terça-feira, 20 de dezembro de 2016

Ogún Alágbedé

Ogún Alágbedé

Alágbedé, o ferramenteiro dos orixás.
Ogún Alágbdedé é o mais trabalhador e dedicado de todos os Ogún, à este Ogún, se vale o fato de orixá Ogún ser o ferramenterio e o ferreiro dos orixás, era ele quem criava, forjava e empunhava os metais para o uso contínuo, na qual se usava madeira, pedras e cascalhos ,somente Ogún, percebeu a necessidade de um material resistente e mais forte, assim, vendo o minério do ferro, criou a mais potente e uma das melhores invenções de todos os tempos, o metal.
Alágbedé é representado pelo Iríyn-Kéré Jú (Ferramentas em miniaturas) onde se coloca em vários assentamentos, principalmente em igbás e representações do orixá Ogún.
Alguns dizem que Alágbedé não é Ogún e que seria um orixá distinto, porém, se há contos de que era cultuado em Irê e Ketú, partindo-se do princípio em ter Oxóssi como seu verdadeiro irmão, então, sim! Alágbedé é uma qualidade de Ogún. O que se deve este fato também, é devido ser pai de Ogún Já, este sendo um orixá distinto, mas não confundir Ogún Já com orixá Ajá. Ajá é o irmão de Jágún e Ajágunan e Ogún Já é o filho de Iyámonjá Ogúnté com Ogún Alágbedé. Este também é meio-irmão de Ínlê o pescador, e devido à isso, foi Alágbedé quem criou as armas e apetrecho de pesca também.
Uma de suas lendas contam como era tão grande inventor. Okô é o orixá fúnfún da agricultura, considerado um dos mais rico dos Oxalá's. Porém, ele não é agricultor, estes seriam Ogún e Oxóssi. Certa vez, Ogún e Oxóssi capinavam e arestavam os campos para a plantação e colheita, Oxoguian, passava por ali e percebia sempre como era dificultoso. Este propôs uma ideia à Ogún, dizendo-lhe que se usasse os metais que Ogún forjava para o manuseio com as colheitas, seria mais eficaz. Ogún percebendo a grande ideia de Oxoguian, criou junto à Oxóssi enxadas, arestas, picaretas, machados, foices, facões e outros utensílios que usariam para a planta e colheita. Oxóssi ao usar nos campos percebeu a diferença e a eficiência dos materiais, e Ogún então a partir de então, criou inveções para todo tipo de coisa que se poderia fazer. Ogún junto à Oxóssi e Oxoguian levaram a agricultura ap progresso.
Outras lendas contam como Alágbedé tinha uma certa rivalidade com Warí. Este sendo o forjador dos metais feito do ouro.
Alágbedé e Warí disputavam entre sí qual melhor inventor e ferreiro eram, ambos competentes e esforçados, porém, os dois viviam competindo para ser o melhor dos ferramenteiros. Nisso muitos metais se desgastaram e o minério se distinguia. Alágbedé era casado com Iyámonjá e Warí com Oxún. Tanto Iyámonjá quanto Oxún não aguentavam mais a disputa dos dois, então fizeram um próposito, Alágbedé ficaria com os metais de cor prata, enquanto Warí ficaria com os metais de cor dourada. Assim, acabou-se a disputa pelos materias, pois, Alágbedé não se utilizaria mais do ouro e nem Warí mais do minério do ferro ou da prata. Lembrando que Warí é um orixá distinto cultuado nos cultos de Ogún.
Alágbedé também representa todas as invenções e criações feita pelos homens, o motivo das evoluções, pois, foi o ferro que levou os homens a se evoluírem e a crescerem. Novas descobertas, novas aventuras e conhecimentos, esse é o arquétipo deste Ogún, junto à Oxóssi, fazem novas experiências e marcam como nomes disso todas criações que levaram à todos a facilidade e comodidade da tecnologia. Traduzindo, Alágbedé é o senhor da tecnologia, naves, carros, caminhões, navios, foguetes, aviões e exatamente tudo que foi criado não só para evolução mas também como meio de transporte para homens. Vale-se também á este Ogún o forjador que tanto Iyansã ajudou, fato que também está ligado ao culto de Babá-Egúngún, devido forjar e Oyá assoprar a flauta dada por Oxóssi que tanto fez os Egúngúns à dançarem.
À ele é entoado em ritmo de sassaíyn:

Ogún Ní'Alágbedé...
Mònríwò odé, odé mònríwò...

Ogún pálá'asó...
È Mònríwò...
Ákorò lá'só...
È Mònríwò...

TRADUÇÃO

" Ogún é Alágbédé...
O máriô do caçador, o caçador vestido de máriô..."

Ogún se veste de...
Máriô...
Akorô se veste de...
Máriô..."

Ogún de grande simbologia, Alágbedé é considerado o patriarca do crescimento humano no mundo tecnologico e evolutivo, nos campos, mares, ares e casas. É Alágbedé quem coordena.
Sua iguaria predileta é o prato de miúdos de bode com dendê chamado de Wéwé-Eran òbúko Epò, mas, também lhe é servido o feijão preto com dendê e cebolas cortadas em rodela. Seu fio é o típico azul-marinho. Sua cor também é o azul-marinho com detalhes brancos simnbolizando a vitalidade e fidelidade, porém, se pode colocar detalhes em verde nas roupas e apetrechos deste Ogún. Adorna-se na verdade com uma marreta na mão simbolizando a forja, tanto que em seu igbá se coloca uma bigorna, também usa uma espada, ferramentas em miniatura penduradas na cintura, e detalhe, todos adornos e ferramentas em prata. Assenta-se para esse Ogún os orixás Iyámonjá, Oxóssi, Oxoguian e Iyansã.
Sua saudação:

Ákorò Ní' Alágbedé, Ogún Iyè!

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