto da planta encantada que lhe deu o nome; e cresceu forte, bonita, como formosura da noite e firmeza do dia.

Corajosa, a cabocla tornou-se a primeira guerreira mulher da tribo, pois a sua força e agilidade e manejo das armas e da ciência da mata, se tornara uma lenda por todo continente; onde contadores de estórias, aos pés da fogueira, falavam da índia de pena dourada, que era a própria mãe Divina encarnada.

Nada causava medo na Cabocla, ate que um dia ela encontrou seu maior adversário; o amor. Jurema se apaixonou por um caboclo chamado Huascar, de uma tribo inimiga chamada Filhos do Sol, que fora preso numa batalha.

Os dias se passaram e o amor aumentava, pois o pior de amar não é amar sozinho e sim amar em retorno, pois exige do amado, uma ação em prol do amor.
Pelo olhar o Caboclo Huascar dizia:

"Oh doce Cabocla
meu doce de cambucá
minha flor cheirosa de alfazema
tem pena deste caboclo
o que eu te peço é tão pouco
minha linda Cabocla Jurema
tem pena desse sofredor
que o mal destino condenou
me liberta dessa algema
me tira desse dilema
minha linda Cabocla Jurema"

Jurema que aprendera a resistir ao conto do boto, ao veneno da cascavel e da amadeira, já resistira bravamente a centenas de emboscadas e que sentia o cheiro à distância de ciladas, não conseguiu resistir ao amor que fluía do seu peito por aquele guerreiro.

Observando o Caboclo preso, ela viu nos olhos dele, as mil vidas que eles passaram juntos, viu seus filhos, o amor que os unia além da carne e percebeu que não foi por acaso, que ele fora o único caboclo capturado vivo, e decidiu libertá-lo, mesmo sabendo que seria expulsa da sua tribo.

Na fuga, seu próprio povo a perseguiu, e em meio a chuva de flechas voando na direção do caboclo fugitivo, foi Jurema que caiu, salvando o seu amado e recebendo a ponta da morte que era pra ele, no seu próprio peito.

Conta a Lenda, que o Caboclo Huascar voltou a Terra do Sol e fundou um império nas montanhas andinas e mandou erguer um templo chamado Matchu Pitchu em homenagem a Jurema, onde, só as mulheres da tribo habitariam e lá aprenderia a ser guerreiras como a mulher que salvara a sua vida.

E no lugar onde a Jurema caiu, nasceu uma planta rebusca e muito resistente que dá flor o ano inteiro, cujo formato exótico e o tom amarelo-alaranjado intenso chamou atenção de todas as tribos, pois tudo dessa planta poderia ser utilizado, desde as sementes, até as flores e o caule; e porque as flores dessa planta estão sempre viradas para o astro maior; ela ficou conhecida como Girassol.

"Moça bonita é a
Cabocla Jurema
Ela vem com um girassol
e a coroa dela é como um girassol
Ela é a luz do amanhecer
Tem os seus lindos sonhos de arrebó
e a coroa da Jurema é
como um girassol
é como um girassol
é como um girassol
é como um girassol"

terça-feira, 13 de dezembro de 2016

Cânticos do Xirê de EXÚ Orixá com tradução

Cantigos exú


Exú lonan, (bis) 
Modilê lodê e legbara, 
Lebara mirê Exu tala kewa ô, 


Orixá pa ta (Orixá que nos acode mas pode nos matar) 
Ago nilé (A humanidade em suas casas pedem auxílio) 
Ago nilé mó forí gbále (Livre a humanidade do que é ruim, varra) 


Gba rá Lò jí ki (Com minha fé lhe cumprimento) 
Esú Lò bi wa (Exu venha até nós) 
Ara e e (Faça-se presente) 


A moju legbara sekete 


A dí kí ba rà bò e mojúbà (Nós tornamos a lhe cumprimentar pela ajuda que recebemos) 
Àwa kó jé (Nós somos aprendizes) 
A dí kí ba rà bò e mojúbà (Nós tornamos a lhe cumprimentar pela ajuda que recebemos) 
Egba rà bó ago mojuba rà (Tenho fé e peço licença para louva-lo em minha casa) 
Egba Kose (Tenho fé, amém.) 
Egba rà bó ago mojuba rà (Tenho fé e peço licença para louva-lo em minha casa) 
Legbara lê baré Xu bô Xé 


Egba rà um be be (Minha fé me alimenta, peço, peço)  
Tiriri Lona (Tiriri – Valoroso / Lona – no caminho = Exu que no dá coisas no caminho) 


Ògó Rum Gò (Te louvamos com o tambor para que não se confunda) 
Rum gò (O tambor é inconfundível) 
Laaròyé (Dê-nos compreensão).






Texto retirado do site:
http://www.juntosnocandomble.com.br/2014/04/xire-do-orixa-exu-da-nacao-ketu-do-candomble-com-letra-e-traducao.html

segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Viva a religião

BOM DIA MEU POVO!!
Esqueça os fundamentos, rezas e ofós. Você precisa mesmo aprender a entender, sentir e viver religiosidade.
Você acabou de se iniciar no Candomblé e quer se tornar um grande Egbomi, Babá ou Iyalorixá?
Vou me atrever a dar um conselho: Não se preocupe com nada disso. Não queira ser grande. Não tenha pressa de aprender os Ofós, Orikis, Gbaduras, Rezas, Fundamentos, Qualidades, Caminhos, Quedas de Búzios e nada dessas coisas…
Use esses primeiros 7 anos (no mínimo) para viver a sua religião. Respire o Candomblé. Crie intimidade com a religiosidade, com os costumes, o terreiro, e com a família de santo.
Crie uma relação com suas roupas brancas (elas te fortalecem a medida que são usadas): Aceite-as no seu dia-a-dia. Use suas contas em locais públicos e se empodere do que é seu. Sua estética religiosa é também um ato político contra a opressão racista que inferioriza nossas vestes e símbolos sagrados
Não se incomode com o fato de precisar andar de cabeça baixa em alguns momentos, mas se incomode se alguém te maltratar nessa condição.
Não há problema algum ser Abian, Iyawo, Elegun. São fases importantes da religiosidade.
Aproveite esse tempo.
Não é tempo livre, é um tempo de estudo, de conhecimento de si, de afirmação e construção de identidade.
É a gestação de uma Identidade ancestral. Molde a si com aquilo que melhor te serve. Vista-se do que te completa a alma.
Saiba reconhecer e respeitar o seu lugar que, por mais que grande parte dos sacerdotes menospreze as novas vidas de axé, são extremamente importantes para a continuidade.
Tenha consciência disso. Você é especial
E saiba que a religião só existirá se você continuar.
Aproveite esse tempo bom para mergulhar na história do continente africano.
África não é um país. É um continente incrível formado por 54 países. Conheça a história do negro no Brasil. Conheça e se Indigne com a história da escravidão.
Entenda o racismo estrutural que fomenta a intolerância religiosa e demonização da fé nas divindades africanas.
Entenda que os Orixás são Negros e Negras. São Reis e Rainhas criados à semelhança de seus e suas descendentes
Os tempos são difíceis, a Intolerância Grita em nossas caras, e para você que acaba de chegar, os fundamentos e toda a complexidade do rito não devem ser prioridades, nesse momento. Leia sobre racismo. Assista filmes, documentários, compre livros, vá à palestras, junte-se a movimentos sociais, crie grupos de estudos. Conheça a história da sua religião, da sua nação, do seu Orixá do seu País.
Aprenda a responder contra a violência, munido de verdades e pautado em direitos sociais.
Você não precisa ser negro para entender o que é e combater o racismo. Como não é preciso ser gay, lésbica ou trans para fortalecer as pautas sobre diversidade de gênero.
E pra quê saber dessas coisas que não tem a ver com você?
Respondo que o Candomblé é uma religião que em essência deve acolher e respeitar a todos, e cabe a nós lutar por direitos assegurados. Qual o sentido e lutar pela liberdade religiosa se não respeito à liberdade de escolha de alguém?
É importante para resistir. É importante entender e conhecer o mínimo da história daqueles que lutaram para que você usasse suas roupas brancas e fios de contas!
Não se preocupe com roupas bonitas!
Entenda a urgência de se combater, por exemplo a intolerância religiosa, mas antes de brigar, procure saber como ela acontece e o porquê de acontecer contra nós.
Texto: Roger Cipó

segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

Poema aos orixas

Um dia acordei sem saber para onde o ir ...Na mesma hora bateram  na minha porta meu Pai Bara me esperava apontando um caminho!Ande e caminhe disse ele ...Cansado de tanto andar me encontro com Ogum ,que me deu forças para continuar lutando,ensinou-me a fazer  minhas próprias  armas e o meu melhor  escudo . Nas minhas  batalhas enfraqueci-me ,não  sabia como vencer e Oia  deu-me a astúcia para poder ter uma estratégia . Quando  me deparo com Xango,e calmo e paciente me espera  sentado deu-me sabedoria, para que pudesse  equilibrar os meus próprios  medos e ter sucesso . No meio da mata exausto de tanto  lutar encontrei Odé ! Ensinou-me  a caçar , a saber onde procurar um lugar para descansar . Obá aproximou-se de mim e falou a vida é uma  roda assim que ela começa a  girar nunca para é dessa forma chegará ao seu destino ! Ao lado de Obaluaie aprendi a mostrar-me tal como  sou,para que os outros não tenham medo de mim e a respeitar-me.Ossanhe ensinou-me que  na  natureza posso  ter  tudo o que  quero é mostrou -me que  com  duas  raízes  posso fazer  algo firme e útil e para os outros . Em um belo rio deparei -me com Oxum , que não  disse nada só olhou-me , olhando para o rio percebi que não  precisa falar para apreciar as coisas mais belas  da vida.Iemanjá deu-me a clareza ,abri minha mente e todos os meus sentidos e   fui preenchido por,amor,paz inexplicável .Encontrei o amado pai Oxalá e cobriu -me com o seu sagrado  manto.Nesse momento entendi o caminho da vida ! Agradeço a todos os Orixas  que estão sempre  ao meu lado .Axé...
Wedes de Bara !

sábado, 10 de setembro de 2016

sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

Salve seu Ze e a malandragem!!!!

Catimbó do Mestre Zé Pelintra. Catimbó do Mestre Zé Pelintra Cante um ponto do seu Zé,
O Zé quando for lá na lagoa tome cuidado com o balamço da canoa O Zé faça tudo que quiser só nao maltrate o coraçao dessa mulher foi ele que cortou o pau foi ele que fez a canoa foi ele que roubor a moça e jogou na encruzilhada e Zé malando ou Ze malandro enganador nao foi eu quem enganei ela foi ela que se enganou! Lindo!
Ponto Estava preso num xadrez quando veio a noticia que a minha sentença era um ano e seis mês dei um pulo pro alto quase desmaiei pensando naquela pretinha que la fora deixei toda semana ela vinha me visitar botava a boquinha na grade para me beijar Ah como é doloroso sentar no banco dos réus sem ser criminoso
EITA ZE!!!! EU TRAGO A PENA DO MEU CABOCLO NA MÃO CHAPEU DO ZÉ PILINTRA É PRA GUARDAR NO CORAÇÃO SEU ZÉ ME DIGA UM SEGREDO SEU PQ LA NA JUREMA QUEM NÃO TEM FE JA MORREU!
Zé Pilintra que vida é a tua Bebendo cachaça Caindo na rua "Bebo minha cachaça Bebo muito bem Pago com meu dinheiro Não é da conta de ninguém"
Esse mestre é Zé Pilintra Mestre de santa negreiro Eta cabra bom da peste Segurando este terreiro "E lá na encruzilhada Cuidado com oq vai fazer Cuidado pois Zé Pilintra ta olhando pra você".
Esfaquearam Zé Pelintra lá no Morro... Por causa do coração de uma mulher... (2x). Foi numa noite de samba, na roda de bamba quando ele chegou.... (2x). Zé Pelintra não morreu, Zé um grande amigo meu, Zé foi quem chegou para sambar, sambar com a negra Eleonor... (2x). Oi cadê Eleonor, cadê Eleonor, cadê Eleonor, Foi numa noite de samba na roda de bamba quando ele chegou...
Foi uma dor, Foi uma dor Nasceu no meu peito uma linda Flor Eu queria ser um passaro, passaro voador e poder possar no palácio imperador Mas seu Zé Pelintra mora num jardim em flor
As 4 da madrugada ela me acorda e eu não quero nada,,,mas qualquer dia eu quebro esse seu despertador mas trabalhar eu não vou,,, trabalhar trabalhar, trabalhar pra que? Se eu trabalhar eu vou morrer o morro de santa tereza esta de luto por causa do Zé Pilintra que morreu ele morreu na porta de um cabare com sete facadas nas costas por causa de uma mulher
apague a luz açende avela seu ze pilintra ainda e rei da favela
SARAVA SEU ZÉ PELINTRA MOÇO DO CHAPEU VIRADO NA DIREITA ELE É BONZINHO NA ESQUERDA ELE É PESADO ,VOU DIZER MEU CAMARADA NÃO META A MÃO EM CUMBUCA QUEM MEXER COM ZÉ PELINTRA VAI FICAR LELÉ DA CUCA!
seu ze pilintra onde é q o sebhor mora? seu ze pilintra onde é sua morada?^ seu ze pilintra onde é q o senhora mora? seu ze pilintra onde é sua morada? mais ele não pode te dizer por que voc~e não vai compreender ele nasceu no juremá sua morada é bem pertinho de oxala!
na estação central ele fez apitar o trem na estação central ele fez apitar o trem infeliz de quem ze tem odio feliz de quem ze que bem infeliz de quem ze tem odio feliz de quem ze quer bem
o morro de santa tereza esta de luto por que ze pilintra morreu o morro de santa tereza esta de luto por que ze pilintra morreu ele chorava se lamentava ele chorava por uma mulher q não lhe amava!
meu são jose, se vc mandar eu vou na cidade da jurema, terra de nosso senhor meu são jose, se vc mandar eu vou na cidade da jurema terra de nosso senhor na cidade da jurema tem macho, muito mais q o mundo inteiro terra de seu ze pilintra terra de joão navalheiro na cidade da jurema tem macho, muito mais q o mundo inteiro terra de seu ze pilintra terra de joão navalheiro
toquinho de jurema, quem te arrancou? toquinho de jurema, quem te arrancou? foi o ze pilintra serrador foi o ze pilintra serrador oi serra pau, serrador serra madeira q o mestre mandou serra pau, serrador serra madeira q o mestre mandou!
setenta anos passou dentro da jurema setenta anos passou dentro do juremá setenta anos passou dentro da jurama setenta anos passou dentro do juremá dele não tenha pena dele nãi tenha dó dele não tenha pena dele não tenha dó se duvidar toca fogo em hum rochedo seu charuto é hum segredo, pra ninguem duvidar se duvidar toca fogo em hum rochedo seu8 charuto pe um segredo pra ninguem duvida
PONTO DE SEU ZÉ TAVA PRESO NO XADREZ QUANDO UM GUARDA ME DISSE QUE MINHA SENTENÇA ERA UM ANO E SEIS MES, LEVEI UM SUSTO QUASE DESMAIEI AO LEMBRAR DA PRETINHA QUE TÃO LONGE EU DEIXEI, MAS TODO DOMINGO ELA IA ME VISITAR ,BOTAVA A BOQUINHA NAS GRADES PARA EU BEIJAR, MAS TODO DOMINGO ELA IA ME VISITAR, LEVAVA O BARALHO NA BOLSA PARA EU JOGAR. SALVE SEU ZÉ MEU MESTRE MEU REI!!!!!
PONTO DE SEU ZÉ SE A RADIO PATRULHA CHEGASSE AQUI AGORA SERIA UMA GRANDE VITÓRIA NINGUÉM PODERIA CORRER, AGORA QUE EU QUERO VER QUEM É MALANDRO NÃO PODE CORRER.
ze pilintra da estrada Eu encontrei Ze Pelintra na estrada Tava chorando,pelo amor de sua amada Seu ze chorava por uma mulher Chorava por uma mulher Chorava por uma mulher Que nao lhe amava
Ze Jesus de Nazare Mas quem e aquele moco? Sentado logo ali? Todo de terninho branco,chapeu de palha, Olhando pra mim? E o Ze Pilintra eh. Ele eh o Ze! E andam dizendo que eh Jesus de Nazare
Pisa na aruanda... Pisa na aruanda Zé Pelintra eu quero ver, Pisa na aruanda Zé Pelintra eu quero ver... Seu Zé Pelintra quando vem, Traz toda sua magia, para salvar seus filhos e retirar feitiçaria... Pisa na aruanda Zé Pelintra eu quero ver, Pisa na aruanda Zé Pelintra eu quero ver..
Radio patrulha Se a radio patrulha chegasse aqui agora seria uma grande vitoria ninguem poderia correr... Agora.. que eu quero ver, Quem e malandro naum pode correr...
As doze horas ja bateu seu Zé e o senhor nao estava la seu Zé estava no alto do morro bebendo fumando com a minha mulher(bis).....
saravá Seu Zé Seu Zé ele é mestre de Arruanda Saravá a Sua Banda quem tem ele tem Fé é na palma da mao é na ponta do pé quem tem Ele tem fé
salve seu ze pilintra da estrada!!!!!!!!!!!!! vou botar boca de fumo dentro da delegacia,2x guardiao tomava conta delegado e que vendia,2x salve a malandrgem se quizer eu mato mato, se quizer que eu dor eu dor se quizer eu te defenda eu serei seu defensor!!!!!!!!! balança com fe que hora e hora seu ze pilitra se despede e vai embora!!!!!!!!!!
pontos de seu zé pelintra zé pelintra zé pelintra caboclo do pé espalhado quem mexer com zé pelintra ta doente ou tá danado..
ZÉ PILINTRA DA ESTRADA Saravá, meu Amigo de todas as horas........ Eu encontrei Zé Pelintra na estrada E ele estava chorando,pelo amor de sua amada Seu zé chorava por uma mulher.... Chorava por uma mulher... Chorava por uma mulher.... Que não lhe amava ....
Bravo senhor bravo, seu Zé pelintra chegou.... Bravo senhor bravo, seu Zé pelintra chegou ele não tem pai, não nem mãe, não tem padrinho, nem amor salvou um cego na estrada e um aleijado curou
seu terno e branco seu punhal de aço puro o seu ponto e tao seguro quando vem pra trabalhar segura o nego q esse nego e jose pelintra na descida do morro ele vem trabalhar
salve! seu zé pelintra das almas! Com seu baralho desafia qualquer um, com seu punhal vá buscar meus inimigos(2x) ele é zé pelintra ele é vingativo vá buscar meus inimigos sejam mortos ou sejam vivos....(2x)
salve a malandragem!!! metrahadora escopeta tres oitão foi assim q ele matou um vacilão 2x e derrepente a noticia no jornal foi assim q zé pilintra matou um la na cetral 2x
salve!!! procurei la no morro ñ encontrei procurei zé pilintra ele matou um rapaz a gente mata e vai preso zé pilintra mata e ñ vai
salve!!! zé pilintra hoje ñ foi no cabaré 2x aonde esta seu zé pilintra ta no meio das mulher 2x